Aos amigos, tudo; aos inimigos, a perseguição
O advogado Fernando Sá foi um dos muitos funcionários da Petrobras que foram perseguidos e colocados na geladeira durante os governos petistas (entenda aqui).
Depois de se opor ao formato de sociedade na Braskem que a Petrobras pretendia fechar com a Odebrecht, ele permaneceu como gerente Jurídico de Abastecimento até 2009.
Na época, embora ainda não soubesse a extensão do esquema de corrupção que se espalhava pela empresa, Sá discordou do modelo de contratação que a área de Serviços, dirigida na época por Renato Duque, pretendia adotar nas licitações para a construção da Refinaria Abreu e Lima.
Depois de alertar informalmente seu chefe, o também advogado Nilton Maia, Sá decidiu preparar um relatório oficializando sua posição. O relatório se transformou em uma denúncia, que sustentava que as empreiteiras haviam formado um cartel para controlar as obras da companhia, que sairia prejudicada, caso aceitasse as regras propostas.
Sá foi retirado da função de gerente jurídico e colocado em uma sala sem janela, sem telefone e sem computador. Seu superior, Nilton Maia, ainda abriu uma sindicância para avaliar sua atuação na gerência jurídica da área de Abastecimento.
Depois de algumas semanas de isolamento na salinha sem computador, telefone e janela, Sá teve um pico de pressão e saiu de ambulância da sede da Petrobras. Enfartou uma semana depois.
A sindicância não deu em nada e Sá conseguiu se recolocar na estatal fora da área jurídica.
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