Qual o preço da inovação? – UBER X Taxis
por FREDERICO PADOVANI*
No dia 28 de agosto estive na Assembleia Legislativa de Minas Gerais para acompanhar a audiência pública sobre a liberação ou não do aplicativo UBER em Belo Horizonte.
Nada de novo nos discursos preliminares dos parlamentares que compunham a mesa. Falaram o que a maioria queria ouvir, pelo menos a maioria presente.
Afinal, este aplicativo vem para somar ou atrapalhar? Acredito que todos os leitores concordam em um ponto. Se não for para melhorar, que acabe. Agora, cabe a quem avaliar este serviço? Aos políticos? Aos taxistas? Ao UBER? Ou ao cidadão?
Afinal, este aplicativo vem para somar ou atrapalhar? Acredito que todos os leitores concordam em um ponto. Se não for para melhorar, que acabe. Agora, cabe a quem avaliar este serviço? Aos políticos? Aos taxistas? Ao UBER? Ou ao cidadão?
Ao cidadão, é claro. E este já vem gritando aos 4 cantos que está satisfeito com a inovação proposta pelo UBER. Serviços mais baratos de melhor qualidade, pelo menos por enquanto. Falaram em regulamentar. Tudo bem, concordo, mas seria bom para os taxistas que os UBERS tenham todos os benefícios que eles já têm? Cuidado para o tiro não sair pela culatra.
Outro ponto que me incomodou bastante é a necessidade que as pessoas têm de transferir o direito delas de escolha para o Estado. Não entra na minha cabeça o porquê de algumas pessoas acharem que o Estado sabe o que é melhor para elas mesmas! Vejam bem, na relação UBER e cliente, um avalia o desempenho do outro. Se um tiver baixa avaliação, ele sai do sistema. Se for usuário, os UBERS não irão querer prestar serviços para eles; se forem UBERS, serão excluídos da plataforma. Um taxista me questionou: mas se acontecer algo com você no UBER, a quem você irá recorrer? Resposta simples: às mesmas pessoas a que recorreria se fosse num taxi. Os policiais!
Acredito que, a esta altura, praticamente todo mundo que utiliza taxi já deve ter se deparado com algum taxista que aprimorou seus serviços e hoje não vê o UBER como um concorrente. Eu conheço um. Para preservá-lo perante os taxistas que não concordam, o chamarei de João.
Conheço o João há uns 15 anos. Sempre muito divertido, alegre e taxista. Há alguns meses ele me levou ao aeroporto e, entre uma boa conversa e outra, toquei no UBER. Naquela época ele não conhecia muito do aplicativo. Relatei minha percepção e o que ele fez? Inovou seu atendimento. Hoje ele fornece um serviço melhor que todos os táxis que já peguei e melhor até que muitos UBERS que contratei.
E porque os demais taxistas não buscam conquistar os clientes? Boa pergunta.
Relatos de agressões a clientes vêm se espalhando. Isso só faz as pessoas terem mais antipatia da classe. Pensem bem, profissionais! Será que esse é o caminho?
Durante a audiência, alguns dos presentes (casos isolados, vale ressaltar), me ameaçaram, prenderam chiclete no cabelo de uma amiga, ofenderam as pessoas que estavam a favor do UBER. Para estas pessoas, um convite: vamos debater?
*Frederico Papatella Padovani é Associado Honorário do Instituto de Formação de Líderes de Belo Horizonte.
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