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sexta-feira, 8 de abril de 2011

Quem não sabia? Não em nossos nomes...

Por Klauber Cristofen Pires


Depois do espetáculo do crescimento...da gastança pública, turbinada ainda mais pelas orgias financeiras da campanha eleitoral paga, claro, com dinheiro do contribuinte, rompemos o ano com a ressaca das festas e do mar, que já tiveram o seu fim, e com a enxaqueca da inflação, esta prometendo durar, e muito!

Andei lendo nas colunas dos jornais que o Sr Ministro da fazenda, Guido Mantega, reconheceu que fez as previsões erradas para o ano corrente com relação aos aumentos de preços, mas que ao mesmo tempo se exime de seus equívocos ao alegar que ninguém mais acertou também. Alto aí! Não em meu nome!

Desde os primeiros anos da primeira gestão petista, eu e diversos outros colunistas embasados pelos conhecimentos fornecidos pela Escola Austríaca já vínhamos afirmando que este angu iria desandar a qualquer momento. Pra falar a verdade, até que demorou um bom tanto. Nivaldo Cordeiro, Ubiratan Iorio, Rodrigo Constantino, Leandro Roque, Lucas Mendes,  Bruno Garschagen, Diogo Costa, e tantos outros que me perdoem por não citá-los são apenas alguns nomes que me vêm agora à cabeça, e mesmo sem antecipadamente pedir-lhes a permissão, invoco-os aqui como exemplos de pessoas que durante todo este tempo estiveram corajosamente a alertar sobre a gastança desenfreada da receita de governo petista-lulista.

Agora a fogueira da inflação está a lançar labaredas mais altas a cada dia, superalimentada que foi no passado por muito papel impresso para fabricar dinheiro falso. Obviamente, nenhum dos chamados austríacos ousou dizer que neste mês a inflação seria X,YZ, até porque quem sustenta uma coisa dessas está, antes de tudo, a incorrer em falsidade. A verdade é que ninguém sabe ao certo de quanto pode ter sido a inflação do mês passado e muito menos haverá de honestamente prever um índice futuro "na lata", ainda mais com duas casas decimais. Como muito bem nos ensinou Ludwig von Mises, não há nada nestes cálculos arbitrariamente estipulados que uma mera dona de casa já não saiba com muito mais autoridade.

De fato, tanto no supermercado quanto na bomba de gasolina, na farmácia ou em relação ao aluguel, não há quem acredite nestas percentagens, a cada vez que precisa puxar a carteira do bolso. Tudo subiu muito mais do que os números oficiais, a saltar-nos aos olhos.

Aqui faço questão de recordar ao leitor de certa ocasião em que o então presidente Lula, indagado sobre o motivo pelo qual optou por criar um escandaloso exército de cargos de confiança (DAS), manifestou-se no sentido de que, enquanto haja quem defenda que a prosperidade deve vir de contenções de despesas públicas, ele mesmo entendia que a sua fórmula de prosperidade estava em contratar mais servidores públicos e promover mais gastos governamentais. Pois é, agora ele está muito bem, a proferir palestras milionárias, enquanto nós estamos cá, a pagar por suas fanfarronices.

Faço também questão de recordar que por conta da crise internacional criada pelo estouro da bolha imobiliária norte-americana, cujos efeitos em terras verde-amarelas foram minimizados por Lula ao fazer uso do termo "marolinha", que este senhor instigou todo o povo a comprar de tudo sem medo, e que este  bovinamente seguiu seus conselhos, estimulado que foi por seu governo por meio de políticas de facilitação ao crédito e de desoneração fiscal dirigida para a aquisição de carros, eletrodomésticos e moradias, numa repetição quase idêntica às medidas desastrosas que provocaram o desmoronamento do sistema financeiro na nação ianque.

Agora, que tantos cidadãos sacrificaram as suas rendas de hoje em compras efetuadas no passado por sugestões inconsequentes, vem o Dr Mantega para afundar até a pleura quem já estava mergulhando até a cintura no cheque especial, com um aumento de cem por cento na alíquota do IOF, este peculiar imposto, olhem só, que tributa não a riqueza, a razão de ser natural de um fato gerador tributário qualquer, mas justamente a pobreza, concretizada pela dívida na forma do empréstimo. É mais ou menos como a cena de Cristo a pedir água e se lhe oferecem vinagre em seu lugar. Bem-feito aos que acreditaram em Lula!

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