Engana-me que eu gosto
Por Armado Soares
O que esperar de políticos e partidos
que querem menores nas ruas matando brasileiros? A sugestão alternativa da
política cavernosa desses políticos é educar os menores criminosos, utopia enganadora
que não se casa com a realidade. Se a educação, aliás, caminho correto para o
reajuste, estivesse em curso no país, programa que nunca existiu esse cenário
criminoso brasileiro vivenciado por menores já devia ter melhorado. Entretanto,
o que se assiste é um cenário crescente de assassinatos realizados por menores.
Um programa de conscientização e educação de menores transgressores para dar
certo no Brasil teria que abranger as famílias dos menores, os adultos bandidos
que usam os menores e sustentam suas famílias que se calam sacrificando seus
filhos por dinheiro sujo. Em resumo um programa dessa natureza requereria um
desenvolvimento nacional capaz de gerar recursos para esse fim, e professores
descontaminados de ideologia comunista. Ao que consta e a realidade confirma,
não existe nenhum programa dessa natureza sequer no papel. Quem permitiu
durante esses últimos quinze anos que a criminalidade atingisse os menores e suas
famílias em escala incontrolável não merecem ser ouvido e muito menos o
respeito da sociedade brasileira.
Deixar que os menores matem brasileiros esperando
reação da sociedade para fazer justiça com as próprias mãos é um comportamento
político velhaco e repugnante. Com o mesmo grau de irresponsabilidade e
cretinice se enquadra a questão do meio ambiente que obstaculiza o desenvolvimento
sob uma capa mentirosa de defesa do planeta. O presidente americano, Barack
Obama, e a brasileira Dilma Rousseff, informa o noticiário internacional,
defenderam em Washington, um acordo mundial ambicioso sobre o clima, afirmando
sua disposição a privilegiar as energias renováveis.
O que há de errado nesse acordo? Uma
hipocrisia do tamanho dos Estados Unidos, da Europa e de outros países
desenvolvidos. É sabido e comprovado que os países desenvolvidos usaram como
bem quiseram o meio ambiente para o seu desenvolvimento, sem se importar com o
que isso representaria para a saúde da Terra. Eles derrubaram suas florestas nativas
substituindo-as por florestas plantadas, implantaram indústrias poluidoras, poluíram
rios, caçaram animais a vontade, mataram índios à vontade contrariando todas as
suas recomendações em nossos dias para a preservação ambiental planetária. Por
que agora, depois de garantirem seu desenvolvimento estão preocupados com o
meio ambiente terráqueo? Desenvolvimento para eles agora significa poluir o
meio ambiente? Como desenvolver uma região? Qual o modelo sugerido?
Desenvolvimento sustentável? O que é
desenvolvimento sustentável proposto senão uma falácia, uma maneira de dominar
a região sem a percepção do seu povo. Ninguém sabe dizer o que, de fato,
significa, na prática, “desenvolvimento sustentável”, ou “crescimento
sustentável”. Nenhum cientista, nenhum político, sabe como implementar o
“desenvolvimento sustentável” numa sociedade. Sim, porque, na realidade, o que
todo mundo sabe, mas não sabe como traduzir isso em termos viáveis, é que, no
fundo, no fundo, “crescimento sustentável” quer dizer “crescimento zero” e
eliminação dos “excessos” populacionais – o que, comumente costuma ser chamado
de “controle populacional”, “controle da natalidade”, ou “planejamento
familiar”. Não existe no mundo nenhum país que se desenvolveu com o modelo de
“desenvolvimento sustentável”. Desafio a quem provar em contrário.
