Páginas

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Aquecimento Global: As evidências são infinitas


Aquecimento global é indispensável como ferramenta política, mesmo que possa ser apenas preservado como truque confuso para atrair adeptos através da mudança climática global. 

Daren Jonescu - 18 de Janeiro de 2012 - (Canada Free Press)
Extraído do site Papéis Avulsos, de Heitor de Paola


Se acreditássemos que a terra está lentamente se tornando queijo cheddar, eu poderia invocar essa teoria pra explicar uma série de fenômenos. Por que a população de ratos está crescendo tão rapidamente nas grandes cidades? A queijificação[1]da Terra está disponibilizando mais comida para os ratos. Por que tivemos tantos terremotos ultimamente? A queijificaçãodas placas tectônicas as deixou menos resistentes para mudanças súbitas. Por que as camadas polares estão derretendo? O ponto de congelamento do queijo cheddar é mais baixo que o da água, assim, enquanto a Terra vai passando pelaqueijificação dos seus pólos, o queijo não congelado está causando uma elevação da temperatura por baixo das camadas de gelo, resultando assim nos níveis mais altos de derretimento.

Eu poderia continuar com essas teorias por muito tempo. Num certo ponto, todavia, o leitor me confrontaria com algum fato natural que eu não poderia explicar logicamente através da teoria da queijificação. Em outras palavras, até mesmo uma fé imensa nessa dita teoria não poderia resistir todas as evidências possíveis.

Se, contudo, nós pudéssemos criar uma teoria que pudesse literalmente repelir de forma absoluta qualquer contra-evidência, então nós teríamos atingido algo verdadeiramente diabólico: Uma teoria irrefutável. Se pudéssemos de fato criar tal teoria, então nos poderíamos sair livremente explicando todas as coisas, absorvendo eventualmente qualquer eventualidade, sem nunca ter que questionar nossa fé na hipótese fundamental.

Então, teríamos a liberdade de publicar manchetes tipo esta: “Pesquisas sugerem que verões mais quentes podem estar causando invernos mais frios”. Essa conjectura, trazida até você via a teoria mágica da mudança climática global, é publicada como se fosse a explicação mais plausível para o fato peculiar de que o inverno canadense não parece estar ser tornando mais quente. Questões que você não deve fazer: “Por que o não-aquecimento de invernos recentes é um fato peculiar que precisa de explicação? No final das contas, terá alguém no passado presumido que os invernos teriam que se tornarem mais quentes? E por que deveriam? A diferença, é claro, é que na era do aquecimento global, todo mundo tem de saber, sem qualquer sombra de dúvida, que a Terra está de fato se tornando consideravelmente mais quente. Assim, toda vez que alguém casualmente observar que a temperatura está bem fria, ou que nevou bastante, todos os ouvintes presentes olham para suas mãos visivelmente encabulados, sorriem surpresos ou demonstram outro sintoma daquele sentimento familiar a todos que já tiveram que encarar dúvidas acerca de uma crença religiosa profundamente arraigada. “Mas isso não pode ser verdade, porque se é, então meu mundo está prestes a desmoronar.”

O mundo da mudança climática global de causa atropogênica desmoronou há muito tempo

O mundo da mudança climática global de causa atropogênica desmoronou há muito tempo. Isso, de fato, explica, em primeiro lugar, porque nós temos uma teoria chamada “mudança climática global atropogênica.” Trinta e cinco anos atrás, foi chamada esfriamento global. Quando as temperaturas recordes trucidaram aquelas “teorias”, ela foi deixada de lado por alguns anos. Finalmente, partindo do princípio de que você não pode vencer a mãe-natureza, os magos que nos trouxeram o resfriamento global revisaram seus modelos convenientemente para provar acima de qualquer dúvida que o recém-descoberto aquecimento global era um fenômeno causado pelo homem. Então, lá pelos idos de 1998, as temperaturas recordes começaram a baixar. Dióxido de carbono, o Inimigo, estava alcançado níveis cada vez mais altos na atmosfera, e mesmo assim não estava causando o efeito desejado – quero dizer, “antecipado” – o efeito de aquecimento do planeta como deveria (opa, espera lá, quero dizer “como os modelos previam”).

Por muitos anos, os gladiadores globais inimigos do dióxido de carbono, desmoralizaram, ridicularizaram e/ou ignoraram qualquer um que se atravesse a perguntar por que, se o aumento dos níveis de CO2 causam aquecimento global, as temperaturas não estavam aumentando em ritmo acelerado, já que os níveis de CO2 continuavam a subir exponencialmente. Ah, mas as temperaturas têm de fato aumentado, os fieis disseram. De fato, cada ano, eles produzem análises dos recordes de temperatura global, copilados pelos centro oficial de pesquisa científica, a ONU, demonstrando que cada ano tem sido o mais quente já observado. Então, um pouco depois, nalguma nota obscura irão explicar como o relatório em questão superestimou um pouco o aquecimento para o ano em questão.

