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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Reflexões sobre a 25ª hora

Por Klauber Cristofen Pires

Não acredito nas pesquisas de opinião eleitorais, já disse isto, e venho trazer mais um ou dois argumentos, para depois então fazer alguns comentários de outra natureza mais adiante.

Raciocinemos, primeiramente, que, apesar das seguidas denúncias pela imprensa de produção de dossiês, invasão de sigilo fiscal e agora, de maracutaias das grossas, os números da candidata governista não desceram um milímetro, mas acredite quem quiser, subiram. Perdoem-me, mas não tá tanto óleo de peroba pra tamanha cara-de-pau! Vai lá, disfarça e diz que caiu um pontinho e meio, pelo menos. \ou será que os brasileiros querem mesmo é ver o circo pegar fogo?

Depois, claro, vem as manobras dos bombeiros do marketing político: emitem portarias, afastam Erenice Guerra, e sobretudo, dão um p... trabalho ao presidente para sair por aí salvando as candidaturas regionais. Igualmente, não dá pra disfarçar o desconforto e o desespero do candidato Lula, que nos comícios país afora, tem roado com a brutalidade bestial de uma fera a defender a caça que vê  estar à iminência de ser subtraída por um rival. Seja como for, um sujeito em clima de "já ganhou", certamente, estaria bem mais tranquilo. Ôpa, o quê? Ele não é candidato? Pôxa, mas...tudo bem , já entendi...
Em uma de suas paragens, chegou a Santa Catarina para empinar a pipa da Sra Ideli Salvatti, e de porre, falou as coisas erradas para o povo errado na hora errada. Aliás, se há uma coisa que  se pode flagrar sem  disfarces em Lula, é o seu despeito pelas gentes dos estados meridionais.  Quem não se lembra da primeira vez em que pôs os pés no Rio Grande do Sul como mandatário do maior cargo executivo da nação para não perder a chance de chamar os pelotenses de "viados"?

Também sou catarinense, e mantenho a minha alma barriga-verde na terra que adotei também com o coração para constituir família e trabalhar: o Pará. E diga-se: ambos, catarinenses e paraenses, usam a 2º pessoa, falam "égua" e adoram farinha, que ambos produzem de ótima qualidade, se bem que diferentes! Interesante, não?

Todavia, chego agora num segundo ponto deste pequeno artigo, para apresentar um "alto lá" ao Sr Jorge Bornhausen, por conta de um artigo de sua autoria em que esboça uma resposta de repúdio às verborragias do cefalópode. Em sua missiva, começa ele por temer estar se pronunciando "na 25ª hora".

A propósito, o Sr Índio da Costa anda se esgoelando por aí a denunciar as ligações do PT com as FARC e o que tem feito os Democratas? Deixam-no a falar sozinho, e assim prestam um grande deserviço à nação, como a chancelarem a impressão, muito proveitosa para o PT, de que o sujeito é louco. Ora, ora, eu direi ao ilustre conterrâneo, não existe algo como uma 25ª hora, senão a 1ª hora do dia seguinte, aquela que nos nos inpira a trabalhar desde já, sob pena justamente de ouvir desaforos de um sujeito tosco "que se acha" só porque ninguém aponta as verdades sobre suas iniquidades. Não seria esta mesma a função de um partido como os Democratas?

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