sábado, 21 de julho de 2018

Policial agride vendedor 

ambulante.

Resultado de imagem para proibição do trabalho

por Vanderli Camorim

 

Isto ocorreu no centro de Brasília, em volta da

rodoviária. Um estudante flagrou o momento da

 agressão com seu celular e logo ganhou as redes

 sociais. A grande imprensa também acusou o fato.


A razão para a agressão teria sido porque o 
ambulante “estaria trabalhando de forma irregular”, seja lá o que isso quer dizer. O certo é que por causa deste “crime”, foi tratado como “bandido” e pegou uma cossa na frente do filho e da mulher, sem contar os circunstantes o que gerou uma ponta de revolta a quem via a cena mais de perto.

Por ser uma coisa corriqueira e que parece ninguém divisa uma solução, as pessoas costumam tratar estes casos tão somente como uma atitude arbitraria e despótica do policial. Mas, é mais que isso, é um exemplo de que o estado, através de suas leis aprovadas em congresso e nas casas legislativas pelo país afora proíbe o trabalho a não ser nas condições estabelecidas pelo governo tutelando o cidadão.

O policial age assim cumprindo a lei que proíbe o 

livre exercício do trabalho. E onde o trabalho não é

livre, não é permitido, resta apenas o que de alguma 

forma se assemelha ao trabalho servil, também

chamado de compulsório e ou escravo em que o 

prestador de serviço terá que trabalhar também para

seu algoz entregando parte de seus ganhos.


É um fato que falaria por si só se não houvesse uma

dificuldade de se observar neste pequeno ato a

ilustração do quanto nos falta de liberdade

econômica ao ponto de só se poder empreender e 

trabalhar nas circunstancia estabelecidas por lei

observada de perto por uma autoridade. Trabalhar e

empreender são dois lados de uma mesma moeda.


Se a legislação impõe restrição a um também alcança

o outro e toda sociedade se ressente dos bens e 

riqueza que deixou ou deixa de ser produzida.



Como um rio que vai para o mar este tipo de atitude 

vai aos poucos empurrando o cidadão que fica sem

perspectiva para o vício e o crime, não

necessariamente nesta ordem. Uma pessoa que é 

proibida de trabalhar e empreender livremente tende

a ser deprimida economicamente, socialmente e 

moralmente e um dia encarará o crime como algo

que se insere como uma questão de sobrevivência.


As pessoas ficam confusas e procuram a razão de

porque tantos desempregados e o empenho em

evitar que alguns ganhem uns trocados livremente.

As noticias dizem que são mais que 13 milhões.


As necessidades humanas são infinitas e elas

representam por sua vez infinitas possibilidades de

negócios. Mas estranhamente não se consegue ver

que são as leis que tentam proteger os trabalhadores

do mito da ganância burguesa que provoca este 

estado de coisa, pois a intervenção do governo no

mercado de trabalho limita e restringe proibindo 

que as pessoas atinjam seus objetivos de elevar o seu bem estar livremente.


A base teórica deste absurdo que se vê todo dia é a

teoria da exploração marxista. Essa teoria diz que o

capitalista, o homem de negócio, é um depravado

explorador do pobre coitado do trabalhador e que só

a mão longa e pesada do governo pode por fim a

essa arbitrariedade. Ergue-se daí algumas

portentosas instituições criadas para esse

fim, repletas de funcionários que doravante vão

aplicar com rigor a lei para coibir e por fim a essas 

excrescências. Mas sendo o diagnostico errado o 

remédio será igualmente errado e fará tanto mal ao

paciente que pode até mata-lo. E assim a mão que 

afaga também apedreja.


A teoria da exploração tem uma falha imperdoável

que é não considerar o consumidor, que somos todos

nos,indistintamente, os supremos comandantes da

economia a que todos devem obedecer se querem

ganhar um dinheiro. São os consumidores que 

dizem aos empresários, através do sistema de 

preços, que querem mais urgentemente, que 

quantidade, qualidade e preço dos bens que os

homens de negócio terão que se esforçar para 

fornecer, combinando da melhor maneira

possível, os fatores de produção, a que a mão 

de obra pertence, para cumprir as ordens 

emanadas deste comandante geral, do contrário

 amargarão prejuízos, sobretudo, o

seu lugar no mercado se não agirem eficientemente.


Se os consumidores não comprarem seus produtos

não recuperam o capital empregado nem conseguem

pagar o salario do trabalhador e terão que fechar as

portas e todos perdem, inclusive os consumidores 

que ficam privados de bens e serviços.


Vendo deste ângulo, cai por terra a apreciação 

marxista que diz que os trabalhadores e os 

empresários são antagônicos e irreconciliáveis em seus interesses. 



O que se pode afirmar é que são sócios em uma

empreitada para ganhar um dinheiro, se forem 

eficientes em suprirem as necessidades dos 

consumidores sempre insatisfeitos e a procura

de um produto bom e barato.


As leis trabalhistas se mostram assim inconvenientes

para não dizer nocivas, pois o mercado, o sistema

social onde as pessoas estão comprando e vendendo

bens e serviços para satisfazer suas necessidades e

elevar o seu bem estar tem suas leis próprias e

inexoráveis que não foram elaboradas em congresso,

nem por líder carismático, e que nascem no exato

momento em que os homens agem com o propósito

único e exclusivo em satisfazer suas necessidades,

sobretudo as mais urgentes, eternas fontes de lucro,

e que fazem surgir o que se convencionou chamar de

mercado que pauta a todos, mesmo que não se

preste a atenção. Neste ambiente, ninguém

enriquece sem primeiro fazer bem para seu

concidadão, o consumidor, que é o que tem o 

dinheiro e se espera que compre.


Mas enquanto não se compreender estas coisas

simples, os legisladores continuarão como suplentes

de Deus elaborando leis para consertar a natureza 

humana que eles acham errada e falha e o policial

continuará fazendo o seu papel de distribuir sopapos

para quem resistir as suas ordens que ele,como um

bom cidadão jurou obedecer e cumprir, pouco

importando se são justas ou não.


Vanderli Camorim


A imagem pode conter: uma ou mais pessoas, pessoas sentadas, barba, área interna e close-up
vanderlicamorim@ig.com.br

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