sábado, 28 de fevereiro de 2015

Ajuste previdenciário é prolongamento de um sistema falido

previdenciaUm dos principais pontos do ajuste fiscal a ser promovido pelo PT para tentar conter a sangria de dinheiro público criado pelo próprio partido é uma diminuição das concessões de benefícios previdenciários, criando-se o sistema 85/95. De acordo com o Ministro da Previdência Social, o atual sistema previdenciário é bom e só precisa de ajustes, sendo um desses ajustes a implantação de um sistema onde as mulheres se aposentam com 85 anos e os homens com 95 anos, pois, também de acordo com o Ministro, a expectativa de vida do brasileiro é de 84 anos e um brasileiro se aposenta, em média, com 54 anos.

Podemos começar argumentando que, embora estudos da iniciativa privada e do setor público apontem que um brasileiro realmente se aposenta na média com 55 anos, a expectativa de vida do brasileiro não é de 84 anos, mas de 74,0 anos, sendo a expectativa de vida dos homens de 71,3 anos e das mulheres de 78,6 anos. Com esses dados, já podemos refutar alguns argumentos do Ministro.
A primeira refutação se dá no tempo médio de aposentadoria, que não é de 30 anos, como argumenta o Ministro, mas de 20 anos. Além disso, um sistema em que um homem, que vive em média 7,3 anos a menos que as mulheres, passaria a se aposentar dez anos depois das mesmas, praticamente condena o homem a uma vida de trabalho, sendo descontado dele um custo previdenciário que nunca lhe será retornado.

Apresentadas essas pequenas correções pontuais, o raciocínio seguinte é mais intrigante: qual o problema em se aposentar? Quando o Ministro conclama ser um absurdo que alguém se aposente e fique 30 anos sem trabalhar (ou 20, se considerados os números aqui apresentados), o Ministro dá a entender que ser um aposentado é um fardo para a sociedade, e que a aposentadoria de alguém é algo intrinsecamente ruim. O problema é que isso só é ruim por conta do sistema previdenciário que adotamos.

O sistema previdenciário brasileiro padrão é o sistema de repartição. A ideia é bastante simples: um trabalhador ativo paga a aposentadoria dos aposentados de hoje na expectativa de que, quando ele vier a se aposentar, o trabalhador da ativa de amanhã pague pela sua aposentadoria. Esse sistema transforma, obviamente, o aposentado em um fardo para o trabalhador da ativa, assim como o aposentado de outrora foi um fardo para o trabalhador de outrora.

Um sistema previdenciário alternativo é o sistema de capitalização, utilizado no Brasil apenas marginalmente em contratos de previdência privada e complementação de previdência pública acima do teto. A ideia é que o trabalhador poupe parte do seu dinheiro, e esse dinheiro vai para um fundo de aplicações para, quando o trabalhador assim desejar, ele possa se aposentar usando o dinheiro que ele próprio poupou, ainda que compulsoriamente.

Nesse segundo sistema, se a pessoa quiser se aposentar com 40, 50, 60 ou 100 anos é problema do próprio indivíduo, pois arcando ele com os custos dessa previdência, se no futuro faltar dinheiro para sua própria aposentadoria, a responsabilidade será dele mesmo. A previdência se torna automaticamente sustentável, ao contrário do sistema de repartição, onde quanto mais o padrão de de vida e a expectativa de vida melhoram, mais prejuízo a sociedade tem.

Ficar reformando um sistema que não tem salvação é perda de tempo. Uma nova visão precisa ser implementada com urgência, sob pena de, na prática, a previdência social deixar de ser uma contribuição com finalidade de retorno para ser um simples tributo não retornável, já que nenhum brasileiro viverá o bastante para atingir a idade de aposentadoria a ser estipulada pelo governo.
OBS: para ler mais a respeito do sistema de repartição, recomenda-se esse artigo.


Sobre o autor

Bernardo Santoro
Diretor do Instituto Liberal
Mestre em Teoria e Filosofia do Direito (UERJ), Mestrando em Economia (Universidad Francisco Marroquín) e Pós-Graduado em Economia (UERJ). Professor de Economia Política das Faculdades de Direito da UERJ e da UFRJ. Advogado e Diretor-Executivo do Instituto Liberal.
Matéria extraída do website do Instituto Liberal

"Convocarei o nosso Exército, o MST, para enfrentar nas ruas essa situação" Lula. 



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Os bandidos comunistas do pt tiraram o que lhes restava de máscara! Estão convocando os criminosos do MST para implantar a ditadura proletária no país.

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Que metam a cara os bárbaros!
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O extenso estudo do Prof. John R. Lott Jr., publicado em 1999 e baseado em fatos concretos, o qual não deixa dúvidas de que quanto mais armas nas mãos de cidadãos honestos, menos crimes, mais uma vez é confirmado, e agora por uma por uma pesquisa feita pelo governo americano e pelo Instituto Pew Research, conforme demonstra o quadro “Números”, no final, publicado pela Revista Veja, edição 2321 de 15/05, página 44.
Segundo a pesquisa realizada no período de 1993 a 2010, a queda no número de crimes contra a propriedade foi de 61% e a queda de homicídios cometidos com o uso de armas de fogo foi de 49%.
Enquanto isso, no país onde o governo desarma o cidadão de bem deixando-o à mercê da bandidagem, o número de homicídios aumentou 72%.
Alguns poderiam perguntar: “mas será que o governo brasileiro não enxerga essa realidade?”  Sim, ele enxerga, mas o verdadeiro objetivo do desarmamento civil é o controle social para implantar aqui um estado totalitário.
O PLD vem afirmando esse único objetivo dos desarmamentistas desde que surgiram as primeiras falácias, cuja cortina de fumaça era “diminuir a criminalidade”. As verdadeiras razões do desaramamento civil vem muito bem explicadas, inclusive identificando os promotores do desarmamento mundial, no excelente artigo do Prof. Marcos Coimbra que segue, ao qual enviamos o nossos cumprimentos.

