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terça-feira, 18 de outubro de 2011

Iddiotismum marxistae

Fungos infectam o cérebro de professores, fazendo-os morrer em filas de espera de instituições públicas.
Por Klauber Cristofen Pires

Na semana passada, tive conhecimento pelo noticiário local da recente morte de uma gestante que teve seu atendimento negado pelo hospital da Fundação Santa Casa, em Belém, em mais um destes escândalos que de tão corriqueiros já não despertam mais a nossa sensibilidade. Segundo depoimentos prestados pelos bombeiros que prestaram o atendimento de ambulância, ela nem sequer passou da portaria, porque os funcionários estavam instruídos a não receberem mais nenhuma grávida, por conta do alegado excesso de lotação na instituição.
Como tenho dito, reportagens assim são amargamente corriqueiras de norte a sul do Brasil, muito embora que para as obras da Copa não faltarão nem o dinheiro nem os jeitinhos legais para que estejam prontas no tempo devido. Talvez nem merecessem o comentário por este articulista, que já tratou inúmeras vezes do problema da prestação dos serviços públicos, especialmente os médicos e previdenciários. 

Porém, desta vez uma circunstância especial se fez digna de registro: aquela futura mãe era uma professora! Não que os mestres mereçam mais atenção ou mais prioridade que qualquer cidadão, isto não, claro que não! Nem me estranhem por conta de algo assim!  Já vou chegando ao ponto: durante a exibição da matéria jornalística, uma colega da falecida proferiu uma declaração nos mais ou menos nos seguintes termos: “- nós passamos o tempo inteiro nos esforçando para ensinar às crianças lições sobre cidadania, mas quando precisamos dos serviços públicos, o estado nos nega o atendimento”.
Bem compreendido o dilema da professorinha desencantada, podemos constatar que a prestação de serviços públicos não é ministrada aos jovens como uma opção de ação humana de acordo com uma ideologia coletivista submetida a critério dos cidadãos como pessoas livres e independentes, tendo na democracia o forum e os meios para reforçar tal entendimento ou ao contrário, revogá-lo. Ao contrário, fazendo uso da solerte ocultação deste mesmo direito, a prestação dos serviços públicos tem sido apresentada como a própria expressão apriorística da moral cidadã,
Talvez como um exercício mnemônico ou quiçá por contar com um profícuo senso de imaginação, tenho tido por costume associar certos acontecimentos a alguma imagem da qual possa extrair alguma comparação que proveja a eles os temperos desta. No caso, o que me ocorreu à cachola, como um flash, foi um documentário a que assisti sobre as “formigas zumbis”, segundo o qual certos fungos infectam essas criaturas, e como nos filmes mais clichês, tomam-lhas o controle do cérebro e dirigirem-nas a um local propício para brotarem, reproduzirem-se e contaminarem novas vítimas. Naquele programa, as coitadinhas se sentiam impelidas a pendurarem-se por meio de suas mandíbulas às pontas das folhas das ervas gramíneas, presumivelmente para facilitar o esbarrão por novos hospedeiros.  O vídeo abaixo explica bem este fenômeno. 



Seria possível encontrar paralelo mais ilustrativo? Os profissionais da educação brasileira são a variação humana das formigas zumbis. Talvez uma mutação genética tenha ocorrido em algum destes fungos de modo que tenha lhe propiciado apoderar-se das mentes dos doutos docentes tupiniquins. Se tenho o mérito pela descoberta desta nova espécie, a mim cabe a prerrogativa de batizá-la:  “Iddiotismum marxistae”.

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