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sexta-feira, 11 de março de 2011

Favor não divulgar lixo na internet

 Por ricardo Bergamini

Jamais li um texto tão burro, idiota, tendencioso e contraditório.

Resto a pagar é uma conta contábil normal nos governos e nas empresas. Nada mais é do que despesas liquidadas em um determinado mês e pagas em meses posteriores. Movimento que ocorre mensalmente na contabilidade. 

Exemplo: Uma despesa foi liquidada pelo setor de contas a pagar em 15/12/10 com vencimento para 15/01/11. Esse valor aparece nos balancetes mensais, ou balanço anual das empresas e dos governos como “resto a pagar”, visto que o valor foi apurado no resultado contábil do ano de 2010, mas que o movimento financeiro somente vai ocorrer no ano de 2011. Operação normal e rotineira. Não há maquiagem.

A prova cabal da estupidez coletiva reinante nesse maldito país é que não há espaços na imprensa e na internet para assuntos técnicos, isentos de masturbação mental ideológica.

Nota: Valor correto de restos a pagar de 2010 foi de R$ 72,4 bilhões e não o citado pelo autor. Cabe lembrar que o ”resto a pagar” citado foi liquidado no ano de 2010 e faz parte do resultado de 2010. Não há como manipular em 2011.

Reflexão para os leitores de nível primário no assunto:

Um governo que divulga um monstruoso, imoral e criminoso déficit fiscal nominal, de janeiro de 2003 até dezembro de 2010, da ordem de R$ 859,2 bilhões (4,19% do PIB) estaria maquiando números?

Nota: Desde de 1995 o Brasil é reconhecido pelos organismos internacionais e financeiros como sendo um dos países com maior credibilidade na divulgação das suas contas nacionais. Com 40 anos de estudo do assunto e para os que acompanham os meus trabalhos na internet posso afirmar ser verdade. Cabe lembrar que o governo Lula não alterou e nem manipulou um único controle implementado no governo FHC. Cumpriu a cartilha de controles implementada por FHC sem um único desvio.  

Nota: Não estou defendendo governante de plantão, mas sim os profissionais e técnicos de alto nível pertencente ao Estado Brasileiro, não ao governante de plantão.

 

Resultado Fiscal Nominal da União 


De janeiro de 2003 até dezembro de 2010 houve aumento das despesas totais (correntes e de capitais) de 2,30% do PIB em relação ao ano de 2002. Aumento real em relação ao PIB de 7,74%. Apesar do aumento global das despesas, devido ao aumento do número de Ministérios, houve redução real de algumas despesas importantes, tais como: Saúde (–2,16%); Defesa (-11,73%).

De janeiro de 2003 até dezembro de 2010 houve redução das receitas totais (correntes e de capitais) de 1,70% do PIB em relação ao ano de 2002. Redução real em relação ao PIB de 5,76%. 

De janeiro de 2003 até dezembro de 2010 o governo federal gerou um déficit fiscal nominal de  R$ 859,2 bilhões (4,19% do PIB). 

A dotação orçamentária das despesas da União para o exercício de 2010 foi de R$ 1.259,7 bilhões, tendo sido empenhado o montante de  R$ 1.131,5 bilhões e liquidado R$ 1.131,5 bilhões, não considerando renegociação de dívidas de R$ 373,4 bilhões.

Em 2010 ficou um resto a pagar de R$ 72,4 bilhões.


 Reflexão

Autor: Andrei Pleshu, filósofo romeno.


“No Brasil, ninguém tem a obrigação de ser normal. Se fosse só isso, estaria bem. Esse é o Brasil tolerante, bonachão, que prefere o desleixo moral ao risco da severidade injusta. Mas há no fundo dele um Brasil temível, o Brasil do caos obrigatório, que rejeita a ordem, a clareza e a verdade como se fossem pecados capitais. O Brasil onde ser normal não é só desnecessário: é proibido. O Brasil onde você pode dizer que dois mais dois são cinco, sete ou nove e meio, mas, se diz que são quatro, sente nos olhares em torno o fogo do rancor ou o gelo do desprezo. Sobretudo se insiste que pode provar”.

----- Original Message -----
Sent: Wednesday, March 09, 2011 9:18 PM
Subject: Fwd: Maquiagem, uma das especialidades do PT
Se a lei fosse cumprida, só poderiam ser inscritas em “Restos a Pagar” as despesas cuja entrega de bens e serviços fosse concluída dentro do exercício, pendendo apenas o pagamento. Obviamente (por ser obrigatório na contratação), os recursos orçamentários já deveriam estar empenhados e os financeiros disponíveis.
Para isso foi criado o “Restos a Pagar”.
Fora disso, trata-se de mera maquiagem e, é bom notar, ilegalidade.
Se a lei fosse cumprida, só poderiam ser inscritas em “Restos a Pagar” as despesas cuja entrega de bens e serviços fosse concluída dentro do exercício, pendendo apenas o pagamento. Obviamente (por ser obrigatório na contratação), os recursos orçamentários já deveriam estar empenhados e os financeiros disponíveis.
Para isso foi criado o “Restos a Pagar”.
Fora disso, trata-se de mera maquiagem e, é bom notar, ilegalidade.

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