Quando o
povo será ouvido?
Por Armando Soares
Diante
do cenário dantesco e imoral político fica cada vez mais claro que a voz do
povo nada representa para os políticos cavernosos que se apropriaram do poder
através da mentira, da enganação profissional. A questão política brasileira, a
corrupção, o desgoverno, a mentira, o cinismo, a imoralidade atingiu um nível
que dificulta escrever sobre o assunto tão evidente se tornaram. O incrível
dessa verdade é que a sociedade brasileira, apesar de consciente sobre a causa
maior da crise em que atravessa o país, não encontra caminho para por um fim em
toda essa sujeira política exposta no dia a dia através da televisão e da
imprensa de um modo geral.
O povo
brasileiro na sua maioria quer a saída da Dilma do governo, desejo demonstrado
repetida vezes, inclusive com endosso de pedido de impeachment. Por que esse
desejo não se materializa, não é acatado? Há várias razões entre as quais
destacamos as barreiras impostas pelo judiciário que passou a ter no governo do
PT posição dúbia, que caracteriza uma parcialidade, anomalia resultante da
equivocada escolha de seus titulares; as outras barreiras refletem a
fragilidade moral e política dos congressistas, sejam eles da base do governo
ou da oposição. Essas duas barreiras são as principais causas que impedem que a
vontade do povo soberano se realize e deponha Dilma do governo. Nada justifica
uma ação morna da oposição para acelerar a deposição da Dilma considerando que
todos os opositores tem consciência que o Brasil corre sério risco de governabilidade
e de entrar em colapso econômico. Como se admitir em sã consciência que um
governo que se afundou em corrupção e que distribuiu irresponsavelmente
dinheiro público, possa comandar o país falido jogando nos ombros do povo o
sacrifício de sua salvação. É muita irresponsabilidade dos políticos e juízes
virarem a cara para essa realidade grotesca e criminosa.
Necessário
se torna que todos os brasileiros, os conscientes e inconscientes tenham em
mente que há a hora do retiro e a hora do mercado, a hora de contemplar e a de
participar, a hora da paz e a da guerra, a hora de amar e a hora de abster de
amor, a hora de viver e de morrer. Essa é a hora de salvar o Brasil e afastar
os seus inimigos com coragem sem vacilar. O futuro de todos vai depender dessa
hora, de banir os comunistas que não escondem mais suas intenções de fuzilar
todos os seus adversários, os verdadeiros brasileiros. Para salvar o Brasil
temos o dever de enfrentar políticos, governo, juízes e tribunais venais. Nossa
vida e de nossos filhos e netos depende de nossa atitude, de nossa coragem, de
nossa altivez. Essa não é a hora de se esconder, de baixar a cabeça, de ficar
calado. A hora é de gritar alto contra toda a podridão empurrada dentro da
nossa goela nesses últimos vinte anos por meliantes profissionais. O autêntico
brasileiro, o que não é marionete de ideologias criminosas e nem carregadores
do dinheiro público, é uma criatura dotada de razão e raciocínio. O verdadeiro
brasileiro não se confunde com os turbulentos e devassos grupos da rua, os
filhos da podridão. Aristóteles tinha razão quando afirmava que “as repúblicas
se transformam em democracias e estas degeneram em despotismos”. Estamos
chegando a este dia. Foi escrito que homens iníquos aparecem em todas as
gerações e o dever da nação (dos verdadeiros brasileiros) é torna-los
impotentes. Quantos iníquos são evidenciados diariamente pela televisão e
continuam na sua atividade perversa, bandida? Quem procurou o poder nesses
últimos vinte anos, o fez por desprezar seus semelhantes, visando à servidão do
povo, das “massas”, essas bajuladas enquanto lhe sejam úteis como trampolim,
como aconteceu com a classe média que foi utilizada e responsável pela subida
ao poder de Lula e Dilma. Quem está mais errado, a massa corrupta ou os seus corruptores?
Quem aceita suborno vale menos do que um cão, pois não possui as
características de lealdade e proteção inerentes àquele animal.
