O Ministro e a Lava-Jato.

Por Vanderli Camorim

Teori Zavascki

A morte do ministro Teori Zavascki tem sido visto com muita tristeza e consternação. Também como temor de que a operação lava jato agora seja sepultada junto com o seu corpo.Se for enterrada ou não, eu, pessoalmente, só tenho a lamentar é que ela não foi suficiente, com todo o barulho que provocou e todo o tempo que tem tido, assim como o espaço na mídia, para fazer voltar os olhos dos homens ilustrados desta nação para a sua causa que por sinal continua imperturbável dormindo o seu sono tranquilo em seu berço esplêndido..

A causa da corrupção é a intervenção do governo na economia. Esta intervenção coloca poderes exagerados sobre os homens que dirigem esta nação e constitui toda oportunidade de enriquecimento que destrói qualquer homem publico probo, além de colocar todos os valores da civilização de pernas pro ar fazendo-nos experimentar a iminência da destruição total como foi o Império Romano, lenta, mas inexorável.

A economia tem um regulador natural e eficaz na figura dos consumidores, que somos todos nós. Somos, como consumidores, implacáveis com aqueles que não são eficientes em nos oferecer o melhor pelo menor preço. Toda a estrutura da economia gira em nosso serviço sendo a interferência do Estado nestes assuntos desnecessário senão nocivo. Ao Estado cabe apenas o papel de produtor da segurança, proteger seus concidadãos da violência do mais forte, do roubo e da fraude. 

Ao atribuir ao Estado função de regulador da economia não se faz outra coisa senão depositar nas mãos dos que controlam a sua formidável maquina, os políticos e seus abnegados serviçais, os burocratas, poderes exagerados com que que passam a reinar como déspotas donos de tudo, inclusive da liberdade de seus cidadãos, e tudo entra em rota de destruição, tanto politica, como ética e até religiosa. A operação laja jato já mostrou o quanto foi possível em tão curto tempo.

Mudar este quadro, tirar o Estado e o governo do controle da economia, deixar o cidadão livre para trabalhar, empreender e garantir, com segurança e paz, que possa colher o fruto de seu esforço parece que não faz parte da visão dos brasileiros. Sequer querem submetê-la a exame. Como se diz: não está aberta a discussão. 

A lava jato que poderia servir de exemplo para jorrar luz sobre este grave problema que condena os brasileiro à miséria e ao atraso, tem sido na verdade um mero programa de se jogar carne fresca as massas do povo ávidas por sangue. Ela tem sido também um meio para denegrir as instituições democráticas pelo fato de expor os políticos e seus auxiliares como os execráveis bandidos e o empresariado em oportunistas da pior espécie. 

O empenho em se garantir o Estado como regulador da economia não só fará jorrar a corrupção como um fluxo ininterrupto e eterno, como também que é um câncer ou uma doença que não tem cura desviando as vistas de suas reais causas evitando-se o remédio adequado. Este modo de entender que esta implícito, é ela toda consistente com a doutrina do socialismo, uma utopia perseguida como um nobre ideal onde no fim restará a sociedade destruída.

É uma pena que a lava jato seja assim tão desperdiçada. É uma pena que ela não tenha dado frutos senão servido de alimento para os mais baixos instintos de uma multidão que no fundo se satisfaz com o pão e o circo e se compraz com o sangramento de suas vitimas.

O socialismo, como se vê, continua sua trajetória imperturbável.

Vanderli Camorim é articulista de Libertatum