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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Justiça inversa

As acusações do policial João Dias contra o ministro dos esportes Orlando Silva. Criação de ong´s para recebimento ilícito de dinheiro público e os efeitos colaterais sentidos pela população brasileira que rejeita a verdadeira justiça.

Matheus Viana – Revista Profecia


Roubar do rico para dar ao pobre. Este senso de justiça a lá Robin Hood pavimentou guerrilhas revolucionárias no Brasil durante o regime militar. Conforme alguns ex-integrantes afirmam hoje em dia em tom heróico, assaltavam bancos e sequestravam políticos com o objetivo de saquear o Estado e dividir os despojos aos comunas. “Justiça social” como subterfúgio para atos terroristas a fim de perpetrar a revolução cubana em solos tupiniquins. Os fins, para um revolucionário, sempre justificam os meios, por mais sórdidos que sejam.

No entanto, em meio às ameaças de desvio de recursos públicos envolvendo o atual ministro dos esportes Orlando Silva, vemos o exercício deste princípio. Segundo reportagem publicada na revista Veja desta semana, Orlando Silva foi um dos mentores do programa Segundo Tempo que captava recursos públicos e repassava a diversas ong´s de trabalhos sociais através do esporte. De acordo com o policial militar João Dias, autor das acusações, várias ong´s foram criadas pelo ministro para receberem a dinheirama. Mas o verdadeiro destino era os cofres do PCdoB. Segundo a revista, a campanha presidenciável de Lula, em 2006, foi também patrocinada por estes recursos.

Orlando Silva se apresentou ontem, 18/10, na Câmara. Todavia, a blindagem feita pela base governista, que é maioria, não permitiu uma maior acareação das acusações. Simultaneamente, a oposição ouviu João Dias e solicitou que ele fosse ouvido na Câmara. Afirmando que não daria palanque a um “desconhecido”, a base aliada não permitiu. Hoje, 19/10, Orlando Silva se apresenta ao Senado. A veracidade das acusações ainda é incerta. Mas se tratando de Brasil, conhecemos bem o desfecho caso as acusações sejam verdadeiras: o ministro será demitido do cargo a fim de não sofrer cassação e ninguém será punido de acordo com a gravidade dos fatos. Será que as “pizzas” já estão no forno?

O histórico dos bastidores do poder político brasileiro é repleto de casos de corrupção e desvios de verbas públicas. Entretanto, não é exagero nem tampouco “intriga da oposição” dizer que tais fatos se intensificaram no período de governo do PT. Os fatos falam por si. Basta fazer uma recente retrospectiva e se deparar com tal constatação. O mau cheiro das falcatruas protagonizadas por Palocci e Wagner Rossi ainda paira no ar.

Devido a herança comunista que tanto o “partidão” quanto os partidos da base aliada carregam, o movimento revolucionário usa o princípio de roubar o Estado rico a fim de beneficiar os comunas que outrora foram pobres. A questão é que, desde os primórdios de Marx, a “comuna” se resume apenas ao pequeno e seleto grupo de revolucionários – atualmente na política - e não da vasta população proletária conforme a teoria preconiza. A prática é totalmente diferente.

O sábio Salomão elucida: “A justiça exalta as nações, mas o pecado é o opróbrio dos povos”. (Provérbios 14:34). Enquanto os corruptos, deflagrados ou não, nadam de braçada – a lá Tio Patinhas – em recursos da União, milhões, segundo dados do próprio governo, estão abaixo da linha da miséria. População, em sua grande maioria, manipulada por benefícios estatais que padece no opróbrio social pelo fato de o poder público ser acometido por uma séria e comprometedora falência moral. Consequência de rejeitarmos a verdadeira justiça que diz: “Mas julgará com justiça aos pobres, e repreenderá com equidade aos mansos da terra; e ferirá a terra com a vara de sua boca, e com o sopro dos seus lábios matará ao ímpio.” (Isaías 11:4).

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