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sexta-feira, 16 de maio de 2014

Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário – Fonte IBGE

Por Ricardo Bergamini

Base: Março de 2014

Emprego industrial varia 0,2% em março

Em março de 2014, o total do pessoal ocupado na indústria variou 0,2% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após apontar taxa positiva de 0,1% em fevereiro último. Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral repetiu no trimestre encerrado em março de 2014 (0,0%) o patamar assinalado no mês anterior e interrompeu a trajetória descendente iniciada em abril do ano passado. Ainda na série com ajuste sazonal, na comparação trimestre contra trimestre imediatamente anterior, o emprego na indústria apontou retração de 0,3% no período janeiro-março de 2014, quinta taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto, mas com ritmo de queda menos intenso do que os observados no terceiro (-1,0%) e quarto (-0,6%) trimestres de 2013.

Na comparação com março de 2013, o emprego industrial caiu 1,9% em março de 2014, 30º resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto. No índice acumulado para o primeiro trimestre de 2014, o pessoal ocupado na indústria assinalou recuo de 2,0%, intensificando o ritmo de queda frente ao registrado no segundo (-0,5%), terceiro (-1,2%) e quarto (-1,8%) trimestres de 2013, todas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos 12 meses, ao recuar 1,4% em março de 2014, manteve a trajetória ligeiramente descendente iniciada em agosto do ano passado (-1,0%). A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/industria/pimes/.

Indicadores Conjunturais da Indústria Brasil - Março de 2014
Variáveis
Variação (%)
Março 2014 / Fevereiro 2014*
Março 2014 / Março 2013
Acumulado Janeiro-Março
Acumulado nos Últimos 12 Meses
Pessoal Ocupado Assalariado
0,2
-1,9
-2,0
-1,4
Número de Horas Pagas
-0,3
-2,4
-2,3
-1,4
Folha de Pagamento Real
-2,1
0,5
2,1
1,4


No confronto com igual mês do ano anterior, o emprego industrial recuou 1,9% em março de 2014, com redução no contingente de trabalhadores em dez dos 14 locais pesquisados. O principal impacto negativo foi em São Paulo (-2,8%), pressionado pela redução no pessoal ocupado em 13 das 18 atividades, com destaque para as indústrias de produtos de metal (-12,4%), máquinas e equipamentos (-7,8%), calçados e couro (-12,3%), produtos têxteis (-6,3%), alimentos e bebidas (-1,8%), refino de petróleo e produção de álcool (-9,5%), minerais não-metálicos (-4,6%), outros produtos da indústria de transformação (-5,2%) e meios de transporte (-1,6%). Também houve resultados negativos no Rio Grande do Sul (-4,7%), Paraná (-3,0%) e Minas Gerais (-1,8%). Pernambuco (4,9%) e região Norte e Centro-Oeste (0,7%) apontaram as principais contribuições positivas sobre o emprego industrial em março de 2014, impulsionados pelos setores de alimentos e bebidas (13,2%), no primeiro local; e de alimentos e bebidas (2,5%), de minerais não-metálicos (7,8%) e de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (5,2%), no segundo. Setorialmente, o pessoal ocupado assalariado recuou em 14 dos 18 ramos pesquisados, com destaque para as pressões negativas vindas de produtos de metal (-6,3%), máquinas e equipamentos (-5,0%), calçados e couro (-7,6%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-6,4%), meios de transporte (-2,2%), refino de petróleo e produção de álcool (-8,1%) e produtos têxteis (-3,5%). O principal impacto positivo foi no setor de alimentos e bebidas (1,6%).

No índice acumulado do primeiro trimestre de 2014, o emprego industrial recuou 2,0%, com taxas negativas em 11 dos 14 locais e em 14 dos 18 setores investigados. São Paulo (-3,1%) apontou o principal impacto negativo, seguido pelo Rio Grande do Sul (-3,9%), Paraná (-2,8%), Minas Gerais (-1,4%) e região Nordeste (-1,0%). A região Norte e Centro-Oeste (0,7%) e Pernambuco (2,0%) exerceram as pressões positivas mais importantes. Setorialmente, as contribuições negativas mais relevantes vieram de máquinas e equipamentos (-5,4%), produtos de metal (-6,2%), calçados e couro (-7,3%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-6,1%), produtos têxteis (-4,6%), meios de transporte (-2,1%) e refino de petróleo e produção de álcool (-7,1%). Os principais impactos positivos foram em alimentos e bebidas (1,5%) e produtos químicos (2,2%).

Na análise por trimestres, ao recuar 2,0% no primeiro trimestre de 2014, o emprego industrial apontou o décimo trimestre consecutivo de resultados negativos, aumentando a intensidade no ritmo de queda frente ao índice do quarto trimestre do ano (-1,8%), todas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. Entre esses dois períodos, 11 dos 18 setores e nove dos 14 locais pesquisados mostraram perda de dinamismo, com destaque para meios de transporte, que passou de 0,1% no período outubro-dezembro de 2013 para -2,1% no trimestre seguinte, seguido por calçados e couro (de -5,6% para -7,3%), produtos têxteis (de -3,1% para -4,6%), máquinas e equipamentos (de -3,9% para -5,4%), borracha e plástico (de 2,4% para 1,0%) e refino de petróleo e produção de álcool (de -5,8% para -7,1%), entre as atividades, e Rio Grande de Sul (de -2,4% para -3,9%), Paraná (de -1,2% para -2,8%) e São Paulo (de -2,2% para -3,1%), entre os locais.

