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segunda-feira, 7 de junho de 2010

Dilma e sua (própria) maldita herança

Por Klauber Cristofen Pires

Mas a Dilma foi ministra do quê mesmo? Ah, das Minas e Energia? Hum, certo. Nada não, mas é que, graças à sua administração, a energia elétrica para o setor produtivo subiu mais de 150% entre os anos de 2002 a 2009, vindo a se tornar simplesmente a terceira mais cara do mundo.

Terceira mais cara, claro, em termos absolutos, pois nenhum país tem os potenciais energéticos tão viáveis como o Brasil. Em termos relativos, bota primeirão nesta lista! Mas fiquemos tranquilos: não teremos apagões, só blecautes! Ainda que sejam diários, como já o são em Belém.
Segundo o diretor da Fiesp e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Julio Diaz, na indústria, há casos em que o consumo de energia representa até 45% do custo total, o que notadamente se faz sentir na hora da competitividade do produto nacional.

Dilma (esta mulher sabe o que é um gerador?), caso eleita, terá como presidente um grande diferencial frente aos demais candidatos: uma herança maldita produzida especialmente para ela, e por ela própria! "Chique no úrtimo", não? Não é à toa que pode bater no peito e dizer com toda força que tem mais experiência administrativa que os seus rivais.

Só para lembrar, a Constituição Feederal prevê que o ICMS pode (com o significado de poder-dever) ser seletivo, em função da "essencialidade"  dos bens e serviços.  Com a cobrança de mais de 40% de alíquota real cobrada só a título de ICMS, parece aos nossos governantes que energia elétrica deva ser ouro, e que lhes devemos todas as loas para ter uma lâmpada acesa no banheiro enquanto limpamos a bunda com as fotos deles estampadas nos jornais. Sim, porque nos paraísos socialistas, como bem lembrado por Janer Cristaldo e ratificado recentemente pelo regime cubano, uma das primeiras coisas que costumam faltar é o papel higiêncico.

Com o modelo elétrico lulo-chavista, poderemos enfim relembrar aqueles velhos tempos em que os vizinhos assitiam pela janela de quem tinha um aparelho de tv. Desta vez, porém, não será só pela falta do equipamento, mas também da própria energia.

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