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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A nossa geração.


 
Os que já possuem mais de sessenta anos podem se orgulhar de terem vivido no período mais fértil de progresso que a humanidade já conheceu.


Por João Bosco Leal




Apesar de ainda faltarem dois longos anos para lá chegar, eu me identifiquei bastante lendo um texto de Regina de Castro Pompeu "De repente 60".

A amiga de juventude que o enviou dizia perceber que já possui bem mais passado do que futuro, já não possuía mais tempo a perder e que agora procurava dar mais carinho, amor, cumplicidade e amizade aos que mais quer, mas cobrava receber o mesmo, pois o tempo passava e amanhã poderia ser tarde. Já ouvira muitas coisas semelhantes, mas dito assim, ao lado do texto enviado, despertou-me atenção para os raciocínios.

Por termos presenciado tantas mudanças radicais pelas quais passou a humanidade no período, realmente somos de uma geração extremamente privilegiada. Nesse período fizeram história John F. Kennedy, Martin Luther King, Frank Sinatra, os Beatles, Elvis Presley, Michael Jackson, Juscelino Kubitschek, Vinicius de Morais, Tom Jobim e Elis Regina, citando somente os que já não estão entre nós.

Presenciamos o surgimento das eletrolas, vitrolas, dos gravadores com fitas de rolo, cartucho e cassete - que os adolescentes provavelmente já nem sabem do que se trata -, o início e a proximidade do fim dos CDs, DVDs e mp3, que deram lugar aos pen-drives e blu-rays.

As televisões com as imagens em preto e branco eram um luxo e durante muito tempo só eram encontradas nas residências das famílias com maior poder aquisitivo. Vieram as coloridas e muitas prefeituras dos municípios do interior colocavam um aparelho na principal praça da cidade, para que todos tivessem acesso.
As máquinas fotográficas eram enormes e mesmo quando se tornaram portáteis eram caras, não acessíveis para a grande maioria da população e gravavam as imagens em filmes de 35 mm que precisavam ser revelados.

Na década de cinquenta eram muito poucas as opções de transporte, realizado por jardineiras, trens ou bondes urbanos, pois os poucos modelos de automóveis existentes possuíam custo inimaginável para a população. Assistimos a tudo isso, mas também vimos o homem pisar na lua.

As comunicações evoluíram desde o telefone com manivela, passando pela chamada através da telefonista, aparelhos automáticos, os sem fio e celulares, chegando aos atuais smartphones.

Atualmente, as televisões e os telefones, fixos ou móveis, são de qualidade muito superior, de tamanhos de bolso a verdadeiras telas cinematográficas, acessíveis para toda a população e onde quer que ela esteja.

As opções são muitas, com canais abertos ou pay-per-view, analógicos ou digitais, celulares pré e pós-pagos, além de Skype, VOIP, etc., com todas as transmissões de imagem e som por cabos, antenas parabólicas, radio-frequência ou satélites.

Nas cidades estranhas, a cada trecho percorrido, parávamos para pedir informações, mas com os atuais aparelhos de GPS portáteis, não se erra mais qualquer endereço, pois uma voz eletrônica não silencia enquanto qualquer erro no trajeto não for corrigido.

A ciência e a medicina evoluíram de tal maneira nesse período que a expectativa média de vida dos brasileiros passou de quarenta para setenta e cinco anos.

Com os jovens, presenciamos o surgimento da geração i... Pod, Phone e Pad, dos diversos sistemas operacionais dos PCs, notebooks, smartphones e tablets, da "computação em nuvem", além da morte de um gênio visionário, que criou ou possibilitou a criação da maioria dessas invenções, Steve Jobs.


João Bosco Leal                www.joaoboscoleal

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