Foco comunista institucional
Por Armando Soares
Sergio Renato de Mello, defensor
público, produziu um excelente artigo, em 26 de dezembro de 2016, intitulado
“Pequena contribuição jurídica para o Congresso Brasil Paralelo”, publicado por
Rodrigo Constantino, que merece respeito pelo seu conteúdo corajoso que mostra
como os constituintes produziram uma constituição marxista brasileira. Vou me
apoiar nesse documento da verdade para a produção do presente artigo.
Para
criar uma nação torna-se necessário a criação de regras que contém instituições
com competência de governar escrito através de um documento, um poder
denominado constituinte que persegue uma ordem jurídica, ou seja, leis para ser obedecido,
documento que se dá o nome de constituição. É a constituição que vai determinar
o limite de intervenção do Estado na sua relação com os indivíduos, com os
brasileiros.
A
constituição de 10 de outubro de 1988, a qual se afirma ter sido supostamente
promulgada pela vontade popular, na realidade foi promulgada pela vontade de políticos
corruptos caçados, políticos demagogos, políticos profissionais viciados,
socialistas, comunistas, ambientalistas representantes do Establishiment anglo-americano e de países a eles ligados,
sindicalistas fascistas e comunistas, intelectuais comunistas e socialistas,
facções comunista da igreja católica, entre outros simpatizantes do comunismo,
como se tem prova no livro da jornalista canadense Elaine Dewar, Uma Demão de Verde, e do livro de Lorenzo
Carrasco e Silvia Palacios, Quem Manipula os Povos Indígenas contra o
Desenvolvimento do Brasil, e muitos outros trabalhos realizados por uma
plêiade de estudiosos do Brasil, da Amazônia, do indigenismo e do meio
ambiente. Se a constituição foi bastante detalhada e só reformulada por procedimentos
especiais tinha por objetivo manter defesa a sua característica social e
dirigente para facilitar a transformação do Estado um ente comunista.
Os
comunistas e socialistas vêm tentando comunizar o Brasil desde o inicio de seu
processo civilizador, como pode ser se constatado no rompimento progressivo de
nossos costumes e tradições judaico-cristãs enraizado nas famílias, e no estímulo
estúpido da luta de classes alimentado pela mídia e ideólogos doentes mentais.
Quem se
dispuser a ler e interpretar a constituição de 88 vai encontrar nas entrelinhas
com destaque o termo bem-estar e uma preocupação dos constituintes com os
pobres e minorias desprotegidas. Extrai-se da leitura e interpretação da
constituição a cantilena comunista de que para gerar justiça social e bem-estar
aos pobres e minorias desprotegidas, a riqueza produzida no país tem de ser
equanimemente distribuída.
No
ambiente da constituinte prevaleceu os ideais comunistas e a vingança aos
militares que gerou como produto dar destaque ao bem-estar social acima do
alicerce para a ordem econômica, ou seja, o bem-estar como instrumento do
comunismo se sobrepõe a livre iniciativa, o que na prática funciona como
obstáculo para desacelerar o motor da economia.
O
momento brasileiro estampa com clareza que o marxismo institucional é o
responsável pelo fechamento de várias empresas que não suportam a carga
tributária, um verdadeiro confisco que atinge mortalmente pessoas físicas e
jurídicas, confisco que é enriquecido pela nocividade das leis trabalhistas e
previdenciárias, cenário que leva os agentes econômicos a cometer fraudes
fiscais, com perda do investimento, contribuindo ainda mais para aumentar a
taxa do desemprego, desgraça programada por bandidos ideologizados que vem
sustentando advogados inescrupulosos mancomunados com trabalhadores desonestos.
A
constituição marxista brasileira usa o poder para centralizar suas ações
deixando pouca coisa aos Estados e quase nada para os municípios, uma forma
perversa e idiota de administrar os interesses da república que está levando
estes entes republicanos à penúria impossibilitando que eles se desenvolvam
restringindo ainda mais a possibilidade de arrecadação de impostos, o que
agrava mais a crise financeira, o que a isso se soma a incompetência dos
governantes e a corrupção, ambiente ideal para gerar o caos político que
favorece a estratégia comunista.
Um novo
Brasil só pode nascer com apoio de um povo bem informado da realidade em que
vive, não há outra maneira de se livrar da contaminação marxista cultural e
econômica que remeteu para o Estado a solução de todos os problemas individuais.
Adotando uma conduta empreendedora, priorizando a livre iniciativa o país terá
condições de se desenvolver, gerar empregos, arrecadar Impostos na proporção do
crescimento econômico dentro de uma economia de mercado liberal capitalista,
que é a única possibilidade de garantir o bem-estar a todas as camadas sociais,
lembrando, entretanto, que tudo isso só será possível, factível se houver uma
nova constituição liberal.
Enquanto
o brasileiro trabalha arduamente para garantir seu sustento e de sua família,
as mentes de seus filhos são envenenadas nas escolas e nas universidades por
professores comunistas, ambientalistas-indigenistas, estabelecendo sério
conflito no seio das famílias brasileiras dificultando o desenvolvimento
econômico. Ciclo vicioso que precisa ser interrompido
para cuspir fora a interferência comunista na formação de novas gerações com
capacidade de dinamizar a economia.
O
momento brasileiro cabe buscar o pensamento de Ayn Rand: “Não é da natureza do Homem – nem de nenhuma entidade viva – começar já
desistindo, cuspindo na própria cara e amaldiçoando a existência, isso requer
um processo de corrupção cuja rapidez varia de homem para homem. Alguns
desistem ao primeiro toque de pressão, se vendem, outros mais definham através
de graus imperceptíveis e perdem sua chama, jamais sabendo quando e como a
perderam. E então todos eles desaparecem no vasto pântano dos mais velhos, que
lhes dizem persistentemente que a maturidade consiste em abandonar a própria
mente, a segurança, em abandonar os próprios valores; a praticidade, em perder
a autoestima. No entanto, alguns poucos resistem e seguem adiante, sabendo que
a sua chama não deve ser traída, aprendendo a dar-lhe forma, propósito ou
realidade. Mas qualquer que seja seu futuro, no nascer de suas vidas, as
pessoas buscam uma visão nobre da natureza do Homem e do potencial da
existência. Não importa que apenas que alguns em cada geração entendam e
alcancem a realidade total da estatura apropriada do Homem – e que o resto a
traia. São esses poucos que movem o mundo e dão a vida seu significado – e é a
esses poucos que eu sempre procuro me dirigir. O restante não me diz respeito,
não é a mim que eles traem é as suas próprias almas”. (Ayn Rand – Nova York,
maio de 1968)
Que as
palavras sábias dessa grande mulher consiga despertar “esses poucos” que podem
mover o Brasil para o melhor caminho empunhando a bandeira da liberdade de
braços com a livre iniciativa e o empreendedorismo.
Armando Soares – economista
Soares é articulista de Libertatum