Vencer, não: Convencer!

...vencer é um ato de força; para nós é importante “convencer”...

Movimento Democracia, Ramón Saúl Sanches

Por Klauber Cristofen Pires

À véspera do Dia Internacional dos Direitos Humanos, a Flotilha da Liberdade, composta por embarcações civis e organizada pelo Movimento Democracia, integrado por exilados cubanos nos Estados Unidos e seus descendentes cubano-americanos, navegou a 12,5 milhas de Cuba e proporcionou aos cubanos um espetáculo de fogos de artifício. A flotilha permaneceu em águas internacionais, à beirinha das águas territoriais cubanas, de modo que não podiam ser abordadas pela marinha daquele país, mas os fogos que lançaram aos céus puderam ser avistados das praias cubanas. 

Tanto a notícia quanto o vídeo extraí do meu conterrâneo Aluízio Amorim, incansável na luta pela democracia e pela ordem em nosso país por meio do seu blog.

Peço, por favor, que assistam ao vídeo e prestem muita atenção às palavras do coordenador do Movimento Democracia, Ramón Saúl Sanches, que aqui segue vertido para a nossa língua:

“- Estamos triunfando pelo amor; estamos triunfando porque para nós não é importante “vencer”; vencer é um ato de força; para nós é importante “convencer”...”

O Sr. Sanchez resumiu de forma magistral o propósito almejado por este articulista. O que ele está fazendo por seu país, faço aqui: “convencer”. Estimados leitores, eis aí uma tarefa difícil!  Eis aí um mister que não é para os covardes, como alguns levianos sugerem, mas justamente para os corajosos. Aqui é necessário determinação, persistência, fé, paciência, amor e abnegação.

Estamos vivendo em um momento histórico - eu sempre digo isto - porque jamais no Brasil a guerra ideológica foi travada no campo das ideias, salvo por pequenos lapsos democráticos. Nosso país tem sido o alvo preferencial do movimento revolucionário internacional desde o início do século XX, sendo que de lá para cá não caímos em um regime totalitarista ao estilo cubano unicamente por conta de ações repressivas localizadas de origem policial ou militar.

No campo cultural e midiático, os inimigos do Brasil e da liberdade têm vencido por WO desde há pelo menos cem anos!

É por esta razão que lembro aos leitores e aos amigos blogueiros que compartilham comigo desta honrosa missão que estamos ainda engatinhando, e que nosso horizonte se nos dista à proa em pelo menos três décadas!

É muito sacrifício, mas ainda assim é bem mais suave do que os dos desterrados da ilha-prisão castrista, que vem aos seus por mar para dar-lhes de beber da esperança na forma das cascatas luminosas que fizeram desenhar no céu caribenho.

Sim meus amigos: nosso trabalho é “convencer”, porque aí está a solução definitiva, por mais custosa e ingrata que seja! Vai demorar, mas chegaremos lá.