sexta-feira, 10 de julho de 2015

A proposta da Ideologia de Gênero: revogar a natureza humana e a própria realidade

                                                                                                                                                              por ANDRÉ ASSIS RODRIGUES*
diferenca
Parece-me claro que todos respeitamos o direito de opinar, desde que não haja agressão à liberdade do próximo. Da mesma forma, as convenções sociais e leis estão no ambiente público acima da opinião. Vejamos uns exemplos interessantes de posições pessoais “de minorias”:
– Um cidadão que deseja fumar no restaurante, pois deseja ser respeitado em sua escolha e como minoria, não pode ser oprimido, pois mesmo sendo médico não concorda com a LEI Nº 9.294, DE 15 DE JULHO DE 1996.
– Outro cidadão reclamou da multa que recebeu por não estar usando cinto de segurança; não concorda, já que o corpo é dele.
– Uma cozinheira vegetariana processou o patrão que a despediu “por justa causa”, pois a mesma não queria cozinhar carne na churrascaria.
– Um indivíduo foi proibido de entrar de sunga em um casamento: disse ter liberdade de expressão e de comportamento, e que processaria os noivos.
Cada um dos indivíduos acima poderia, em casa, fumar, ficar sem cinto, usar sunga ou comer apenas vegetais. Mas por que impor isso a toda a sociedade? ISSO FAZ A MINORIA DITADORA: A SUPREMACIA DO “EU” QUE DEVE SER “RESPEITADA” (ADOTADA COMO NORMA!)  POR TODOS. Minoria deve ser respeitada, sim, como a maioria: isso se chama democracia, Estado Democrático de Direito. O discurso vitimista é um discurso retórico vazio que contraria a natureza das coisas. É o mesmo indivíduo que afirma a relatividade das coisas e raspa metade de sua conta bancária ou pega um dos seus imóveis em prol da igualdade garantida na Constituição… Conversar com os loucos parece impossível, pois a sanidade mental e o mínimo de honestidade intelectual são imprescindíveis para qualquer diálogo democrático.
Vamos, enfim, ao tema.
Nos documentos abaixo, do PNE e Conae 2014, observe a falsificação ideológica. Observe, no documento do CONAE 2014, quantas vezes aparecem as palavras GÊNERO e ORIENTAÇÃO SEXUAL (se abrirem como pdf basta inserir “gênero” no item de pesquisa):
– 1) Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado pelo Congresso Nacional: (examine as diretrizes aprovadas no artigo 2, especialmente o item 3, onde não há menção ao gênero: http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13005.htm
– 2) Conferência Nacional de Educação 2014 (CONAE) – Documento final disponibilizado pelo MEC: Veja a falsificação em comparação ao PNE, sobretudo nas páginas 18 e 19, especialmente o item 3, onde o MEC reescreve as diretrizes aprovadas pelo Congresso Nacional, reintroduzindo a ideologia de gênero que havia sido rejeitada pelos parlamentares. Ademais, nas páginas seguintes, há quase duzentas citações dos conceitos de gênero como sendo de adoção obrigatória pelos municípios: http://conae2014.mec.gov.br/images/doc/Sistematizacao/DocumentoFinal29012015.pdf
 Que tal imaginarmos os próximos passos ideológicos?
1) Revogar a Lei da Gravidade em prol dos idosos que caem e têm fratura do fêmur.
2) A partir de agora a mão esquerda será a direita e vice-versa.
3) O Sol não mais esquenta, pois é prejudicial à pele das pessoas. Dessa forma, as águas não mais esquentarão ou congelarão, o vapor e o gelo não são bem-vindos em nossa sociedade.
4) A Lua não mais reflete a luz solar, pois os morcegos manifestam trauma psicológico e precisam dormir à noite.
5) Em prol dos daltônicos, que são minoria, daltonismo não mais é uma variação genética, mas norma: as cores acabaram, só existe cinza.
6) O ouro deixará de ser um metal nobre, passará a ser valorizado como o ferro, e oxidará tanto quanto este. Precisamos excluir as desigualdades.
Tudo é possível à imaginação…
Agora, já não existe uma correspondência entre homem-sexo masculino ou mulher-sexo feminino. Todas as características genéticas, de fenótipos, urológicas e ginecológicas, neurológicas, psicológicas, históricas, antropológicas, etc., devem ser revogadas e deve ser imposta a Ideologia de Gênero. Baseado em quê? Qual o fundamento? Ideologia é algo imposto, não democrático, muito menos científico.
As possibilidades da imaginação são infinitas…mas cada um que faça na sua casa o que lhe apetece, desde que não prejudique o próximo. O Artigo V de Nossa Carta Magna, a Constituição de 1988, garante a liberdade de expressão. A Constituição só não garante a LIBERDADE DE IMPOSIÇÃO.
Algumas implicações futuras a serem consideradas:
1) O que irá acontecer se Marcelo for ao banheiro de mulheres, pois se sentiu mulher, estuprar uma mulher e voltar afirmando ser Manoela? Não existe culpa ou crime? Na verdade foi uma relação homossexual?
2) Se Marcelo tiver ficha suja e, após uma nova construção social do gênero, quiser mudar de nome, seus crimes serão apagados com o novo gênero? Afinal, as pessoas têm o direito de recomeçar.
3) E as heranças? Se disser que a partir de agora não sente mais que é pai de seu filho, pois a genética e a história não contam mais?
Acabou a ordem e a lei: é a supremacia do sentimentalismo! Uma anarquia de valores e normas. Se não mais existem sexo masculino ou feminino e tudo é construção social, do que sinto agora e não do meu ser e do meu dever, não mais existe família, esta que deve ser protegida, que é a base da sociedade. Não me parece diferente da Eugenia do Nazismo: a família é a nova vítima. E o único pai e mãe de todos, quem será? O Estado Maior… Isso me lembra algo sinistro, que não quero viver no Brasil, muito menos representará o país que quero para meus filhos. Se na Alemanha pais de família que tiram seus filhos da aula de “educação” sexual são presos, por que seria diferente aqui?
Algumas referências úteis de vídeos e leituras sobre o assunto:
Audiência Pública. A Ideologia de Gênero na  Legislação Brasileira:  Audiência Pública Ideologia de Gênero na legislação brasileira 18 08 2014
*André Assis Rodrigues é cardiologista. 

Sobre o autor

Instituto Liberal
Instituição sem fins lucrativos
O Instituto Liberal é uma instituição sem fins lucrativos voltada para a pesquisa, produção e divulgação de idéias, teorias e conceitos que revelam as vantagens de uma sociedade organizada com base em uma ordem liberal.

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