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sexta-feira, 21 de maio de 2010

Hitlermania

Por Klauber Cristofen Pires

Passeando pelas livrarias, tenho constatado um fenômeno paradoxal: um espaço significativo das livrarias está ocupado por obras cujo tema é a Segunda Guerra Mundial, o Nazismo, e principalmente, a figura de Adolf Hitler. O mesmo com os programas televisivos. Por quê paradoxal? Porque ao mesmo tempo em que as pessoas mais têm curiosidade de conhecer sobre aqueles tristes fatos, sobre tal funesta doutrina e seu tenebroso messias, ou seja, quanto mais avidamente consumem informação sobre Hitler e o nazismo, mais deixam de perceber a similitude entre o Brasil atual com a Alemanha da década de trinta...



Exagero de minha parte?

Com a decisiva virada capitalista protagonizada pela China - ainda que não tenha abdicado do regime absolutista - o sistema comunista tradicional, ou o "sistema socialista de estilo russo", como assim o classificou Hoppe, tornou-se uma peça de museu; descontando Cuba e Coréia do Norte (tem mais algum?), e salvo a tendência para países como a Venezuela ou Bolívia, o mais comum para os países onde governos de esquerda têm conquistado o poder tem sido proporcionar ao estado a prerrogativa de interferir na iniciativa privada - e tanto quanto - na vida privada das pessoas.

Na Alemanha nazista as coisas se procediam exatamente desta forma. As empresas alemãs eram propriedade privada apenas formalmente, na casca. Por dentro, absolutamente todos os procedimentos internos eram regulados pelo estado e por ele tributados. O quê e para quem produzir; de quem comprar, quanto cobrar pelo produto, quem contratar, quais os salários e as condições trabalhistas, como produzir, os horários de funcionamento...enfim, nada escapava aos emissários do Fuehrer.

Será diferente no Brasil de hoje? Que liberdade o empresário tem de comprar de fornecedores, se já voltou a prevalecer a expedição de licença prévia de importação?

Que liberdade o empresário tem de inovar quanto ao estímulo à sua equipe, se a forma de contratar empregados é regida nos mínimos - e às vezes contraditórios - termos ditados pela prolixa legislação trabalhista? Que liberdade de contratar existe se o estado lhe impõe contratar estes ou aqueles profissionais na marra?

Que liberdade o empresário tem de oferecer o seu produto, se a legislação ambiental e sanitária o obriga a informar estes ou aqueles dizeres, a publicar propaganda contrária (como no caso dos cigarros), e o proíbe de se manifestar livremente (restringindo horários nos comerciais televisivos, proibindo propaganda como a de cervejas de exibir desenhos animados ou a de cereais de constar personagens em suas embalagens)?

Que liberdade o empresário tem de cobrar pelo seu produto, se vem a ser acusado de superfaturamento, de usura e de crime contra a economia popular por alegadamente cobrar a maior? Ou, se, por cobrar a menor, é acusado de dumping? Ou ainda, se por cobrar segundo o preço médio, vir a ser acusado de formar cartel? Que liberdade tem o empresário de buscar parcerias e novas formas mais eficientes de organização, se o Cade está de olho para inculpar qualquer um mediante crimes apontados ex post facto?

Que liberdade tem o empresário de poupar e investir, se o governo lhe tributa pesadamente, e ainda o entulha com procedimentos fiscais acessórios com vistas a sacar ainda um pouco mais dos seus bolsos via multas?

Que liberdade o empresário tem de usar a sua propriedade se o governo já lhe dita o que deve ser reservado para isto e para aquilo?

Não há nada em uma empresa brasileira hoje que não tenha antes de passar por um barbudo de carteirinha com uma estrela vermelha encravada no terno. Isto não faz diferença nenhuma quando se tratava de um sujeito com uma suástica no braço...

No plano familiar, o estado brasileiro impõe novos valores aos cidadãos; proíbe os pais de educarem seus filhos segundo suas convicções, que são trocadas pela moral estatal; arremete contra todo senso moral e religioso tradicional, para substituí-los pela idolatria estatal: o certo e o errado passam a ser aquilo que o estado dita ao povo. E a imprensa lhe faz coro unânime, sem uma crítica sequer.





Que diferença há entre "O Triunfo da Vontade" e "O Filho do Brasil"?

Nem mesmo o apelo racista foi esquecido. No Brasil de hoje, já prevalecem as cotas e os tribunais raciais, a ditar que é negro e quem não é. Em diversas pesquisas, formulários, requerimentos, concursos e provas conduzidos pelo estado, os cidadãos são coagidos a manifestar informações tais como a cor da pele e o credo. Isto, claro, sem dizer pela indisfarçável opção do atual governo pelo anti-semitismo, da última vez escancarado por um Lula que se nega a deixar flores para o pai da pátria judia.

Atualmente, os jornais vêm anunciando os escabrosos fatos envolvendo o apoio de Lula ao regime iraniano com o tom o mais protocolar possível, como se tal fato não cobrisse o Brasil de medo e vergonha, aos olhos de todos.

