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terça-feira, 13 de julho de 2010

Prisão de Penã Esclusa: mídia brasileira se omite

Por Aluísio Amorim
Publicado originalmente no blog do autor e no site Mídia sem Máscara

Já é notório o acobertamento e a omissão da imprensa brasileira quanto à prisão de Alejandro Penã Esclusa, com provas forjadas. No site Folha.com, o que se tem é uma matéria discreta da France Presse que evidencia a complacência e a cumplicidade de tais agências e veículos com o movimento revolucionário comunista latino-americano.

Depois de muita procura nos portais dos jornalões brasileiros acabei encontrando na no meio de uma lista de matérias da Folha.com uma pequena nota da agência France Press contendo a notícia da arbitrária prisão do líder opositor venezuelano Alejando Peña Esclusa, que noticiei no início desta madrugada como vocês podem ver no post abaixo. Em compensação, como podem constatar no facsímile acima, o site do Estadão dá destaque com direito a foto ao golpista Manuel Zelaya que continua tentando articular agitação em Honduras, com a finalidade de retomar o poder na porrada.
Por sua vez, a matéria da France Press que está no portal da Folha.com é ordinária, mixuruca e se preocupa em dar a versão da polícia política de Hugo Chávez. É quase um press-release, se não for mesmo, dos bate-paus do chavismo que invadiram e reviraram o apartamento de Peña Esclusa onde teríam, segundo a sua esposa Indira Ramirez de Peña, colocado no aposento de sua filha menor algumas capsulas explosivas a fim de forjar um flagrante para imputar a Peña Esclusa ligação com o terrorismo. (Após este prólogo transcrevo a nota emitida pela esposa de Esclusa).

Peña Esclusa foi algemado! Está preso em algum calabouço da polícia política de Hugo Chávez. Mas para quem passa pelos sites noticiosos não encontra uma miserável informação sobre essa agressão truculenta de Chávez. Acresce em importância este episódio pelo fato de que Chávez é amigo íntimo de Lula e recentemente pediu votos para Dilma Rousseff quando bradou "socialismo ou morte".

No portal principal da Folha.com não há menção à prisão de Peña Esclusa, já que o texto da France Press se encontra perdido entre centenas de outras matérias tidas como menos importantes pelo editor. No Estadão não encontrei nenhuma matéria até agora, embora na área internacional, como disse, há destaque para Zelaya, aquele que tentou implantar o comunismo bolivariano em Honduras e por isso foi constitucionalmente deposto.

É que a prisão de Alejandro Peña Esclusa determinada por Hugo Chávez, apoiador declarado de Dilma Rousseff (veja aqui o vídeo dele apoiando Dilma) surge como um fato que incomoda a campanha que vem sendo tocada por Lula e seus sequazes. Como as redações dos grandes jornais e portais noticiosos estão completamente dominados pelo jornalismo de aluguel do PT, o nefasto episódio ocorrido na vizinha Venezuela é minimizado.

A oposição brasileira e a campanha de José Serra têm o inarredável dever de tornar público essa afronta à democracia que acaba de ocorrer na Venezuela. Tem de trazer ao debate eleitoral brasileiro esse fato que tem ligação direta com Lula e Dilma Rousseff, porquanto ambos e todo o PT estão articulados com Hugo Chávez por meio do Foro de São Paulo.

Repito o que tenho afirmado aqui no blog: esta eleição presidencial brasileira é o evento mais importante pós-redemocratização do Brasil. É o marco definitivo que poderá separar para sempre o Brasil da ameaça de ser transformado numa repúbliqueta comuno-bolivariana, como a que existe na Venezuela. A prisão truculenta do líder opositor venezuelano que preside a UnoAmerica - União das Organizações Democráticas da América, tem de ser trazida para a dicussão da campanha eleitoral brasileira.

Transcrevo a seguir a carta de Indira Ramirez de Peña, esposa de Alejandro Peña Esclusa, publicada no site da UnoAmerica que discorre sobre os detalhes que cercaram a invasão do apartamento e a prisão do líder opositor:

Una comisión de la SEBIN, conformada por no menos de trece funcionarios, se presentó en el apartamento donde nos encontrábamos mis tres menores hijas mi esposo Peña Esclusa, y yo.
El fiscal del ministerio público no permitió que yo llamara a un abogado, y tampoco aceptó la participación de otros testigos diferentes a los dos hombres que ellos trajeron a la puerta de mi casa. Yo no pude constatar si, efectivamente, estos dos ciudadanos fueron "llamados cuando transitaban por la calle" a subir a nuestro apartamento para participar como testigos.

Los policías insistían que permaneciera junto a los testigos para supervisar el registro de los dormitorios que realizaban tres funcionarios. Lo cual hice, mientras que el resto de la comisión pululaba impunemente por el resto de la residencia sin que yo pudiera hacer nada para observar a trece personas simultáneamente.

Cuando salimos de los dormitorios y comenzó el registro en el área delantera del apartamento observé que habían colocado un supuesto explosivo dentro de la gaveta del escritorio de mi niña de ocho anos, ubicado en el corredor frente a la cocina.
Solicité la presencia de nuestro abogado, quien se encontraba en la puerta del apartamento, y el fiscal del ministerio público no lo dejó entrar para observar el estado de mi esposo, las condiciones en que se encontraban mis tres niñas, mucho menos se le permitió constatar que el acta de allanamiento estuviera ajustada a derecho.

Por tanto, queda claro que este es un juicio político, que pretende infundir miedo, a los opositores en un momento en que el país reclama explicaciones y justicia al gobierno. Pero hombres como mi esposo no son pocos en Venezuela, tengo la suerte de estar casada con un patriota, que ama a Venezuela y además es excelente padre de familia, esposo, amigo, e hijo.

En este momento, están en mi mente personas como los comisarios de la policía metropolitana, la jueza Afiuni, Franklin Brito, y muchos otros presos políticos que en este momento de angustia se me escapan. Tengan la seguridad que todos ustedes están allí para algo que Dios ha querido, para purificar a Venezuela de tanta maldad y que estas ideas de amor, paz y libertad pronto florecerán con una gran victoria.

Indira Ramirez de Peña

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