Bolsa miséria e Rodrigo Maia.
Por Vanderli Camorim
As vezes pergunto a mim mesmo quem é mais fdp: o político ou os repórteres?
Como os repórteres são parte da elite intelectual e que tem à sua disposição a mídia, um instrumento vigoroso para a formação da opinião pública e estão mais próximos da produção e formação do conhecimento, é claro que são eles, pois os políticos, tanto quanto os homens de negócios cujo papel é servir seus consumidores, no caso o político os seus eleitores, que deles recebem ordens e tentam cumpri-las da melhor maneira possível tem um papel bem menos limitado.
Uma mostra clara e recente disso foi a consequência da afirmação, em Washington, de Rodrigo Maia o presidente da Câmara. Maia afirmou que a bolsa família cria miséria e dependência, o que é uma afirmação à luz da ciência econômica bastante modesta frente o grau de destruição social que representa. Mas a intelectualidade na mídia caiu de pau no presidente da Câmara sem sequer tentar refletir sobre o tema. Nesse contexto, podemos citar Kennedy Alencar que é uma dessas tristes figuras que insiste na via socialista e quem o chamar de um velho bolchevique com certeza vai responder negando e jogando pedras.
A bolsa miséria, nomeada de bolsa família é toda baseada no imposto. Na medida em que programas como este aparecem pelo imposto por um lado deixa por outro de servir como capital que gera bens, renda, emprego, tira as pessoas da miséria e da dependência alheia, criando riqueza e melhorando a vida de todos indistintamente.
Mas, figuras como a citada, iludidas pelo velho, ultrapassado, e desgastado marxismo, ainda tem pelo capital a fonte do mal que deve ser eliminado. A ignorância em economia, é tão monstruosa que só perde para a presunção de defensor dos pobres do próprio marxismo. Soubesse ele, Alencar, que existe uma ciência chamada economia, não aquela ensinada nas universidades, ele já passaria para o Rank dos homens inteligentes. Mas há gente que resite à sensatez, pois hoje em dia a ignorância rende a simpatia das massas e bons salários.
O mais curioso é que a população que recebe o bolsa família sabe que está sendo comprada, que o programa é uma enganação, mas dado à vida miserável a que foi lançada pelas políticas anti-liberais dos sucessivos governos e pelo fato de que ninguém recusa dinheiro fácil não vê razão para dispensá-lo Mas esse entendimento não é compartilhado pela elite intelectual que insiste em dar uma versão socialista a esse tipo de política. Insistem tanto nisso que se vê claramente que só mesmo eles e um punhado de desavisados acreditam.
Onde de fato existe Livre Mercado, capitalismo, o pobre não precisa de ajuda. Ele trabalha, ganha dinheiro, e ajeita a vida dele como lhe agrada. Mas onde o governo interfere - como aqui - e anula o livre desenvolvimento do capitalismo restringindo e proibindo a liberdade de trabalhar, o desemprego forçado é crônico o que leva ao desespero, miséria e cria condições ao crime e insegurança que depois o próprio governo considera deplorável... O pior comunista é aquele que acha que não é...
Desde Adam Smith se tem como ponto pacífico que o que gera riqueza em uma nação é a maior proporção de capital aplicado por trabalhador empregado. Quanto maior o montante do capital maiores as chances do emprego de novas técnicas que aumenta a produtividade do trabalho humano, aumentando por isso a massa salarial, cria novos empregos, mais bens para a satisfação de inúmeras necessidades, aumentando a riqueza e o bem estar geral. Mas as políticas que recomendam o uso de impostos tem justamente o efeito contrário desta lição de Adam Smith.
E mais que a criação da miséria, a política que tem o imposto como a panaceia para estes males trás a semente da ruína e degradação que no longo prazo destruiu nações outrora ricas e civilizadas como a antiga Roma.
Vanderli Camorim
vanderlicamorim@ig.com.br
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