Errando em suas apostas, os apóstolos do aquecimento global começaram a oferecer argumentos para explicar a moda falida do aquecimento global, enquanto eles continuavam a negar que tal moda estava mesmo falindo – um método equivalente a dizer: “eu não matei minha esposa, mas se eu matei, foi defesa pessoal”. Seu principal argumento foi um apelo arrogante à percepção do problema no grande esquema das coisas que os céticos eram aparentemente incapazes de perceber: A mudança global de temperatura, eles disseram, é um processo que se desenvolve por um longo período de tempo. Assim, eles bradaram, clamar que uma tendência tão vasta deixou de ser válida porque temperaturas não mudaram por alguns anos demonstra apenas uma visão míope e não-científica.

Claro, se fôssemos aceitar esse argumento em favor do equívoco, poderíamos nos voltar contra os apóstolos do aquecimento global: 80 anos dificilmente pode ser chamado de “percepção do problema no grande esquema das coisas”, em termos planetários. A Terra, acredita-se, possui mais de quatro bilhões de anos. Se cinco anos sem aquecimento é um período muito curto para se chamar tendência, então por que oitenta anos de aquecimento relativo é logo o suficiente pra ser chamado de uma tendência? Do ponto de vista de quatro bilhões de anos, oitenta anos parece bastante com cinco, não é mesmo? (para ser mais preciso, como uma porcentagem de quatro bilhões, 5 é 0.000000125%, enquanto 80 é 0.000002%.) Então, o quão certos podemos estar que esse período no qual esse aquecimento anormal, que alegam ter ocorrido, é um período longo o suficiente para indicar uma “tendência de longo-prazo” ? Será que eles serão forçados a nos assustar novamente com o resfriamento global em 20 anos?

Talvez, reconhecendo por alto esse pequeno problema, os apóstolos do aquecimento global – quer dizer “pesquisadores” – finalmente chegaram à modificação perfeita da sua teoria, ou seja, não importa o que ocorre com a temperatura a causa, em todo caso, é o homem. Assim, a partir de aproximadamente o meio da primeira década deste século, nós nos deparamos subitamente com John Kerry e Hillary Clinton saindo de uma sessão no Senado e pegando os microfones para discutir “A mudança climática global.” Ninguém proclamou oficialmente essa mudança de termos, é claro. Isso aconteceu naturalmente, e com tal mudança veio a adorável nova premissa de que nossas emissões de CO2 não estão causando nem aquecimento nem resfriamento, per se, mas sim uma “mudança.” “Que tipo de mudança?” Você se pergunta. Questão inválida. Apenas “mudança.” Mudança de que? Do clima prévio de alguns anos?”De um posicionamento objetivo acerca de algo que teria acontecido “naturalmente,” não teríamos nós humanos malvados, despejado em excesso os dejetos de tanta produtividade que torna a vida sustentável na aura de Gaia? Isso não faz a menor diferença não importa discutir o que os apóstolos das mudanças estão clamando estar mudando, já que as mudanças particulares que poderão ocorrer de agora em diante não afetariam a teoria. Qualquer mudança é válida – inclusive a ausência de mudança, que também pode ser interpretado como mudança, se você fizer um pequeno esforço.

O cientistas e seus mestres, os proponentes do governo global já declararam o que é unanimo e continuam a agir como se você tivesse de aceitar que as temperaturas estão subindo todo ano, a calota polar está diminuindo, ursos polares estão se afogando e assim por diante. “A mudança climática global” é, para todos os propósitos, ainda o “aquecimento global.” Isso é necessário, já que regulações globais demandam pânico global e seria muito mais difícil causar pânico a partir da idéia que é, de fato, a teoria do momento: “As temperaturas, e seus efeitos, podem ou não variar de um modo ou de outro dentro de um dado período de tempo.”

Aquecimento global é indispensável como ferramenta política, mesmo que possa ser apenas preservado como truque confuso para atrair adeptos através da mudança climática global.

Aquecimento global é indispensável como ferramenta política, mesmo que possa ser apenas preservado como truque confuso para atrair adeptos através da mudança climática global. Todavia, o nome mudança provê uma cobertura respeitável. “Mudança climática global” engloba uma boa parte de neo-religiosidade imprestável e a eleva ao nível de uma pseudo-teoria irrefutável, já que nada que você apresente aos seus adeptos loucos através dos fatos poderá jamais servir como evidência do contrário. Por que não? Porque não há contrário.

Se o resfriamento, aquecimento, e mesmo a ausência de mudanças são todos evidências de mudança global antropogênica, então a ciência finalmente seguiu o resto do mundo para o patamar inescapável da auto-incriminação kafiquesca. Nós somos culpados do mudança global do clima. Não há provas. Não há mesmo ninguém disposto a falar para nos defender. Tendo sido acusados sem explicação, nós iremos simplesmente ser mandados para uma busca que mais parece um sonho, através de um labirinto interminável de mentiras até que, gradualmente, nós comecemos a aceitar que a acusação contra nós deve ser verdade, ou então não teria sido feita, em primeiro lugar. Nesse ponto, nós devemos estar desejando nossa própria destruição, como a única resolução “justa,” levando-se em conta os crimes indefiníveis que nós nos condenamos.

