Privatizações e livre mercado.
Por Ivan Lima
O liberal num estado intervencionista como o brasileiro luta e difunde o ideário do liberalismo. Sua meta não é a de querer um país em que se realizem somente privatizações de estatais e pronto! Tudo estará resolvido. Para uma analogia, privatizações me fazem lembrar a história de determinadas mães pobres que doam os filhos pequenos, famélicos, em andrajos e morando miseravelmente, para famílias abastadas. Com o tempo, sabendo dos filhos em situação bem diversa, acusam seus bem feitores e os das crianças de as terem enganado, armam o maior barraco e vão à justiça querendo os filhos de volta. Na vida real isso é mais comum do que se pensa e em relação a algumas das privatizações que se teve foi inflado balão de ensaio para reestatização de todas as privatizações conseguidas. E o inconformismo da esquerda pelos filhos perdidos para o mercado é discurso constante para reavê-los integralmente para o seu domínio de miséria e banditismo, do empreguismo e da corrupção estatista. Sim, digo integralmente porque o que a privatização traz é que o estado continua a fazer merda com os consumidores e as empresas, embora veladamente sob o disfarce de anjo da guarda e punidor através de suas regulações estapafúrdias. E tudo visa a manutenção perdulária da imensa máquina burocrática e o roubo cruel através dos impostos lancinando continuamente o setor produtivo e os cidadãos.
Mas, com privatizações, o monstro estará muito mais contido, se terá dado um importante passo em estagnação de gastança dos recursos dos cidadãos, setor produtivo, e consequentemente estouro das contas públicas, etc. Isso sem falar em entrada abundante de capital, criação de emprego, renda, inovações. Logo, entre o marasmo e destruição provocado pelo estado aos cidadãos, vejo como formação de boa cultura nesse quadro dantesco, as privatizações. Antes o primeiro e curto passo na direção certa que nenhum. A direção certa para o liberal sempre será o livre mercado. Sem ao menos a sombra do dedo sujo do estado, sua destrutiva dominação sobre os cidadãos e setor produtivo e sua nefanda filosofice estatista e burocrática. Mises quando sentiu o bafo do nazismo em seu cangote tratou de fugir da Alemanha. Não ficou para resistir com armas, pois certamente essa não era a sua arma para sobreviver e ajudar o mundo a respirar liberdade. Nem tão pouco lá ficou para debater academicamente com os ideólogos e intelectuais do nacional-socialismo. Sair enquanto havia tempo foi uma escolha sábia, uma imensa luz para o mundo. Embora com passos de fugitivo, certamente também apreensivo com os caminhos físicos tomados, a luta pela sobrevivência em outra terra, no entanto ele sempre soube do caminho certo do liberalismo econômico que levava em mente.
Portanto, para finalizar, devo dizer que num país de cenário econômico dantesco porque nefandamente estatista e burocratizante como o nosso, privatizações são muito bem vindas. Mudança de mentalidade não se dá de estalo, vem aos poucos e há uma consciencia crescente em relação aos devastadores malefícios desse estado hipertrofiado. Impostos, estatais, burocracia, legislação trabalhista, há muito já fazem parte da nossa realidade socialista. Mas ainda temos ar para respirar e espaço para agir. Ainda não estamos no fundo do poço da miséria e servidão socialista. Deixe falar que privatizações, ou reformas trabalhistas e outras são jogada de marketing desse ou outro governo. Apenas lute ainda que com o passo curto por medidas como privatizações pois aos poucos você estará destruindo muralhas e marchando no rumo da liberdade.
Ivan Lima
Lima é editor de Libertatum
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