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sábado, 14 de junho de 2014

“Orgulho” do tipo Lula

​ ​O BRASIL NÃO ESTÁ EM BOAS MÃOS!​

 Ernesto Caruso, 09/07/2010

          Creio não haver dúvida quanto a outro cenário colorindo a cerimônia de apresentação do emblema/logomarca da Copa do Mundo de 2014.

         Lá estava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Johanesburgo, na África do Sul, que se sentindo em mais um palanque, onde era a maior autoridade protocolar, fez piadinhas, inclusive quanto ao tempo a ele destinado para se pronunciar.

As gafes foram o destaque da imprensa, galhofando o Lula ao misturar copas passadas, nomes de jogadores e ocorrências nem sempre coincidentes, mas de somenos importância.

         Subiu ao palco após uma apresentação, onde um garoto fazia embaixada com a bola, iniciando sua locução por dizer que faria mais bonito que o “acrobata da bola”, mas que não deixaram; buscava a gargalhada da platéia.

           As graças prosseguem, destacando, que “não poderia deixar de cumprimentar aqueles que são a razão principal da Copa do Mundo”, presentes no auditório, como Cafu, Romário, Bebeto, Carlos Alberto Torres, Parreira, Platini e Beckenbauer, com pitadas que julga jocosas referências. Do último, considera o melhor jogador do mundo, mas acrescenta: “depois de mim e do Pelé.”

         A exaltação aos jogadores campeões do passado, por demais justa, deu mostras aos integrantes da Seleção de Dunga, omitidos, tão cedo esquecidos, não homenageados, como párias, sem merecer os cumprimentos, nem lembrados pelo presidente na mesma ocasião, sutilmente vinculada a truculenta e imediata demissão da comissão técnica assinada pelo presidente da CBF.  

            Além de abordar a aceleração do crescimento proporcionada pela realização da Copa e citar indicadores econômicos, tipicamente assuntos internos, chamou a atenção dizer que a organização da Copa de 2014, "terá máxima transparência". Tal comentário, mais tarde entendido, como a reforçar a aprovação de uma lei que vai permitir a contratação de obras sem licitação.   

Ao final do seu discurso, fala do orgulho do brasileiro que nem de longe foi cultivado pelas autoridades maiores da República nem motivado pela imprensa por ocasião da desclassificação da seleção de Dunga e sua recepção ao regressar ao solo pátrio. Um jogo perdido por 2 a 1, difícil, lutado. O chefe é o responsável pelo estado moral da sua equipe. A seleção representa o país e o presidente representa a Nação, não se atendo somente às palavras: “Somos um povo organizado e que mesmo nas adversidades não desistimos nunca. Isso é o Brasil de 2014.

Orgulho, demonstraram os argentinos que caíram de quatro e foram recebidos de pé por uma multidão com milhares de patriotas a lhes homenagear.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, apoiou o técnico da seleção argentina, Diego Maradona, e convidou a equipe eliminada pela Alemanha a visitar a Casa Rosada. Segundo foi publicado a presidente revelou que no dia da derrota tentou falar com ele, mas não pôde atendê-la porque estava chorando.

Observe-se que a imprensa argentina foi alvo das ofensas de Maradona e até punido pela FIFA.

Sobre o emblema, que poderia representar as cores da Bandeira Nacional, encontra-se o 2014 em vermelho, suprimindo-se o azul.

Vermelho do PT que sem pudor é colocado em tudo que representa a Pátria confundindo uma identidade maior com o partido do atual governo. Já o tinha feito nos jardins do Palácio com a inserção da estrela vermelha.

Três mãos envolvem o ‘globo”, uma amarela com cinco dedos e outras duas em verde, uma com cinco dedos e outra com quatro, formando o final 14 do ano considerado. Que não sejam mãos que afaguem, afanem e abanem.

Se o Brasil fosse campeão, o tratamento seria outro, principalmente a serviço da campanha eleitoral.     

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