O Uber dos médicos.
Por Vanderli Camorim.
Acabo de assistir na TV uma reportagem sobre um aplicativo de celular semelhante ao uber para consulta médica. É uma inovação própria da mentalidade capitalista que procurando o lucro provoca novas maneiras de fazer as coisas irem melhorando a vida das pessoas. O aplicativo liga o paciente diretamente com o médico que já recebe dados e sintomas e evita a burocracia que encarece e dificulta a prestação desse serviço.
Mas inovações desse tipo não podem continuar acontecendo sem que o estado onipotente fique sem saber. E logo espiche seus longos braços para fazer parar ou dificultar essa aberração própria de indivíduos degenerados que só querem obter vantagem, pois só o estado é benevolente.
O Conselho de Medicina, o braço quase armado do governo fez logo a sua aparição reprovando essa licenciosidade de certos médicos e já sugerem a regulamentação da novidade para que não se torne algo ilegal. Ou seja, o CRM faz uma ameaça a algo que só beneficia as pessoas e à sociedade.
Uma atitude que se assemelha a uma luta contra a sombra, traz muito prejuízo para as pessoas e é inócua, pois a força do mercado que anima as pessoas fazerem o melhor para melhorar a sua vida tem sua raiz na natureza humana. É nessa tentativa de tornar difícil e até impedir esta disposição natural da espécie humana de procurar a sua melhoria que está a raiz da violência.
As pessoas querem vender seus bens e serviços para terem dinheiro e fazer de suas vidas o que sua liberdade permitir. O mesmo objetivo é claro em quem os compra e assim há harmonia de interesses na sociedade, efetivada pelas trocas voluntárias. Mas se o governo proíbe ou restringe o alcance desse objetivo, está na verdade piorando o que estava ruim. O governo não deve se meter nos negócios porque estes são atividades privadas das pessoas que decidem o que fazer para melhorar a sua própria vida. Se o governo interfere o cidadão vira peão nas mãos dos políticos e burocratas.
Compete ao cidadão decidir o que e como fazer para alcançar o seu objetivo de vida e não o governo. Se o governo decide ou diz como o que tens que fazer, e cobra por isso um pedágio, sem o qual serás considerado um criminoso, então és um escravo. As pessoas constituíram os governos com o objetivo da segurança e estão sujeitos a pagar o preço por sua manutenção. Querem com isso a sua proteção contra roubo, fraude, crimes e agressões de todos os tipos que perturbe o tranquilo funcionamento do mercado onde se troca com segurança e livremente bens e serviços.
Se os governos não estão cumprindo com esta obrigação e tem extrapolado este limite se tornando despóticos então alguma coisa está errada e alterou o entendimento originário de que o governo deveria cuidar da liberdade individual e não cerceá-la. Urge então fazer uma revisão da filosofia pois é ela que está orientando este estado de coisas que tem resultado em uma situação para mais que desconfiável.
É preciso mudar de mentalidade.
Vanderli Camorim
Camorim é articulista de Libertatum
vanderlicamorim@ig.com.br
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