Por fim, quando a luta para defender o aquecimento global alcançou seu ápice através de alguns emails que pareciam discutir a alteração de evidência – lembrem-se, essa defesa do aquecimento global ocorreu anos depois da linha oficial de que não importava se as temperaturas estavam subindo ou não. Um dos principais envolvidos no escândalo, e um dos mais proeminentes e respeitáveis defensores da causa-sem-nenhum-efeito-definível, tomou a frente em admitir que não tem havido aquecimento desde 1995. Quando perguntado se pensava que as causas naturais poderiam ser levadas em conta para o aquecimento entre 1975-1998, e se afirmativo, até que ponto, ele respondeu: “Eu não possuo conhecimentos profundos nessa área. Quando consideramos mudanças nesse período, precisamos considerar todos os fatores possíveis (influências humanas e naturais, assim como variações naturais internas sobre o sistema climático).”

Então vamos esclarecer isso: Dr Phil Jones, uma das maiores autoridades mundiais na mudança global do clima, diz que não possui conhecimentos profundos sobre a questão da possibilidade e do grau das influências sobre o clima natural. Traduzindo: “Eu não estudo mudança climática eu estudo mudança climática feita pelo homem.” Sua área de expertise é tentar provar que a existência de uma influência sobre o clima que ninguém antes de 1970 pensou ser possível, e ele acha que observando outras influências que todos sempre consideraram reais ele estará lidando com algo que não possui conhecimentos profundos. Em outras palavras, observar outros fatores naturais já conhecidos estaria no caminho de seus planos para avanço de carreira, então, como uma regra profissional, ele não as observa.

Percebam que quando Jones lista “todos os fatores possíveis” para o aquecimento entre 1975-1998, ele lista “influências humanas” primeiramente, como se isso fosse o fator mais óbvio para buscar uma explicação para a variação das temperaturas globais num período de mais de 23 anos – como se nenhum outro período de 23 anos tenha mostrado uma variação de temperatura antes. Sua suposição automática é a mais distante do bom senso, ou seja, os homens que causaram tudo isso.

Da mesma forma que em nossa última contribuição para teorias infalíveis, onde invernos mais frios podem ser interpretados como sintomas de aquecimento global – a despeito do fato de que até recentemente a linha do partido era negar que os invernos pudessem estar mais frios – o projeto de pesquisa levado a termo pra chegar a essa conclusão é descrito da seguinte forma: “Cohen e seus co-autores começaram por se perguntar por que as temperaturas de inverno no hemisfério norte não estão subindo tão rápido como na primavera, verão e outono.” Uma vez mais, a suposição automática é o aquecimento global antropogênico. A tarefa que os pesquisadores estabeleceram para si mesmos foi justificar a aparição de evidências contrárias às suas teses originais. Por exemplo, por que eles não estavam tentando explicar como os invernos frios podem estar causando verões mais quentes? Porque o paradigma que eles seguem exige que toda aparente exceção à teoria do aquecimento global seja explicada de uma forma ou de outra. Trinta e cinco anos atrás, eles iriam de fato tomar o argumento contrário de modo a salvar a teoria do resfriamento global.

Recentemente, uma estudante coreana, uma ex-pupila, fez uma típica referência automática acerca do aquecimento global. Já que sou constitucionalmente contrário a permitir que pessoas espertas falem coisas estúpidas, eu brevemente ofereci alguns dos argumentos contra mudança climática antropogênica. Meu pupilo respondeu, diplomaticamente, que tal assunto parecia ser um “mistério.” Mas já que ela não poderia verificar meus fatos em sua língua-mãe e que tantas pessoas inteligentes estavam trabalhando com isso na ONU, ela se via obrigada a manter sua posição. Em outras palavras, ela estava pressupondo, como todos nós devemos fazer, que o dever da prova estava nos ombros dos que “negam” o aquecimento global.

Eu lhe perguntei essa questão: “Se eu fosse até a polícia e contasse a eles que você é uma assassina, eles deveriam te prender? Por que não? Porque nós colocamos o dever da prova nos ombros dos acusadores, o que quer dizer, na pessoa propondo algo que vai além de nossas pressuposições naturais. Por que então nos fazemos justamente o oposto com a tal mudança de clima global causada pelo homem?


Tradução: Joao Costa - Administrador e Especialista em Relacoes Internacionais




[1] Traduzido literalmente do original em Inglês: cheesification

Daren Jonescu – Dr. Daren, Jonescu possui um PhD em Filosofia pela McMaster University em Hamilton, Ontário. Ele ensina Inglês e filosofia na Universidade Nacional de Changwon na Coréia do Sul. Ele pode ser contatado através do email:d_jonescu@yahoo.ca

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá! Seja benvindo! Se você deseja comunicar-se, use o formulário de contato, no alto do blog. Não seja mal-educado.