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sábado, 16 de outubro de 2010

O RATO MEGALOMANIACO.

Por Walmari Prata Carvalho



O rato não é rato somente na alcunha é rato na conduta, e, como todo roedor acaba no viés de uma sarjeta por escolha de vida ou de lado é um rato kamikaze em decomposição de sua historia. Lamentamos infeliz escolha, e, trágico fim. Descanse em paz pequeninho rato.
                                  

Numa promissora cidade, capital de um Estado do imaginário, um pequeno roedor ousou disputar o cargo maior estadual. Buscou ajuda de administradores de primeira linha, e, com ousadia enfrentou caciques tradicionais derrotando ilibado e honesto Coronel das antigas. Começou pequenininho, cresceu cresceu,e,chegou. Foi coroado ALMOCADÉM do fictício lugar. Ganhou respeitabilidade e confiança por seu caráter e sua obra. Sua querência era tanta que consegui vencer nova disputa. Pela capacidade administrativa de um de seus auxiliares, o indicou para disputar seu espaço. Inteligente, dinâmico, empreendedor seu auxiliar venceu o embate. De olho cumprido no poder, o velho rato desejou pela terceira vez tornar-se ALMOCADÉM, para tanto exigiu que seu fiel auxiliar abdicasse de um natural direito de disputa. Por fidalguia, respeito e consideração abriu mão de uma vitoria certa em favor do combalido roedor. Espiritualmente doente acometido de supervalorização mórbida de si mesmo, infectado com o vírus do poder, o megalomaníaco rato perdeu. Como todo paciente com esta doença, imediatamente responsabilizou terceiros por seu fracasso. O tempo passou, e, a doença instalada e não medicada começou a corroer a alma do integrante da família dos murídeos. O ódio agravou-se ao perceber que sua mórbida valorização não representava a grandeza que imaginava ser. Seus amigos de outrora ainda acenaram com a querência do ninho antigo; nada o demove das pretensões de vingança. Esquece sua linda historia sua ideologia política, e, inicialmente veste a camisa do time de um antigo rival alimentando-se em um prato que no passado regurgitou. Justifica que assim fez em razão de nova opção ideológica. Compreendamos então o ínfimo rato que pensando poder, nada pode fazer perdeu. Agora somente resta depois da derrota, o rato salvar o que sobrou de sua historia, pelo menos seria um legado a família e aos amigos do passado. Surpreendentemente o roedor abandona em definitivo sua historia e sua ideologia desnudando-se por completo deixando explicito o rancor, o ódio e o fel no coração que moveram todas suas ações. Acaba de cometer suicídio ao aliar-se com o partido que mais combateu em vida, afunda-se mais no esquecimento de um povo que já foi seu.
O rato não é rato somente na alcunha é rato na conduta, e, como todo roedor acaba no viés de uma sarjeta por escolha de vida ou de lado é um rato kamikaze em decomposição de sua historia. Lamentamos infeliz escolha, e, trágico fim. Descanse em paz pequeninho rato.

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