Brasil, uma nave sem piloto
Por Armando Soares
Quando se completarem
os mil anos, Satanás será solto da prisão do Abismo. /Ele vai sair e seduzir as
nações e dos quatro cantos da Terra, Gog e Magog, reunindo-os para combate. O
número deles é como a areia do mar. Eles espalharão por toda a Terra e cercaram
o acampamento dos Santos e a Cidade amada. (Ap 20, 7-9)
A eleição de Donald Trump, presidente
americano, pôde avivar o péssimo momento brasileiro representado pelo
degradante quadro político disponível para governar o país e pela indigesta e
obscurantista mídia brasileira que dado sua força de persuasão vem impedindo estrategicamente
o povo brasileiro de conhecer a marcha civilizatória mundial centrada nos
Estados Unidos da América, Europa e Ásia, onde se concentra a tentativa de
criar um governo mundial sob o domínio de um comunismo renovado, agora ameaçado
de se implantar com a subida ao governo americano de Trump.
Para
entender o ambientalismo, o indigenismo, a tentativa de um governo mundial, a
nova ordem mundial, o movimento dos refugiados, e os protestos ao redor do
mundo e no próprio Estados Unidos da eleição de Donald Trump, é preciso
entender o que está por trás de todas essas questões que de alguma forma
interferem na vida dos brasileiros e no desenvolvimento econômico do Brasil.
Caso
aceitemos que a perestroika faz parte de um processo revolucionário de
inspiração leninista, e que os meios que ela produziu para atingir os objetivos
que persegue precisam ser conhecidos dos brasileiros para tira-los da
ignorância necessário a melhor escolher o caminho para conduzir o Brasil. A
questão a que me refiro passa pelo aspecto político da ofensiva soviética, a
dissolução do Pacto de Varsóvia com o desarmamento paralelo do Ocidente,
construção da “Casa Comum” na Europa etc... A política de desarmamento material
e psicológico conduzida pelo Ocidente advém de uma análise do desdobramento da
perestroika. Em 1984, quando Gorbatchev subiu ao poder, verifica-se a
influência de Antonio Gramsci que observando o sistema soviético, o condenou.
Segundo Gramsci, a estratégia usada pelos soviéticos não permitiu assegurar um
consenso nacional e nem tampouco tomar o poder nos países capitalistas. Esse
objetivo, segundo Gramsci só seria atingido se, primeiramente houver um
consenso ideológico. Ao contrário de Marx, que desejava primeiramente modificar
a infraestrutura econômica, Gramsci prega uma revolução preliminar na
superestrutura ideológica da sociedade, uma revolução do ser, não do ter. Essa
inversão se encontra na base da perestroika, ou seja, a revolução psicológica
prevalece e a guerra se dará no plano psicológico. Gramsci considerava que o
arquétipo da revolução vitoriosa é a instauração do cristianismo no Império
Romano e a substituição da cultura greco-romana pela cultura cristã. Em resumo,
baseado em suas observações e estudos, Gramsci propõe que se proceda
primeiramente com a instauração de uma nova civilização, meios que parecem
fracos, mas em verdade bastante poderosos, revolução essa que deverá ser
veiculada pelos intelectuais e por uma ditadura pedagógica que deve se fazer em
nome de imperativos éticos respeitando a dignidade dos direitos do homem
(método não-aversivo), considerando que o centralismo deve ser substituído por
um centralismo orgânico, descentralização ou desconcentração. Portanto, como se
observa, a perestroika, o globalismo, e a nova ordem mundial só podem ser
entendidos através do conhecimento das ideias de Gramsci, daí a dificuldade de
o povo entender o que se lhe apresenta com uma coisa do bem.
