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domingo, 7 de dezembro de 2014

Drops Digitais.

A legislação bandida do ECA.
Amigos, hoje aconteceu algo com um adolescente infrator que me deixou sem ação e reação diante dele! Estava eu na delegacia fazendo mais uma cobertura de notícias policiais quando me deparei com um adolescente de 14 anos sentado esperando para ser autuado por porte de arma de fogo. Olhei para ele e pensei: mais um moleque que não fica preso, então nem vou perder meu tempo, mas enquanto aguardava uma outra ocorrência que estava a caminho da delegacia me aproximei dele e como às vezes faço comecei a dar conselhos para ele, "sai dessa vida rapaz, você vai morrer, a vida das drogas e do crime não compensa."
Foi quando ele que até então estava calado olhou bem pra mim e disse: "Seu Alison, esse papo do senhor eu já cansei de ouvir, estou armado porque vendo droga, ganho muito fazendo isso, mas eu antes trabalhava numa oficina e sabe o que fizeram, denunciaram o dono da oficina porque eu estava trabalhando lá, ele me pagava legal, eu tinha minhas coisas, meu tênis, tinha tudo... Ele teve que me mandar embora e quase foi preso, acho que ele está até hoje indo na justiça. Depois eu fui trabalhar na feira da Avenida Antônio Sanches, trabalhei 07 meses e sabe o que aconteceu lá?
A mesma coisa que na oficina, tive que sair. Não sei quem é meu pai e minha mãe é uma coitada e eu tentei seu Alison trabalhar honestamente, trabalhava e estudava direito, mas não deixaram e achei no tráfico o sustento meu e da minha casa, então seu Alison, guarda seus conselhos para esses safados que vocês votam e acham que menor não pode trabalhar, mas pode roubar, matar e traficar, entrei nessa vida porque quero um tênis não posso, quero um sanduíche no Bobs não posso, quero ir no cinema não posso, então já que não posso trabalhar como gente, vou traficar, pelo menos assim tenho dinheiro ." Disse um garoto inteligente de 14 anos estragado pelo sistema.
Logo chamaram ele e não podemos continuar conversando... Fiquei mudo e sai calado, pois sabia que havia vítimas do sistema, mas foi um garoto de 14 anos que me mostrou o quanto nós, com nossas escolhas políticas, estamos acabando com a juventude. 
Para: maoslimpasbrasil@yahoogrupos.com.br
Cc: resistencia-democratica@yahoogrupos.com.br

Caro Noel Trindade,
 Pois é, temos uma mentalidade em curso que joga o brasileirinho na criminalidade e a brasileirinha na prostituição e promiscuidade.

A palavra chave chama-se mérito e o princípio que não observamos é o da subsidiariedade. “No Brasil de hoje não é mais o mérito que determina o valor das pessoas, mas sua ideologia. Sua cor. Sua raça. Falar bem o idioma é motivo de piada. Ser elite é quase uma maldição. Música de sucesso é aquela que for mais escatológica. O homem honesto aparece na televisão como se fosse algo inédito. Roubar é normal. Bala perdida é normal. Corrupção é normal. Vivemos uma inversão de valores sem precedentes e é contra esse estado das coisas que devemos gritar” (Luciano Dias Pires Filho)
Os jovens são vítimas da discriminação espacial, das drogas, entenda-se Foro San Pablo, da desresponsabilização e também da baixa qualidade da educação fundamental.

Um dos problemas é combinar com propriedade os investimentos. Uma escola com apenas uma sala de aula não será capaz de ensinar mais e melhor contratando uma dúzia de professores. Assim como uma escola com apenas um professor não fará muito progresso construindo uma dúzia de salas de aula.  
Mas escolas não têm apenas salas e professores, e nem salas e professores são iguais.  Melhoras na educação dependem de uma combinação fantástica de fatores existentes e a serem criados, que vão do papel (ou dos pixels) do livro texto à localização geográfica e ideológica da escola.  Não é qualquer investimento que gera crescimento. Você não dobra o tamanho de um bolo dobrando a quantidade de apenas um ingrediente.
Diferente de receitas culinárias, o grande bolo da civilização humana não vem com uma lista de ingredientes e medidas prontas a serem copiadas.  Cabe ao empreendedor a missão de analisar a demanda para ver quais combinações de investimentos e em que dosagem as pessoas precisam. Vários desses investimentos irão fracassar, alguns irão suceder.  É desse processo competitivo de tentativas e erros que aprendemos como transformar capital em educação, saúde, moradia, lazer etc.
Propostas mais próximas do capitalismo para os pobres preferem subsidiar a demanda e deixar a oferta nas mãos dos empreendedores.  O dinheiro gasto com contratação e salário de professores, com construção e manutenção de escolas, seria mais bem aplicado se fosse transferido diretamente para alunos pobres.  Suas famílias teriam assim o poder de consumo para escolher qual escola oferece a melhor educação.  E as escolas passariam a competir para melhor investir nesses alunos.
O fundamentalismo do investimento ainda é capaz de gerar um efeito culatra.  Empresas pagam empregados de acordo com seu desempenho a fim de castigar a ineficiência e aumentar a produtividade dos seus funcionários. Governos que financiam agências e escolas de acordo com sua necessidade estão castigando o desenvolvimento das capacidades e recompensando a multiplicação de necessidades.  Quanto pior for o desempenho das escolas, maior será sua necessidade e, portanto, mais acesso ela terá a verbas públicas.
Abraços, Gerhard Erich Boehme

De: Noel Trindade [mailto:ntrindade18@hotmail.com]
Enviada em: quinta-feira, 4 de dezembro de 2014 15:34
Para: undisclosed-recipients:
Assunto: FW: Menor não pode trabalhar !!!




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