O que
poderia derrubar a corrupção? Simplesmente a coragem e o dever cívico. Manter
Dilma no poder e todo o pessoal do PT encravado no governo é conivência com a
podridão. Dilma quer mais impostos para salvar a sua pele e de seus
apaniguados. Se a sociedade brasileira permitir a elevação dos impostos esses
impostos jamais serão reduzidos, vão ser mantidos para o resto da vida.
Conta-se, com muita propriedade “que uma vez que o leão prove a carne humana,
não mais quer comer nenhuma outra.” Nosso governo já experimentou o gosto da
carne do povo; saboreou repentinamente o poder ilimitado. Somente se
contentará, doravante, com essa espécie de cardápio, cada vez em maior
quantidade. Quem não acreditar nessa verdade é um alienado, um bobo a serviço
de bandidos. É impossível restaurar o Brasil sem afastar do poder os
responsáveis pela crise brasileira e puni-los.
É sabido
que todos os políticos compram favores, ou alguém acha que os homens eleitos
por sua probidade e inteligência, por sua devoção ao país e sua esperança de
ajudar a Pátria? Todos os postos políticos têm seu preço e os políticos bem
sucedidos deixam correr dinheiro para conseguir seus objetivos. Mas quem, na
opinião do povo, é o melhor representante? O que promete lutas e trabalhos ou o
que acena com dádivas e presentes? É muito mais fácil corromper o honesto e
virtuoso do que corromper o desonesto nato. Pois o primeiro não acredita, ou
pelo menos não quer acreditar, que o homem seja como é; o reconhecimento da
verdade o faria melancólico e oprimido. Mas o outro faz a si próprio duas
perguntas, quando é abordado por alguém: “Por que desejam que eu faça isto ou
não faça? E o que ganharei fazendo ou não fazendo? É difícil e perigoso”.
As
repúblicas baseiam-se na ideia ingênua e fantasiosa de que os homens são
capazes de se autogovernar, de manter autodisciplina e conter seus impulsos
malévolos, exercendo uma heroica virtude. Isto, como sabemos não passa de um
sonho, e é falso. Desaparece à luz da realidade, da realidade do que o ser
humano é e não do que deveria ser. Se alguém duvida dessa verdade é só acordar
e sentir a realidade política brasileira. Os ambiciosos não atentam para a
razão nem para a autoridade do povo, mas apelam principalmente para a corrupção
e a intriga a fim de poder obter o supremo poder e governar pela força da
mentira e de “jogadas”. Tais pessoas tornam-se escravos das massas ignóbeis, de
uma classe ignorante e caprichosa, verdade que se confirma com as bolsas que
não podem ser tocadas mesmo com o governo afundando. Dentro das medidas
políticas saneadoras tem destaque às medidas necessárias para desencorajar a
indolência e a mendicância e as facilidades de vida a expensas do governo e,
consequentemente, dos contribuintes, do público em geral. Qual o sentido de se
sustentar vagabundos a custa de quem trabalha? Quem está destruindo o Brasil
são as políticas públicas insensatas e os que roubam o povo indefeso. Quem está
no poder recusa-se a crer que as pessoas não são suas propriedades. São seres
humanos e não bonecos sem vida. A escória da política chegou ao poder porque os
bons e justos não conseguem ser cínicos nem conseguem ignorar os gritos dos
miseráveis, que se deixaram levar iludidos pelos lobos políticos e clamam por
misericórdia quando presentem a morte e conheceram a verdade. Quanta gente no
Brasil tem lutado para encontrar a virtude, sem compreender que isto não existe
mais no mundo em que vive. A experiência de vida mostra que não existe acordo
possível entre o bem e o mal. Na política é ridículo pensar que existe
separação nítida entre o bem e o mal. Pode-se, quando muito, escolher um mal
menor e esperar que aconteça algo bom. Esta esperança,
prova a história, é sempre traída,
Estamos
todos os brasileiros com um mínimo de decência cansados dessa novela política
televisada imoral. Vão para suas casas, senhores políticos, com suas mentiras e
cinismos e deixem-nos em paz.
Armando Soares – economista
e-mail: teixeira.soares@uol.com.br
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