Admitido
a influência de Gramsci e a perestroika como um processo revolucionário é possível
entender porque se está usando o meio ambiente para estabelecer uma política de
consenso internacional. O meio ambiente e a ditadura pedagógica adiantaram em
muito a implantação da nova revolução comunista com apoio grupos econômicos e
políticos poderosos ocidentais. O andar dessa revolução foi virótico, ou seja,
espalhou-se com rapidez por instituições internacionais, como a ONU que
facilitaram o consenso, como se observa nos propósitos da Agenda 21 adotada
durante a Conferência do Rio por 77 organizações internacionais e mais de 155
países. Na Agenda 21 já se observa o envolvimento da ONU, cooptada pelos
globalistas, com a missão de impor ao mundo uma nova civilização proposta pelos
comunistas contidas na perestroika e ideias de Gramsci, assimilada pelo
establishment anglo-americano, uma associação diabólica que reúne a ganância e
totalitarismo.
Os
problemas globais foram criados para servirem a ganância e o totalitarismo, e
só podem ser resolvidos com soluções globais e através de instituições
internacionais, modelo que está tendo a aceitação de grande parte dos povos já
contaminados através da ditadura pedagógica que envolve professores, colégios e
universidades. Um preparo a médio e longo prazo para a consolidação
revolucionária com nova cara. É necessário observar que após os revolucionários
terem usados a classe operária para seus objetivos ditatoriais, usam agora os
interesses globais, fazendo com isso desaparecer o “inimigo”, criando um
consenso universal através de valores universais. Portanto, fazendo desaparecer
a antiga ordem social e política, destruindo a filosofia judaico-cristã
substituída pela pagã, dos adoradores da natureza, a civilização global, a nova
civilização tem o seu nascimento garantido. A ditadura do proletariado não está
fora do comunismo, mas se encaixa a nível de uma globalização.
O mundo todo se preocupa com o novo
presidente americano não se sabe quais as principais razões. Se é por que o
consideram despreparado para assumir o governo, se é porque internamente
contraria interesses políticos e econômicos ou porque é um obstáculo aos
objetivos na Nova Ordem Mundial, ao Governo Mundial resultante da nova
revolução comunista em curso. Nada se pode afirmar nesse momento. Não há tempo
para um julgamento racional. Entretanto, podemos registrar que avaliando o que
Donald Trump fala ao povo americano em discurso de que seu objetivo é
substituir o establishment corrupto por um novo governo que se volte para os
interesses americanos aos invés de se voltar aos interesses globais, entendemos
que se refere ao establishment anglo-americano conduzidos por outros
presidentes americanos comprometidos com um governo global e com o
ambientalismo-indigenismo nocivo que deve ser combatido e afastado dos
interesses americanos; quando pergunta ao povo se o povo americano quer tomar a
rédea do governo entregue a outros interesses, presume-se que se refere ainda
ao projeto do governo mundial; quando diz ao povo que seu objetivo é impedir
que o establishment político continue a estabelecer acordos desastrosos para os
americanos, entendemos que não admite que os Estados Unidos continue a
fortalecer o projeto da revolução comunista gramsciana; quando denuncia que
qualquer um que denuncie esse controle é rotulado de “sexista”, “racista”,
“xenófobo” e de ter uma deformação moral e deve ser atacado, difamado, ter
carreiras destruídas assim como a família e a reputação supõem-se está se
referindo aos criadores do governo mundial que querem enfraquecer o poder
americano. Todas essas dúvidas só poderão ser confirmadas ou não com o tempo e
não por suposição ou “eu acho”. Se o novo presidente americano realmente está
convencido da nocividade do projeto do governo global que representa a nova revolução
comunista e vai combate-lo, então o Brasil terá a oportunidade de ter um grande
parceiro para ajudá-lo a se livrar da causa principal de seus problemas. Caso
isso não aconteça, os brasileiros ficarão dependendo de suas próprias forças
que são insuficientes para enfrentar as forças que se juntaram para dominar o
mundo.
O Brasil político de hoje contaminado
por vícios difíceis de superação, sem auxílio de uma força do tamanho da
americana, jamais conseguirá vencer as dificuldades internas e externas que
estão impedindo o país de crescer e se tornar uma nação rica e próspera.
Vamos torcer para que Donald Trump
seja a reação que se faz necessária para mudar o mundo e ajudar o Brasil a se
livrar da escravidão em que se encontra.
Armando Soares – economista
e-mail: armandoteixeirasoares@gmail.com
Soares é articulista de Libertatum
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