Número de horas pagas é 0,3% menor que em fevereiro

Em março de 2014, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, já descontadas as influências sazonais, mostrou variação negativa (-0,3%) frente ao mês imediatamente anterior, segunda taxa negativa consecutiva nesse tipo de confronto, período em que acumulou perda de 0,4%. Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral também apontou variação negativa (-0,1%) no trimestre encerrado em março de 2014 frente ao mês anterior, mantendo a trajetória descendente iniciada em junho de 2013. Na comparaçãotrimestre contra trimestre imediatamente anterior, o número de horas pagas na indústria apontou variação negativa de 0,4% no período janeiro-março de 2014, terceira taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto, mas com ritmo de queda menos intenso do que os observados no terceiro (-1,6%) e quarto (-0,6%) trimestres de 2013.

O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, ao mostrar recuo de 2,4% na comparação com março de 2013, assinalou a décima taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto, com índices negativos em dez dos 14 locais e em 14 dos 18 ramos pesquisados. Em termos setoriais, as principais influências negativas vieram de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-9,4%), máquinas e equipamentos (-6,9%), produtos de metal (-7,5%), calçados e couro (-7,7%), produtos têxteis (-5,7%) e meios de transporte (-2,8%). Os setores de alimentos e bebidas (1,8%), de borracha e plástico (1,9%), de produtos químicos (1,5%) e de minerais não-metálicos (1,0%) assinalaram os impactos positivos neste mês. Entre os locais, ainda na comparação com igual mês do ano anterior, São Paulo (-3,5%) apontou a principal influência negativa, pressionado pela redução no número de horas pagas nos setores de máquinas e equipamentos (-10,0%), produtos de metal (-14,5%), meios de transporte (-5,0%), produtos têxteis (-9,3%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-5,4%) e minerais não-metálicos (-4,2%). Outros impactos negativos ocorreram no Rio Grande do Sul (-5,8%), Paraná (-4,1%), região Nordeste (-1,6%), Minas Gerais (-1,4%), e Bahia (-4,4%). Pernambuco (4,7%) e região Norte e Centro-Oeste (1,0%) exerceram os principais impactos positivos sobre o total do número de horas pagas nesse mês, impulsionados pela expansão nos setores de alimentos e bebidas (14,5%), produtos químicos (7,8%) e vestuário (5,3%), no primeiro local; e de minerais não-metálicos (14,6%) e alimentos e bebidas (1,3%), no último.

No índice acumulado do primeiro trimestre de 2014, o número de horas pagas na indústria recuou 2,3% frente a igual período do ano anterior. Quatorze dos 18 setores pesquisados apontaram taxas negativas, sendo as mais relevantes verificadas em máquinas e equipamentos (-6,3%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-8,3%), produtos de metal (-7,0%), calçados e couro (-7,4%) e produtos têxteis (-5,7%). Os setores de alimentos e bebidas (1,1%), de minerais não-metálicos (1,8%) e de borracha e plástico (1,7%) exerceram as principais contribuições positivas sobre o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria. Em nível regional, dez dos 14 locais apresentaram taxas negativas, com destaque para o recuo de 3,5% em São Paulo, seguido das perdas no Rio Grande do Sul (-4,7%), Paraná (-4,0%), região Nordeste (-2,2%) e Minas Gerais (-1,9%). A região Norte e Centro-Oeste (2,0%) assinalou a influência positiva mais relevante nos três primeiros meses de 2014.

Em bases trimestrais, o número de horas pagas apontou queda de 2,3% no período janeiro-março de 2014, 11ª taxa negativa consecutiva nesse tipo de confronto, e intensificou o ritmo de queda frente ao resultado do último trimestre de 2013 (-2,1%), todas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. A perda de dinamismo entre o quarto trimestre do ano passado e o primeiro de 2014 foi acompanhada por 12 setores e oito locais. Entre as atividades, as maiores perdas de ritmo entre os dois períodos foram registradas por máquinas e equipamentos, que passou de -4,1% no período outubro-dezembro de 2013 para -6,3% no período janeiro-março de 2014, seguida por meios de transporte (de -0,9% para -2,3%), produtos têxteis (de -4,0% para -5,7%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (de -6,9% para -8,3%) e borracha e plástico (de 2,9% para 1,7%). Entre os locais, Rio Grande do Sul (de -2,5% para -4,7%), Paraná (de -2,6% para -4,0%), Ceará (de -0,3% para -1,7%), Espírito Santo (de -3,2% para -3,9%) e São Paulo (de -2,9% para -3,5%) foram os que mais recuaram entre os dois períodos.

