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quinta-feira, 20 de maio de 2010

Bomba, eu?

Por Klauber Cristofen Pires

O jogo de "detetive" está acabando, com a possível descoberta do "criminoso"? Os jornais já estão especulando que a intransigente - e aparentemente imbecil - defesa de lula ao programa nuclear iraniano tem como motivo oculto a defesa do próprio programa nuclear brasileiro! Será verdade? E nós com isto?...




Parece que o discurso sobre o uso da energia nuclear tenderá a mudar daqui a pouco, de "utilização de energia nuclear para fins pacíficos", para "potencial militar dissuassório". O termo "dissuassório", para os que entram como novatos na questão, tem a ver com a capacidade de um país de imtimidar defensivamente seus potenciais agressores.  Além disso, também se relaciona com a capacidade deste país de barganhar em negociações  no cenário internacional sob condições mais favoráveis, tanto no plano econômico quanto no plano político, vez que não se sente mais intimidado pelo potencial militar dos seus interlocutores,  ou até mesmo pode aventurar-se a sair por aí exibindo seu "big stick".

Por que me ufano de meu país? E quem disse que me ufano? Eu estou é morrendo de medo! Uma bomba A em território caboclo não vai fazer o Brasil um milésimo mais importantesinho lá fora, mas vai conferir aos nossos proto-ditadores a "soberania" que eles precisam para implementar por aqui a ditatura que eles tanto almejam. Forma melhor e mais segura de transformar o Brasil em Cuba eu desconheço. 

Pela primeira vez, eu constato que a fraqueza militar do Brasil, pelo menos por enquanto- é a nossa maior força! Depois, será bem mais fácil enxotar fiscais da ONU e jornalistas estrangeiros, enquanto se agridem a olhos vistos a liberdade de imprensa e o direito de propriedade. É esperar pra ver...

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