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segunda-feira, 25 de setembro de 2017

BRASIL NA ONU: UM VASSALO PRESTANDO CONTAS AO TODO PODEROSO ‘SENHOR DO MUNDO’


Por Armando Soares


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                Vassalo é quem depende dum senhor feudal, é um subordinado, um submisso sem vontade e personalidade, é um boneco sem alma. Por que o Brasil tem que se submeter aos países que controlam a ONU? Para se desenvolver, e especialmente a Amazônia, o Brasil precisa pedir licença para a ONU? França, Inglaterra, Rússia, Holanda, Japão, China, e Estados Unidos da América pediram licença para se desenvolver e foram obrigados por organismos internacionais e ONGs a preservar suas florestas, ou a isso se dá outro nome, do tipo intervenção mascarada de ambientalismo?

                O destaque dado por Temer na ONU sobre o desmatamento da Amazônia é uma demonstração inequívoca da subserviência do governo brasileiro ao todo poderoso “Senhor do Mundo”, a ONU, controlada por países ricos que só conseguiram se desenvolver à custa do uso intensivo de suas florestas, de seus recursos naturais, através de pirataria e de saques, sem precisar dar satisfação a quem quer que seja; o que é mais triste é que grande parte do enriquecimento desses países foi feito empobrecendo países como o Brasil através do saque.

                O governo brasileiro quando vai à ONU parece não ter nada a oferecer ao mundo rico para atrair a atenção dos países ricos a não ser a esterilização do desenvolvimento da Amazônia através de uma preservação gigantesca de sua floresta, atitude que vem mantendo os Estados amazônicos em permanente estado de subdesenvolvimento e pobreza, retardando como consequência o desenvolvimento do Brasil.

                O destaque à Amazônia dado por Temer na ONU é uma prova contundente que o governo brasileiro, a despeito do que pensam e sentem os amazônidas e brasileiros sensatos, está comprometido até a medula com o ambientalismo colonialista nocivo, atitude que ignora o imenso social que vive na Amazônia em estado contemplativo à espera de um desenvolvimento que nunca chega; é uma atitude irresponsável que deixa a Amazônia num vazio e facilita o comércio de drogas e o avanço da criação de uma grande nação indígena para servir aos interesses dos países ricos e do governo mundial, estratégia que torna fácil o domínio territorial amazônico, de suas riquezas além de justificar a cobiça histórica da região em razão também de sua extraordinária posição geográfica própria para o domínio de mercados.