O objetivo de toda essa lambança
ambiental é o poder. A chave para a conquista do poder é o movimento
ecologista, os partidos ambientalistas. Enquanto houver pobreza e
subdesenvolvimento na Amazônia, o desmatamento ilegal vai continuar. Portanto,
fazer de conta de que uma política ambiental mesmo com características
policialesca, vai conter o desmatamento ilegal é uma atitude irresponsável. A
prioridade na Amazônia diante de uma realidade socioeconômica doente é
incentivar investimentos privados para dar partida ao desenvolvimento
econômico. O jornal Estado de São Paulo produziu um trabalho intitulado “Favela
Amazônia - um novo retrato da floresta”. Segundo o jornal, um terço da
população das grandes e médias cidades da Amazônia vive em territórios do
tráfico e com violações de direitos humanos. Nas periferias da maior floresta
tropical, a qualidade de vida é pior que nos morros e nas favelas de Rio de
Janeiro e São Paulo. O jornal Estado encontrou uma nova realidade na Região
Norte, onde máfias desviam cartões do Bolsa Família e da Previdência, grupos
manipulam relatórios de vacina e mortalidade infantil e milícias tomam o espaço
dos antigos pistoleiros. Diante do aumento do êxodo provocado por políticas
públicas, a fronteira e a mata perdem moradores e os assassinatos de sem-teto
nas periferias superam homicídios por disputas de terra. O retrato fiel da
Amazônia começa a ser divulgado para que a sociedade brasileira se conscientize
do desserviço que presta à região a política ambiental brasileira. Acreditamos
que no Brasil ninguém conscientemente é contra o desmatamento ilegal por simples
prazer de desmatar. Se existe desmatamento ilegal na Amazônia é porque a
atividade é estimulada e beneficia economicamente algum setor da economia
dentro e fora do Brasil. Também se deve levar em consideração que uma floresta
rica como é a amazônica, onde existem na sua maioria núcleos populacionais empobrecidos,
incluindo os índios, a única alternativa econômica para a sobrevivência é explorar
a floresta, inclusive com desmatamento ilegal. Ademais a região amazônica
padece de uma estagnação econômica secular e vem sendo impedida de sair desse
círculo vicioso por políticas públicas desastrosas, sendo a mais recente a
política ambiental que privilegia a preservação ambiental e simplesmente ignora
o meio humano, tipo de política governamental intervencionista que acredita ou
faz de conta que acredita que preservando a floresta, o meio ambiente,
ignorando o ser humano, pode, num passe de mágica, erradicar a pobreza e o
subdesenvolvimento. O que os amazônidas querem é ver a região desenvolvida
assimilando o progresso cientifico, novas tecnologias associando-as a
exploração das riquezas naturais. Os amazônidas estão cansados de servirem de
massa de manobra e assistirem o poder público e político usarem a região como
produto de troca perenizando currais infames de pobreza. Ao que parece a
Amazônia está representado para os Estados Unidos, Europa e outros países
desenvolvidos, além de um almoxarifado estratégico econômico, uma espécie de
compensação florestal, ou seja, Estados Unidos, Europa e Ásia depois de destruírem
suas florestas nativas querem intacta a floresta amazônica como compensação.
O objetivo de toda essa lambança ambiental
é o poder. A chave para a conquista do poder é o movimento ecologista, os
partidos ambientalistas. O Clube de Roma começou esses partidos. (…) O
movimento ecológico transcende fronteiras, porque englobam tanto a esquerda
como a direita (…). As pessoas não acreditam nos políticos, mas elas acreditam
nos ambientalistas. (“…) e então os chefes-de-estado também mudam as suas
ideias.»
Segundo estudos realizados pela
Embrapa Monitoramento por Satélite existem poucas áreas disponíveis para
desenvolver a Amazônia em razão da ação do garrote imposto pela política
ambiental. Sei que escrever sobre política ambiental é perda de tempo, diante
do despejo gigantesco de dólares que fertiliza os negócios ambientais, escrevo,
portanto, para novas gerações que poderão melhor avaliar o crime praticado
contra o ser humano, mormente agora quando ‘luminares’ publicaram um Manifesto
Eco Modernista que confirma a certeza de um comando mundial sobre a economia.
Armando Soares – economista
e-mail: teixeira.soares@uol.com.br
Soares é articulista de LIBERTATUM
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