Subversão.
Por Vanderli Camorim
Vamos analisar brevemente ambas. A interpretação dos fatos continua sendo feitas de forma invertida, de que as construtoras são os agentes da corrupção e omitem o essencial que é o intervencionismo, a política que deposita poderes extraordinários nas mãos dos legisladores de modo que os empresários viram meros peões nos seus jogos de interesses. Nada se move sem as suas ordens, muito menos que não seja pago um pedágio viabilizado sempre através de um expediente fraudulento que costumam chamar de corrupção.
A teoria marxista dá suporte a versão e tem provimento legal na Constituição Federal onde consagra a exemplo do artigo 174 que a economia é prerrogativa do planejamento central e que a iniciativa privada é seu elemento auxiliar.
Literalmente diz que o estado é o agente normativo e regulador da economia.
(,,,,) É determinante...(...) ..e indicativo para o setor privado.
Mas claro do que isso impossível.
Compra "mico" da JF,
Eis aí mais um exemplo do raciocínio empresarial de que encontra mil dificuldades para se realizar por se encontrar internamente sob o arbítrio dos que governam ou tem controle da máquina do estado. Uma das consequências do controle da economia por parte do governo, que obedece a filosofia socialista, é a sua completa regulamentação. O setor se torna um um departamento do governo e a burocracia o torna rígido como que paralisado por regras, normas e outras medidas burocráticas.
Uma rede de departamentos desarticulados entre si estão subordinados a uma cadeia de comando e não obedecem aos interesses de mercado, mas da estrita observância dos interesses políticos.
São obstáculos que o empresário que viu uma oportunidade de lucro, se vê obrigado a alterar os seus cálculos para superar e assim alcançar os seus objetivos. Os dois objetivos, o do empresário e o do político estão em confronto. O empresário quer ter lucro que só pode obter ao servir o consumidor e conservar sua posição no mercado. O político quer ter sua vantagem vendendo facilidade e conservar seu poder político.
Essa subversão da ordem econômica que faz surgir interesses econômicos antagônicos provoca uma subversão no relacionamento social entre os vários membros da sociedade. A deformação moral atinge a todos e fica difícil distinguir o honesto do desonesto. No fundo da questão todos perdem e a destruição total se avizinha.
Para reverter esse quadro não basta adotar a política de livre mercado, mas também a sua filosofia.
Do contrário se terá apenas a metade do que se pretende ter integral.
Vanderli Camorim
Camorim é articulista e Libertatum
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