A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de -1,3% em fevereiro para -1,4% em março de 2014, manteve a trajetória descendente iniciada em setembro de 2013 (-1,0%).

Valor da folha de pagamento real varia -2,1% em março

Em março de 2014, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente recuou 2,1% frente ao mês imediatamente anterior, após assinalar avanço de 1,5% em fevereiro último. Nesse mês verifica-se a influência negativa tanto da indústria de transformação (-1,5%), como do setor extrativo (-1,5%). O índice de média móvel trimestral assinalou queda de 0,4% na passagem dos trimestres encerrados em fevereiro e março de 2014 e interrompeu a trajetória ascendente iniciada em outubro último. Ainda na série com ajuste sazonal, na comparação trimestre contra trimestre imediatamente anterior, o valor da folha de pagamento real da indústria cresceu 0,5% no período janeiro-março de 2014 e assinalou o segundo trimestre seguido de crescimento, mas em ritmo menos intenso do que o observado no último trimestre do ano passado (1,3%).

Na comparação com igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento real cresceu 0,5% em março de 2014, terceiro resultado positivo consecutivo nesse tipo de confronto, com resultados positivos em nove dos 14 locais investigados. Os principais impactos positivos foram em Santa Catarina (4,5%) e na região Norte e Centro-Oeste (3,8%), impulsionados pelos avanços em alimentos e bebidas (8,6%), máquinas e equipamentos (6,3%), vestuário (7,3%), borracha e plástico (9,4%), produtos têxteis (5,1%) e minerais não-metálicos (9,3%), no primeiro local; e alimentos e bebidas (8,5%) e minerais não-metálicos (21,3%), no segundo. Outros resultados positivos foram assinalados por Espírito Santo (7,9%), Paraná (1,4%), Rio Grande do Sul (1,4%) e Minas Gerais (0,9%). As principais influências negativas foram assinaladas pelo Rio de Janeiro (-6,1%) e Bahia (-4,7%), pressionadas por papel e gráfica (-44,8%), influenciada pela elevada base de comparação por conta do pagamento de participação nos lucros em importante empresa do setor em março de 2013, meios de transporte (-7,7%) e máquinas e equipamentos (-7,1%), no primeiro local, e produtos químicos (-10,5%), calçados e couro (-15,0%), produtos de metal (-21,3%), indústrias extrativas (-5,3%) e máquinas e equipamentos (-15,0%), no segundo. Setorialmente, o valor da folha de pagamento real avançou em nove dos 18 ramos investigados, com destaque para alimentos e bebidas (5,6%), borracha e plástico (6,8%), fumo (92,9%), minerais não-metálicos (3,3%) e indústrias extrativas (1,9%). Os principais impactos negativos foram verificados nos setores de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-4,7%), produtos de metal (-4,7%), meios de transporte (-1,5%), papel e gráfica (-2,7%), produtos químicos (-1,5%) e calçados e couro (-4,3%).

No índice acumulado no primeiro trimestre de 2014, o valor da folha de pagamento real na indústria avançou 2,1% frente a igual período do ano anterior, com taxas positivas em dez dos 14 locais pesquisados. A principal contribuição positiva foi assinalada por São Paulo (2,3%), seguido por região Norte e Centro-Oeste (6,7%), Minas Gerais (3,0%), Paraná (3,9%) e Santa Catarina (4,3%). Os impactos negativos mais importantes foram no Rio de Janeiro (-2,3%), Região Nordeste (-0,9%) e Bahia (-2,4%). Setorialmente, o valor da folha de pagamento real avançou em 12 das 18 atividades pesquisadas, impulsionado por alimentos e bebidas (5,0%), meios de transporte (4,0%), borracha e plástico (6,3%), minerais não-metálicos (7,1%), indústrias extrativas (2,1%), vestuário (3,6%), metalurgia básica (2,1%) e fumo (37,3%). Os setores de papel e gráfica (-2,1%), produtos de metal (-1,0%), máquinas e equipamentos (-0,5%) e madeira (-4,1%) assinalaram as principais contribuições negativas.

Na análise trimestral, o valor da folha de pagamento real avançou 2,1% no primeiro trimestre de 2014 e reverteu a queda de 1,6% do último trimestre de 2013, ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. Esse ganho de ritmo foi verificado em 15 das 18 atividades, com destaque para alimentos e bebidas, que passou de -0,4% para 5,0%, meios de transporte (de -1,5% para 4,0%) e produtos de metal (de -6,4% para -1,0%). Entre os locais, o aumento do valor da folha de pagamento real entre esses dois períodos ocorreu em 11 dos 14 locais, com destaque para Paraná, que passou de -3,9% para 3,9%, Pernambuco (de -5,6% para 1,1%) e região Norte e Centro-Oeste (de 1,5% para 6,7%).

A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, ao crescer 1,4% em março de 2014, mostrou ligeira perda de ritmo frente aos resultados de janeiro (1,6%) e fevereiro (1,5%).

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