quinta-feira, 16 de julho de 2015

O mundo amanheceu menos seguro com a capitulação do Ocidente ao Irã

iraNão há nenhum assunto no mundo hoje tão importante e com tantas consequências nefastas para o futuro da paz do que a capitulação da América para o Irã ontem.

A imagem que você vê abaixo é da última sexta, 10/07, em Teerã. Uma grande manifestação nas ruas que pedia “Morte à América!” e “Morte a Israel!” e, na frente, ninguém menos que Hassan Rouhani, presidente do Irã. Sua aura de intelectual poliglota, PhD em direito constitucional, e suas pequenas e pontuais críticas a Mahmoud Ahmadinejad, fizeram com que fosse tomado por “moderado” pelos líderes ocidentais. Mais uma vez, fica provada a tese de que as pessoas acreditam no que querem acreditar.

O Irã é o mais importante e engajado inimigo dos EUA e de Israel desde 1979, quando o país foi entregue a clérigos medievais que financiam o terrorismo, torturam e matam centenas de opositores e cidadãos todos os anos até hoje, muitos em praça pública, por “crimes” como apostasia e homossexualismo. Não há liberdade de imprensa e respeito às minorias, entre outros abusos aos direitos humanos.

O acordo restabelece o acesso do Irã a 100 bilhões de dólares em ativos congelados no exterior, acaba com o embargo econômico, permite que o país volte a vender petróleo livremente e, no futuro, a comprar armamentos. Tudo isso em troca de uma promessa de pausar a busca pela capacidade de produzir armas nucleares e abrir o país para a visita de inspetores da ONU, algo a que que só uma dose cavalar de inocência pode dar algum crédito, sem falar na cumplicidade das Nações Unidas com as nações da região contra Israel, que descredencia a mais inútil ONG do planeta como árbitro imparcial na questão.

As concessões dadas ao regime dos aiatolás foram muito, mas muito além do esperado. Obama mandou seus negociadores fecharem um acordo a qualquer custo e, claro, se você está disposto a conceder tudo, o acordo sairá. A estratégia foi concebida por Valerie Jarrett, iraniana de nascimento e fluente em persa que é a principal assessora de Obama para assuntos internacionais, uma espécie de Marco Aurélio Garcia do presidente americano, e considerada uma de suas amizades mais próximas. É tudo parte de um plano de retirada completa de qualquer influência americana na região.
Ao anunciar o acordo para o povo iraniano, Hassan Rouhani disse: “nossas preces se tornaram realidade”, algo que não se fala todo dia. É tudo que você precisa saber sobre esse acordo e sobre o que dá colocar um radical ideológico como Obama na Casa Branca por oito anos.

“FANTÁSTICO (1979) – explode a Revolução Islâmica no Irã”https://youtu.be/yZp4wg297L8

– A história se repete: Bill Clinton comemora o acordo com a Coréia do Norte em 1994 que evitaria a ditadura sanguinária e genocida se tornar uma potência nuclear. A Coréia do Norte terminou com dinheiro, poder e, claro, com a bomba: https://youtu.be/6TcbU5jAavw

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Sobre o autor



Alexandre Borges


Alexandre Borges é carioca, comentarista político e publicitário. Diretor do Instituto Liberal, articulista do jornal Gazeta do Povo e dos portais Reaçonaria.org e Mídia Sem Máscara. É autor contratado da Editora Record. 

Fonte: Instituto Liberal

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