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quarta-feira, 14 de julho de 2010

Ridículo: mãe aplaude lei contra a palmada

Por Klauber Cristofen Pires

Nosso país está se transformando rapidamente um uma sociedade de cinismo e dissimulação. Paradoxalmente, quanto mais se fala em democracia, tolerância e pluraridade de idéias, mais impera o pensamento hegemônico, a vigilância e a censura. 


Até um certo tempo atrás, tal comportamento era mais dintinguível entre os artistas e aqueles que, por qualquer motivo, convencionou-se chamar de "celebridades". Dada a palavra a eles em algum momento, sempre alguns segundos entre a pergunta do apresentador do programa de auditório e o entrevistado separavam uma resposta autêntica sufocada na mente consciente e substituída em tempo por alguma declaração politicamente correta.   Agora, vejo como praticamente toda e qualquer pessoa procura antes dizer algo segundo uma expectativa de aprovação externa do que por convicção própria.

Pouco antes de escrever estas linhas, assisto pela tv mais um projeto de lei totalitarista em curso,  tendo como promoter ninguém menos do que o Sumo Apedeuta: Disse ele que, não houvesse tanta violência doméstica, talvez não tivéssemos tantos casos de corrupção. A julgar pelas suas próprias palavras, imagino que o Sr Lula deve ter sido torturado diariamente por sua querida mãezinha até o limite da resistência corporal.

Logo depois, o jornal exibe uma cena em que uma mãe  admite que já deu tapas e beliscões no seu filho, mas que concorda  com a proposta da lei de punir os pais que aplicam castigos físicos aos seus rebentos. Em outras palavras, ela pede que lhe seja retirado o pátrio-poder para ser entregue a quem o Sr Lula ou a Sra Dilma delegar a competência de cuidar de sua prole. Certamente, saberão  muito mais o que fazer com o moleque do que a mãe, ou não?

Eu já dei palmadas na minha filha e vou continuar assim, sempre que entender necessário. Dou graças a Deus pelos castigos e palmadas que recebi do meu pai ou da minha mãe. Fizeram-me um homem com juízo na cabeça. Lembro-me, a título  de exemplo, de quando uma vez falsifiquei uma assinatura de meu pai para não ter de mostrar a ele uma prova escolar. Daquela coça não me esqueço... e também jamais voltei a  falsificar  qualquer documento... Ahh, quem dera os tantos corruptos de hoje levassem umas boas cintadas no bumbum, isto sim! Daquelas que passavam nos filmes antigos, sem que houvesse contestação por parte de ongueiros a soldo e políticos sequiosos de poder. 
   
Esta hedionda proposta de lei carrega o vírus das segundas intenções, sempre presente em tudo o que vem de Lula, de Dilma, do PT e das esquerdas: o que eles querem é tirar os filhos dos pais, para fazerem com eles, depois, o que quiserem. Só não vê quem é muito comunista ou muito covarde.

3 comentários:

  1. Essa mãe que delegou a responsabilidade de educar os filhos, possivelmente tenha sido convidada a dar esse depoimento, como costumam ser grande parte dos depoimentos "autênticos" apresentados nos telejornais. Este é o costume, mas tem um objetivo, tão patético quanto corrupto: convencer à platéia que o costume de não educar os filhos seja um anseio nacional. Fico a imaginar quantos milhões de mãezinhas que assistiram a essa cena devem ter se sentido aliviadas com a nova lei que se anuncia, pois agora os filhos delas (??!!) ficarão mais seguros. É a mesma gente que idolatra a charlatice que reina soberana nonossopaís.

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  2. Klauber:
    Eu tenho uma filha da mesma idade que a sua e também já utilizei eventualmente de palmadas como forma de educar. Contudo, eu sou a favor de campanhas e mesmo leis que visem erradicar a prática. Países liberais e capitalistas, como a Austrália e o Canadá tem leis neste sentido, e lá elas também causaram muita polêmica quando implantadas. Mas para mim, este tipo de costume é como bater na mulher: em outros tempos foi considerado legítimo, normal, e até necessário, mas atualmente é visto como um costume bárbaro e destestável. O uso de violência contra corpos e mentes é algo que deve ser banido em nome da civilização, ao menos eu acho que é assim que se deve proceder. Obviamente, pais como você e eu não serão afetados por esta lei, mas será uma oportunidade para evitar que pais que espancam seus filhos, muitas vezes até perto da morte, sejam adequadamente punidos, além de "forçar" uma mudança neste nosso costume.

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  3. Só para lembrar ao amigo Fernando que quem espanca seja lá quem for, a lei penal já prevê punição. O fato de ser um filho agrava ainda mais a situação do agressor! É como disse o Julio Severo, os pais que não educam os filhos continuarão a fazer o que sempre fizeram, ou seja, nada! As famílias desestruturadas de hoje são formadas por pais que não foram disciplinados ou, que sofreram violência. Quem manda na minha casa sou eu, assim como foi na do meu pai, foi na do meu avô e, por isso nunca tivemos problemas com drogas, violência ou qualquer ocorrência policial em nossa família. Criança é projeto de adulto e não tem voz de comando, apenas deve obedecer quem deseja o melhor pra ela: seus pais!

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