Educação pública.
Por Vanderli Camorim
A situação da educação no Brasil certamente é mais precária que nunca. Mas ela é resultado de uma degradação antiga, paulatina. Ela é consequência da intervenção do governo no mercado de ensino que ocorre há mais de um século no país.
Os liberais, no passado, no século 19, acreditavam que a tarefa de Educar o cidadão seria parte do dever de Estado. O resultado mostrou que estavam plenamente errados. A função do estado é única e exclusivamente a segurança. Enquanto permanecer nesta função ele faz bem para todo mundo. Indistintamente. Defender a igualdade de todos perante a lei equivale a defesa do fraco contra o arbítrio do forte, por exemplo. Mas se o governo avança em sua função interfere no mecanismo do mercado, dá inicio a um lento processo de destruição, pois no econômico não cabe por parte do estado a defesa daqueles que perderam a sua posição na concorrência de mercado. Isto é consequência da preferência do consumidor. Se o governo interfere vai ferir o consumidor que terá que pagar mais caro ao mesmo tempo que ele cria privilégios a custa dos outros, Ou seja, se na segurança ele promove a justiça quando interfere na economia ele cria injustiça.
Ao interferir no mercado de ensino concorrendo com a iniciativa privada que obedece a preferencia do consumidor, - o aluno e os pais do aluno - o governo cria um corpo de burocratas que não tem nenhum compromisso com o ensino e muito menos compromisso com os alunos e seus pais. Esses burocratas, os professores mais os demais funcionários da rede de ensino público obedecem aos políticos e o governo a quem devem favores e obediência além de promover a doutrinação de acordo com a filosofia do partido político que estiver no poder. O resultado é catastrófico como podemos constatar.
Em uma reportagem na televisão por estes dias o repórter dava conta que há falta de professores na rede pública resultando que os alunos ficam jogados às moscas. Uma das mães entrevistada disse que o colégio é um depósito de crianças que os pais deixam de manhã e apanham no final da tarde e que durante esse período eles não aprendem nada por falta de professores que faltam às aulas. Questionada a diretora se limitou a dizer que os professores ganham pouco e que preferem ir também somar compromissos em outras escolas acumulando salário, uma forma de aumentar a renda. Em uma rede particular claro que isso não acontece. Na rede particular o professor depende do aluno que paga. Na rede pública ele não depende do aluno mas do governo. Além de que ele tem estabilidade para o resto da vida, e está se lixando para o resto.
As pessoas valorizam o conhecimento também chamado de instrução e educação por exigência do mercado. Ele estimula os indivíduos a aumentarem seu conhecimento e sua instrução como uma maneira de melhorar o seu progresso e bem estar e assim alcançar uma situação mais vantajosa no mercado. O conhecimento se torna uma invenção e logo uma mercadoria. Não foi a educação controlada oelo governo que fez com que surgissem as maravilhas da tecnologia que temos à disposição como o Smartphone por exemplo.
Como o melhor exemplo do ensino fornecido pelo governo vs iniciativa privada podemos obter no caso histórico entre Esparta e Atenas na antiguidade grega. Em Esparta a educação era pensada da mesma forma estatizante hoje vigente no Brasil, a de ser um direito do cidadão e uma obrigação do Estado. Em Atenas não era este o pensamento, o estado nao interferia nessa matéria, e quem quisesse fornecer ou receber ensino ou educação que desse seu jeito. Esparta produziu apenas guerreiros prontos para a guerra e destruição, enquanto Atenas legou à humanidade uma imensa constelação de sábios e filósofos sem contar as bases da ciência moderna responsável pelo progresso da humanidade.
Vanderli Camorim
vanderlicamorim@ig.com.br
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