I Love Rosies.
Por Ivan Lima
Entre os HQs que eu mais gostava na minha juventude estavam “Os
Jetsons”. A obra era expressão de um imenso talento: traço fino, layout que
causava bem estar com tanta leveza, elegância, personagens bonitos, e designer
futurista clean que era pura arte gráfica. E dos personagens, a que mais me
encantava era a Rosie, a domestica-robot que servia aos Jetsons. Sim, num
mundo futuro, e certamente não tão distante assim, será possível aos indivíduos
de uma sociedade de mercado contar com o auxilio de Rosies como a dos Jetsons.
Mas enquanto não temos Rosies por aqui, na terra da jurássica e fascista CLT, e intervenção estatal trabalhista, vivemos num mundo dos
indivíduos e seus “conflitos irreconciliáveis”, conforme dita a doutrina
marxista da luta de classe. Carteira assinada, salário mínimo, e todos os
outros “direitos trabalhistas”, não seria propriamente o interesse das partes que se
contratariam e viveriam sob a égide de interesses fundamentalmente harmônicos,
se o Estado não assumisse a ideologia de defensor de uma delas e perpetua perseguição e penalização da outra.
Nessa linha, recentemente no país, testemunhamos um dos mais
brilhantes ensinamentos do gênio da economia das trocas, Carl Menger, quando
nos diz que todo fenômeno econômico tem dois aspectos. Um deles é o que se vê e o outro o que não se vê.
Com a intervenção estatal no relacionamento entre indivíduos e seus
interesses nas trocas de bens e serviços, vimos, por exemplo, em
serviços domésticos, - que é o tema de nosso artigo – só o que se vê: indivíduos que passaram
a ter “direitos trabalhistas.” Bonitinho...
Mas a realidade oriunda dos cálculos econômicos dos
indivíduos, teimosamente ignorados pelos políticos, burocratas e a CLT, provoca
a tragédia do que não se vê: milhões
de pessoas desempregadas pelo decreto da lei trabalhista das domesticas, outras
milhões impedidas de se colocar no mercado pela mesma razão. Se um indivíduo só
podia pagar 500 reais mais alimentação, etc., para ter serviços de uma empregada
doméstica e as duas partes procuravam viver em harmonia baseadas que estavam em
interesses comuns na cooperação social baseada na divisão de trabalho, após o
decreto estatal obrigando ambas as partes a cumprirem sua totalitária vontade
com a doutrina trabalhista de conflitos baseado na imbecil e refutada teoria
marxista da exploração, passam a se ver com desconfiança de inimigos e as boas relações
são interrompidas. Fiscalização, perda de bens para indenização trabalhista,
encargos, etc., é o universo de tragédias que logo passa pela mente do
contratante. O resultado são milhões de pessoas desempregadas. O que não se vê, no ensinamento de Carl
Menger. Fato que a mídia paga pelo Estado para mentir e omitir não alude.
Bem, por outro lado, na sociedade de mercado você sempre tem
inovações tecnológicas oriundas do ambiente de liberdade que favorece o
aparecimento de indivíduos laboriosos e criativos que correndo atrás de um
ganho para si, e vendo necessidades individuais a serem preenchidas na
sociedade criam invenções como à máquina de lavar roupa, por exemplo. E tudo
mais que temos para facilitar a vida doméstica através de máquinas como
liquidificador, geladeira, aspirador de pó, ar condicionado, lava-louças, fogões,
microondas, etc. No inicio, são aparelhos caros, mas com a demanda por eles se
tornam cada vez mais populares, baratos, e acessíveis para todos os bolsos, inclusive os dos trabalhadores domésticos. Uma
vez estabelecida produção em escala industrial que o bem estar dos indivíduos exige, a produção em
massa para as massas é realidade. Para o desgosto e a refutação ao marxismo e
a doutrina socialista de engodo, conflitos, e escassez permanente, pois o socialismo
é anti-produção. Vide ex-União Soviética, e países do Leste Europeu sob o Muro de Berlim, ou Vietnam,
China, Camboja, países africanos; ainda, Venezuela, Cuba e Coréia do Norte de hoje. Ou,
basta a lembrança da célebre frase de J.P. Rourke de escassez sob o
socialismo:“Tudo o que você precisa
saber sobre comunismo: você não encontra boa comida chinesa na China e charutos
cubanos são racionados em Cuba”...
Ainda não chegamos à Rosie dos Jetsons. Mas já possuímos
várias Rosies nos diversos e maravilhosos equipamentos para o bem estar humano como
os acima citados e outros que virão. E os temos sem a intervenção estatal bisbilhoteira
e policial trabalhista com suas imundícies ideológicas de restrição e proibição
desumana ao trabalho.
I Love Rosies.
Ivan Lima é editor de Libertatum
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