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segunda-feira, 31 de julho de 2017

Sociedade decadente.


Por Armando Soares

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                O que esperar de um país que tem a maior carga tributária do mundo cobrada através de 93 impostos, taxas, adicionais, fundos, INSS, PIS/PASEP? No Brasil, cobra-se trilhões de reais de um povo sem nenhuma contrapartida em serviços e segurança; rouba-se tudo o que se arrecada. Só esse perfil é o suficiente para se afirmar que o Brasil é uma sociedade decadente sem perspectivas de recuperação enquanto depender dos políticos e governantes atuais, de juízes e representantes do MP e da atual constituição.

A decadência do Brasil vem ocorrendo ao longo do tempo, e tem origem na cultura. A cultura é o complexo de convicções, usos populares, hábitos, técnicas, métodos econômicos, leis, moral, estruturas políticas e todos os modos de vida em comodidade desenvolvido ao logo dos séculos; tudo isso vem sendo destruído pela politicagem, pela ação de comunistas e socialistas, de demagogos e de corruptos que se apoderaram do poder e destruíram a cultura brasileira e com ela as tradições, as crenças e as instituições. Qualquer brasileiro lúcido e sensato consegue perceber que o Brasil está em estado de desagregação, em decomposição moral, mas não consegue avaliar seus efeitos para esta e outras gerações. O que esperar da vida no Brasil diante do cenário econômico, social e político em que se vive? O brasileiro está vivendo em nossos dias, como um cachorro, um dia após o outro, sem esperança de um presente e futuro melhor, e, o que é mais grave, com o risco de perder a vida a qualquer momento. Apesar desse cenário caótico, grande parte da sociedade brasileira se comporta como zumbis, como tontos sem rumo, gastando irresponsavelmente, luxando e preocupada com o ego e suas experiências, sintomas claros da decadência; enquanto outros, por deficiência cultural, se prestam a ir às ruas para apoiar corruptos e bandidos.

C. Northcote Parkinson (1909-1993), distingue seis estágios considerados historicamente, pelos quais passam as civilizações rumo a dissolução: “1. A supercentralização política; 2. O crescimento imoderado da tributação, que se transforma no modo de interferência governamental na vida comercial, industrial, e social. A tributação, levada ao limite e para além dele, sempre foi um sinal de decadência e um prelúdio de desastre; 3. O crescimento de um pesado sistema de administração central. Os que são, teoricamente, homens poderosos, têm uma autoridade real surpreendentemente pequena, encontrando-se presos a uma máquina que se move vagorosamente, em direções involuntárias; 4. A promoção de pessoas erradas. No labirinto da burocracia política, ter ideias originais seria uma barreira ao sucesso. Essa situação é, provavelmente, inevitável e eterna, mas a mesma tendência em uma sociedade decadente desgasta as demais pessoas. Toda a sociedade, bem como toda a organização, se torna letárgica e incômoda, guiada pela rotina e subjugada; 5. O ímpeto de esbanjar. Depois de anos e décadas de gastos públicos excessivos, privado da coragem de reduzir gastos, privado dos meios de melhorar a receita (tendo os impostos alcançado o nível máximo), o governo faz uma enorme dívida e a descarrega sobre os ombros de alguma geração futura; 6. A “opinião liberal” – isto é, um sentimentalismo fraco, que enfraquece a razão e a vontade de uma grande parte do povo de uma nação. Aquilo que diz respeito ao nosso argumento não é que os benfeitores do mundo estejam equivocados, mas que a postura deles é decadente. São movidos pelo sentimento, e não pela razão, e isso é, a questão é o interesse deles estar somente no presente, e o futuro ser simplesmente o fim. ” Quem vive no Brasil se espanta ao verificar que esses estágios se encaixam na realidade brasileira e comprova a dissolução da civilização brasileira.

Caso queiram saber da origem da atual centralização e da falência do regime federativo é só ler a constituição de 88; nela se encontram os elementos que propiciam a eliminação de todas as instâncias administrativas, com exceção da principal e central; verificam que os centros menores de poder que são os municípios perderam o seu vigor e autonomia após a vigência da atual constituição; declínio que se intensifica com a expansão tributária leonina que sufoca a economia e afasta o empreender. Como comprovado, no longo prazo esse mecanismo institucional constitucional fracassa; e então, toda estrutura social desmorona, como está acontecendo em nossos dias. Almejando fazer tudo, apoiado por uma constituição inimiga dos brasileiros, Brasília, o grande poder centralizador, acaba por não fazer nada bem feito. O efeito dessa centralização criminosa é que os cidadãos se tornam ingovernáveis, como confirma o atual cenário anárquico político, econômico e social brasileiro.

Está exaustivamente provado que qualquer “democracia guiada” ou “democracia plebiscitaria” encontra evasão e hostilidade em todos os lugares, e, o resultado gera discriminação de autoridade popular efetiva do governo, como se vê no Rio de Janeiro, São Paulo e outras cidades brasileiras.   A debochada e imoral senadora Gleise Hoffmann é produto desse Estado construído por mentes doentes e inimigas do povo brasileiro.

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Tem absoluta razão José Nêumanne, ao citar o historiador cearense Capistrano de Abreu (1853-1927), colega de classe de padre Cícero Romão Batista no seminário de Fortaleza, não ficou famoso por causa disso, mas por uma piada, seu projeto de Constituição que rezava, categórico: “Artigo 1º: Todo brasileiro deve ter vergonha na cara. Artigo 2º: Revogam-se as disposições em contrário”. Realmente esse é o maior problema do brasileiro: VERGONHA NA CARA!

“O mal da desagregação normativa corrói a ordem no interior da pessoa e da república. Até reconhecermos a natureza dessa enfermidade, seremos forçados a afundar, cada vez mais, na desordem da alma e do Estado. O restabelecimento das normas só pode começar quando nós, modernos, viermos a compreender a maneira pela qual nos afastamos das antigas verdades. ”
(Russel Kirk)

Armando Soares – economista



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Soares é articulista de Libertatum

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