                Falar em Amazônia e sua floresta, governo brasileiro e ONU, nos leva a Pascal Bernadin, que no capítulo primeiro de seu livro O Império Ecológico, escreve a respeito da nocividade do ambientalismo: “Num passado ainda recente convencionou-se que a resposta a qualquer discussão sobre o tema globalismo deveria ser a tomada de um ar entendido e condenatório ou um silêncio condescendente e gozador. As pessoas sérias não se ocupavam de tais idiotices. Desde a proclamação oficial da Nova Ordem Mundial pelo presidente Bush, a situação evoluiu pouco, mas aqueles mesmos que pensavam – ou fingiam – ser impossível a instauração da Nova Ordem Mundial esforçam-se, hoje, para minimizar sua importância. Um recente, intitulado Nossa Vizinhança Global, Relatório da Comissão sobre Governança Global, publicado em 1995 pelas editoras da universidade de Oxford e que será apresentado mais tarde, encerra definitivamente o debate: o globalismo reivindica abertamente um poder totalitário sobre a totalidade do planeta. Mas antes da publicação de tal obra, que foi cercada por um grave silêncio tanto na França quanto nos Estados Unidos e Inglaterra, muitos outros escritos ou discursos permitiam discernir sem problemas o real objetivo em direção do qual as instituições internacionais avançavam. Nós apresentaremos somente alguns deles, escolhidos em função de seu autor, das circunstâncias oficiais em que foram proferidas ou do seu interesse. Desde 1920, John Keynes, de retorno da Conferência de Paris, escrevia: Mas a Liga (Sociedade das Nações), mesmo sob uma forma imperfeita, era algo de durável; era o começo de um novo modo de governo do mundo. Mais recentemente, um colóquio organizado pela ONU à ocasião de seu 40º aniversário, o reverendo Nikkyo Niwano, convidado especial do colóquio, presidente honorário da Associação Internacional da Liberdade Religiosa (IARF) e da Conferência Mundial da Paz (WCRP), presidente dos Rissho Kosei-kai, declarou: Eu afirmo desde há muito tempo que a humanidade deveria passar de um nacionalismo ao “globalismo”, onde a Terra ela mesma seria como uma espaçonave. Eu desejei com ardor que muitas organizações internacionais nascessem e se tornassem estreitamente ligadas para garantir esse globalismo. Estimo que a era do globalismo é aquela em que a humanidade passa de uma tomada de consciência das diferenças à tomada de consciência da unidade. Franz-Olivier Giesbert publicou recentemente, na primeira página do Le Figaro, um texto ambíguo e revelador intitulado O mito do “governo mundial”: Esfregamos os olhos par confirmar o que vemos: como nos tempos da Guerra do Golfo, a humanidade parece estar sendo governada por comunidade de espíritos e de interesses. É no instante em que o damos por morto que o “governo mundial” renasce das cinzas. No dia de ontem, ele se mostrou mais vivo do que nunca: essa velha ideia celebrada por tantos filósofos, a começar por Kant, se encarnava à perfeição na cerimônia do Elysée, quando foi assinado, diante de uma dezena de chefes de Estado e de governos, o acordo de paz sobre a Bósnia-Herzegovina. Em 1992 a conferência do Rio adotou um documento conhecido pelo nome de Agenda 21. Dentre os textos impressionantes que ali encontramos e que temos a oportunidade de aqui reproduzir, destaca-se o seguinte, cuja importância nos obriga a citar in extenso: O mandato da Conferência da Nações Unidas [do Rio] sobre o meio ambiente e o desenvolvimento decorre da resolução 44/228 da Assembleia Geral, na qual, entre outras disposições, estabeleceu-se que a Conferência deveria elaborar estratégias e medidas próprias para impedir e inverter os efeitos de degradação do meio ambiente no contexto de uma aumento dos esforços nacionais e internacionais, com vistas à promoção de um desenvolvimento durável e ecologicamente racional em todos os países, e que a promoção do crescimento econômico nos países em desenvolvimento exercia um papel essencial na solução dos problemas ligados à degradação do meio ambiente. O processo intergovernamental de monitoramento da Conferência [do Rio] se inscreverá no quadro do papel exercido pelos organismos da Unidas, a Assembleia Geral sendo o órgão supremo encarregado de fornecer as orientações de conjunto aos governos, aos organismos das Nações Unidas e aos órgãos criados em virtude dos tratados. Os governos, assim como as organizações regionais de cooperação econômica e técnica, têm um papel importante a exercer neste processo. Os envolvimentos e as iniciativas por eles tomadas devem gozar de um apoio adequado dos organismos das Nações Unidas e das instituições multilaterais de financiamento. Dessa forma, as iniciativas nacionais e internacionais se reforçarão mutuamente. Antes de mais nada é preciso lembrar que a Agenda 21 foi adotada durante a Conferência do Rio por 77 organizações internacionais e mais de 155 países. Uma interpretação benevolente do texto precedente poderia dizer que o papel da “Assembleia Geral [...] órgão supremo encarregado de fornecer as orientações de conjunto aos governos” limita-se ao monitoramento da Conferência do Rio. Essa descoberta já seria extraordinária, sobretudo se nos lembrarmos de que, na perspectiva globalistas, a ecologia deve permitir o controle de todos os setores da vida. Mas essa interpretação complacente se choca com a letra do texto. Para poder sustentá-la, teria sido preciso escrever: “O processo intergovernamental de monitoramento da Conferência se inscreverá no quadro do papel desempenhado pelos organismos nas Nações Unidas, sendo a Agenda 21 o texto de referência encarregado de fornecer as orientações de conjunto aos governos, aos organismos das Nações Unidas e aos órgãos criados em virtude dos tratados assinados no Rio”. O monitoramento da Conferência do Rio é senão um elemento que “se inscreve” no quadro geral designado pelos “organismos das Nações Unidas”, sendo o primeiro dentre eles a Assembleia Geral. Não surpreende, portanto, a partir do momento que “Assembleia Geral ] o órgão supremo encarregado de fornecer as orientações de conjunto aos governos”, o fato de ser impossível, mesmo com a melhor das intenções, distinguir a política conduzida pela direita daquela que faz a esquerda? Por que se interrogar hipocritamente sobre a desafeição crescente de nossos concidadãos pela coisa pública, se as verdadeiras decisões são tomadas pela Assembleia Geral que “orienta” os governos? Cada nova eleição será seguida por uma nova desilusão enquanto nossos compatriotas não compreenderem que a raiz do problema reside na Assembleia Geral. E como não se indagar sobre esse extraordinário desprezo pelos eleitores e pela democracia vindo tanto da parte da direita quando da esquerda, que fazem crer ser possível modificar uma política que, na verdade, já está decidida ou registrada pela Assembleia Geral? Como não se perguntar igualmente a respeito do incrível cinismo desses políticos que não trazem outra coisa senão democracia e direitos humanos em suas bocas? Se para eles o direito de não ser enganado não faz parte dos direitos humanos, este tem seu lugar preservado, entretanto, no código penal. E como chamar por outro nome senão totalitarismo um regime no qual a “Assembleia Geral [...] fornece [u] as orientações de conjunto aos governos” quando ela não foi eleita, seu poder real permanece cuidadosamente dissimulado à imensa maioria dos homens e ela jamais prestou contas de seus atos diante de eleitores ou quem quer que seja?.......”

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                Eis uma pequena parte das raízes do ambientalismo tratado por Pascal Bernadin num livro contendo 606 páginas que mostra porque o Brasil comandado por governos medíocres e apátridas aceita a esterilização da Amazônia e uma política ambiental construídas com base em leis impostas por países ricos, pelo globalismo e pela esquerda que se submete ao comando desses dominadores em troca de dólares. Enquanto não houver uma reação contra esses dominadores e domínio, enquanto tivermos no comando do Brasil dirigentes medíocres e sem compromisso com o progresso da Nação, estaremos sujeitos a crises permanentes, como também, como vassalos, a um governo global ilegítimo e pirata.

                Nos esforçamos sempre nos artigos para mostrar verdades ao amazônidas e ao povo brasileiro, entretanto, temos consciência que o que escrevemos em terras amazônidas esquecidas historicamente pelas elites mafiosas, que esses escritos não chegam perto dos grandes centros civilizatórios brasileiro e da mídia toda poderosa que desfigura a realidade brasileira. Entretanto, sabemos que as palavras são eternas e que a verdade pode demorar, mas certamente chegará no tempo aprazado para destruir a mentira, a hipocrisia e a incompetência.

Armando Soares – economista

E-mail: armandoteixeirasoares@gmail.com

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Soares é articulista de Libertatum

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