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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

The day after: Como será?

Por Klauber Cristofen Pires

Durante esta chatice de período eleitoral, em que as ruas se infestam de carros de som extremamente ruidosos e nossos lares são invadidos por ladrões garantidos por uma propaganda política obrigatória, até que novas notícias de achaques contra a família e a propriedade privada andam em segundo plano. Se for por este lado, este blog fica um pouquinho de folga, e até que não é nada mal para um país que tem andado de marcha a ré dar uma parada.

Portanto, inevitavelmente, precisamos nos ater ao assunto da hora, a política, mas aqui sempre enxergada pelo seu ângulo oponente: a anti-política, ou seja, aquele esforço conjunto para construirmos um ambiente moral e intelectual o mais inospitaleiro possível para aquela classe de gente que se empenha em nos sorver recursos e mandar em nossas vidas.

Quanta lucidez eu percebi em uma passagem do filósofo Hans-Hermann Hoppe que, tirando de cabeça, era mais ou menos assim: "o empresário é a figura cujo objetivo é empenhar-se em ajudar as pessoas a realizarem o projeto delas próprias, enquanto o político é um sujeito cujo objetivo é empenhar-se a convencer as pessoas a realizarem o projeto próprio dele".

Nos dias atuais, quase surpreso, contemplo uma saraivada de balas que a imprensa vem atirando contra o governo Lula e a candidatura de Dilma Roussef. Até mesmo Arnaldo Jabor, o inventor da macaquística, a quinta técnica oratória, ora, quem diria, também vem escrevendo incisivos textos sobre as pretensões totalitaristas de Lula e do PT. Não, não vou reclamar. Este blog está crescendo, muito obrigado, mas ainda não goza de tamanha massa de leitores, pelo menos ainda. Reconheço, portanto, a utilidade do que vêem fazendo, bem como a penetração ampla junto ao eleitorado de que gozam.

Já tenho dito que não vou republicá-los aqui. Prefiro os "puros-sangue", aqueles que desde muito antes estavam alertas e, mesmo sem serem profissionais da comunicação, gastaram horas a pesquisar e divulgar seus conhecimentos movidos tão somente por patriotismo. Aqueles outros movem-se porque o relho totalitarista lhes sovou as ancas. Agem por medo, não por coragem. Agem por interesse próprio, não pela nação.   

Presumo, lá no finzinho do túnel, haver uma tênue chance de o Sr Serra vir a vencer estas eleições, haja vista o bombardeio de escândalos que se somam sem parar. Não sei se esta foi uma estratégia calculada, porém, se de verdade isto aconteceu, tenho-a por extremamente temerária. Afinal, eu mesmo ensino à minha filha estudar um pouco todos os dias para não ter de virar a noite sobre os livros às vésperas das provas. Por que haveria de ser diferente com a política?

Se avento esta possibilidade, é que justamente ela haverá de me trazer a prova dos nove: afinal, o que será da imprensa depois da era petista, se por acaso vier a se confirmar nestas próximas eleições?? Retornará aos seus vícios costumeiros, acumpliciando-se com os malfeitos dos seus protagonistas ao negligenciarem pragmaticamente a sua divulgação? Ou poderei entender que aí então é que virão à tona tantos outros escândalos que mal podemos imaginar?

Esta será a linha demarcatória entre os jornalistas e comentaristas que poderemos identificar como realmente defensores dos princípios da democracia e os ratos de bordo, aqueles que por primeiro abandonam o barco assim que percebem o seu naufrágio iminente.

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