E o que dizer da liberdade de expressão, tantas vezes assaltada pelo governo de Herr Lula?

Sim, estamos tal qual estiveram os "tedescos" daquele tempo, e ainda mais porque, tanto quanto eles, os brasileiros idolatram uma figura humana para muito além de suas qualidades (e principalmente, dos defeitos), sem possuir a mínima idéia quanto ao caminho que estão trilhando... Heil, Lula!

4 comentários:

  1. Senhor, sua análise é parcial e um tanto quanto incorreta. Nós, do Partido Alfa, interpretamos esse movimento todo de literaturas disponiveis do periodo nazista (2ª G. Guerra) exatamente ao contrário do que V. Sra. prega. Na verdade, o movimento literário, assim como o surgimento de novos nazistas, Carecas do ABC, Terra Nova em Santa Catarina e Paraná, alem de pitbulls e outros do gênero, todos racistas, não passam de demonstração de uma busca pela excelência que um dia a pátria nazista já representou mundo afora. Até o Pentágono tem um prédio em forma de suástica. Mas são apenas ignorantes, pois agredindo judeus, gays, negros, nordestinos e outros a única coisa que vão conseguir é reponder a inquéritos e processos. Quanto ao PT e seu lider em fim de carreira, estão longe de representar a "excelência" nazista. Muito ao contrário, jogam para a torcida baseados sempre na mentira e na engação de incautos que lhes dão votos. Por ora, enquanto o que foi plantado pelo governo anterior ao seu, no campo economico, perdurar. Mas o prazo de validade está se esgotando. E mesmo usando de todas as táticas de Goebells, não vai adiantar.

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  2. Este fato configura a estratégia marxista-leninista: "Vamos atirar naquilo que não existe para desviar a atenção daquilo que existe".
    O inimigo a ser combatido é o COMUNISMO que se fortalece a cada dia que passa sob suas máscaras sujacentes que é o esquerdismo e o socialismo. É contra isso que as sociedades deveriam focar as suas atenções e não fazerem o papel de "bobos da corte" caindo no maior engodo já produzido: Acreditar que o COMUNISMO acabou.

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  3. Prezado Sr.
    Observo que há uma tendência a extrair do ser humano exatamente o que bem o caracteriza e que é a sua potencialidade humana. Não há outro ser em nosso planeta que possua as condições extraordinárias que o homem detem. Através de um esforço pessoal, individual, podemos nos tornar desde o mais ativo intelectual até o mais ousado malabarista. A realidade está a nos mostrar que a transformação desse potencial em ato é, ou deveria ser, o ideal de qualquer ser humano. Numa outra dimensão, somos seres perfectíveis, isto é, temos a possibilidade de buscar a perfeição lutando contra os vícios e promovendo as virtudes. Traduzindo, dando a César o que é de César e à Deus o que é de Deus. O tema é complexo e longo, mas poderíamos reduzir o comentário dizendo que o que se pretende é reduzir o homem à condição de número, de quantidade em detrimento da qualidade, pois que esta somente se consegue combatendo em duas frentes. Uma de natureza da sobrevivência, profissional, o que instiga ao estudo e a outra, mais difícil, mas no entanto vital, que é o aperfiçoamente pessoal, aquela que atende ao Reino de Deus. "Guarda primeiramente o Reino de Deus e Sua Justiça e o resto te será acrescentado".
    Saudações
    Léo

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  4. Na verdade, o movimento literário, assim como o surgimento de novos nazistas, Carecas do ABC, Terra Nova em Santa Catarina e Paraná, alem de pitbulls e outros do gênero, todos racistas, não passam de demonstração de uma busca pela excelência que um dia a pátria nazista já representou mundo afora.

    Conde-Isso é besteira. Esses grupelhos neonazistas não possuem projeto político e nem de poder. Simplesmente são pessoas desajustadas, que viram no nazismo um souvenir de organização grupal. ~Embora delinquentes, são bem menos ameaçadores do que o MST. Dizer que eles buscam a tal "excelência nazistã" é não ter a menor idéia do que está falando.


    Quanto ao PT e seu lider em fim de carreira, estão longe de representar a "excelência" nazista.

    Conde-Fim de carreira onde,se Lula pretende voltar em 2014? Lula lembra muitos pontos do nazismo, como a demagogia, a manipulação da propaganda e a criação de mecanismos de controles estatais na vida civil.


    Muito ao contrário, jogam para a torcida baseados sempre na mentira e na engação de incautos que lhes dão votos.

    Conde-E Hitler náo fez isso?

    Por ora, enquanto o que foi plantado pelo governo anterior ao seu, no campo economico, perdurar.

    Conde-A política economica nazista, no início, foi bastante parecida com o que FHC fez. Se por um lado, Hjalmar Schacht, fez um ajuste fiscal, por outro, o Estado nazista cresceu os controles estatais.


    Mas o prazo de validade está se esgotando. E mesmo usando de todas as táticas de Goebells, não vai adiantar.

    Conde-Estrutura de poder não é cargo político. Essa sua ingenuidade não o fez compreender Hitler, como o faz não compreender o fenomeno lula.

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