sexta-feira, 27 de abril de 2018

Observatório do Camorim

Desemprego e proteção do governo

Por Vanderli Camorim

Carteira de Trabalho

https://veja.abril.com.br/economia/desemprego-sobe-131-no-trimestre-e-atinge-137-milhoes-de-pessoas/

A grande imprensa, - (jornais e revistas) (neste momento não passam de um boletim informativo do governo. Perde a oportunidade de debater um assunto tão trágico como é o desemprego e as suas consequências e conexões com índice de insegurança e violência que crescem dia a dia, mas ela trata o assunto como se fosse um número, e um elemento do cálculo simples e frio da matemática. Eu não sei até quanto podemos acreditar nessa estatística do governo. Muitos desses desemonógrafos não devem estar esperando a morte chegar, devem estar ocupados com algum tipo de trabalho de baixa produtividade e consequente baixa remuneração, muitos desistiram de procurar emprego estando fora igualmente da estatística, sem contar aqueles que estão empregados no lar como esposas, e as crianças.Eu não sei mesmo qual é o objetivo e qual é a utilidade dessas estatísticas visto que o desemprego é a consequência da interferência do governo no mercado de trabalho, ou seja, provocada por ele mesmo. Essa interferência aumenta o preço da mão de obra e seu custo para o empreendimento com reflexo no produto final, além de que amarra numa teia de normas e regras burocratizando e contribuindo em muito para a diminuição da atividade econômica onde todos perdem. 

O objetivo dessa interferência do governo é proteger os trabalhadores do capitalista ganancioso e opressor. Mas como diz o ditado o inferno está asfaltado de boas intenções. E essas medidas protetivas do governo tem como uma das consequências não intencionais o desemprego que se perpetua. Na verdade essa interferência do governo no mercado de trabalho tem o sentido de revogar a liberdade individual, limitar as escolhas que o individuo possa fazer que julgue o melhor para si, aquilo que ele acha que melhor contribui para elevar o seu bem estar. Esta é a verdadeira condição análoga à escravidão visto que não há liberdade para trabalhar ou seja o trabalho livre e espontâneo por seu portador é proibido a não ser que siga as regras estabelecidas pelo governo (CLT) como nos velhos regimes de escravidão. 

Entretanto toda essa situação consegue ser envolvida por uma mística que as suas próprias vítimas aceitam como uma atitude em defesa de seus direitos, Ou seja, se não fosse o governo ele não teria assegurado assim o direito que o capitalista malvado e explorador de outro modo não lhe daria de bom grado. 

A filosofia prevalecente que também orienta os governos dos nossos dias, o marxismo, ao apoiar essa medida toma o trabalhador como um imbecil incapaz de fazer suas próprias escolhas precisando ajuda do governo desinteressado. Mas por outro lado, esta mesma filosofia diz que esse trabalhador depois de derrubar o domínio da burguesia irá governar a ordem social...    

Vanderli Camorim
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