Verdadeiras razões do desarmamento

Marcos Coimbra* – 08/05/2013
Os hoplófobos persistem em sua mal intencionada ação de desarmar o cidadão digno e de bons costumes, em nome da ONU, apesar de existir relatório da própria entidade, elaborado em 2011, reconhecendo que o desarmamento da população não reduz a incidência de crimes violentos.
Sabemos que as estatísticas demonstram que o desarmamento da população, na verdade, aumenta a incidência de crimes violentos (além de preparar o terreno para assassinatos em massa e a implantação de ditaduras sanguinárias). Em qualquer tragédia é realçado o fato de que um criminoso usou armas de fogo, porém é omitido o que teria ocorrido caso algum cidadão estivesse de posse de sua arma de fogo. Haveria reação e seguramente o criminoso seria abatido.
Jornalistas do britânico The Guardian foram aos fatos e os apresentaram de maneira sintética e inteligente, levantando um quadro factual da momentosa questão da posse de armas por cidadãos honestos x criminalidade violenta em todo mundo: ( www.guardian.co.uk/news/datablog/interactive/2012/jul/22/gun-ownership-homicides-map ).
A grande patrocinadora do movimento de desarmamento do Brasil é a ONG Viva Rio, fundada em novembro de 1993, em consequência do seminário internacional: Cidadania Participativa, Responsabilidade Social e Cultural num Brasil Democrático, realizado no Rio de Janeiro, com o patrocínio e a participação das fundações Rockefeller, Brascan, Kellog, Vitae e Roberto Marinho.
Ela é filiada à Iansa (International Action Network of Small Arms – Rede de Ação Internacional de Armas Pequenas), um conjunto de 186 ONGs, fundada em maio de 1999, criada com o objetivo de atuar como uma central de coordenação da campanha internacional de desarmamento para permitir a implantação de um governo mundial, que atuaria com a utilização de uma força de paz das Nações Unidas, sob o comando dos “donos do mundo”.
Dentre os participantes do Viva Rio, destacaram-se o banqueiro David Rockefeller, o então chanceler FHC, fundador do Viva Rio que sempre atuou em estreita coordenação com ONGs internacionais como a Human Rights Watch e o Conselho Mundial das Igrejas (CMI).
É de se notar que a Human Rights tem entre os seus patrocinadores o megaespeculador George Soros, cujas fundações promovem a campanha de desarmamento e legalização do uso de entorpecentes.
 A campanha de desarmamento civil no Brasil não é proveniente de uma iniciativa própria, mas sim do resultado de um esforço internacional realizado por uma rede de instituições ligadas ao “establishment” oligárquico, em especial o seu componente anglo-americano-canadense.
O desarmamento da população se segue a uma série de medidas visando ao desmantelamento das Forças Armadas e a reestruturação das forças policiais civis e militares.
Em dezembro de 1995, durante um seminário internacional promovido no Rio de Janeiro pelo Ministério da Justiça, pelo movimento Viva Rio e pela Police Foundation dos EUA, o então secretário-geral do Ministério da Justiça, Sr. José Gregori, anunciou que o Viva Rio seria encarregado da elaboração de um projeto para orientar a nova Política de Segurança Pública do Governo Federal, uma doutrina de segurança cidadã, para ocupar o vazio que existe desde a doutrina de Segurança Nacional do governo.
O modelo econômico neoliberal adotado pelas últimas administrações conduz à miséria, à pobreza, ao desemprego, à exclusão social, ao desmantelamento do Estado Nacional Soberano, ao desmonte do sistema de repressão, do Judiciário ao Penal, passando pelo Ministério Público. É importante adotar medidas de prevenção, com políticas públicas adequadas, bem como combater a disseminação das drogas, inclusive as legais, como o álcool.
É notório o elevado grau de correlação entre o aumento do consumo de drogas e a violência, ocasionando o incremento da ocorrência de crimes. Especialistas insuspeitos afirmam que cerca de 90% das mortes são ocasionadas pelo seu tráfico e consumo, bastando assim que os usuários parem de consumir, para diminuí-la significativamente. Chega de hipocrisia. Vamos combater o verdadeiro inimigo.
Marcos Coimbra
Conselheiro Diretor do Cebres, titular da Academia Brasileira de Defesa e da Academia Nacional de Economia e autor do livro Brasil Soberano.
José Luiz de Sanctis
Coord. Nacional


Ideologia de Gênero: Revolução Semântica e a experiência, estilo Auschwitz, de John Money

Autor: Edson Oliveira   |  

Segundo os defensores da Ideologia de Gênero, nós não nascemos homem ou mulher, a diferenciação sexual seria apenas um acidente anatômico que “convencionalmente” são tidos como masculinos ou femininos. Nossa "suposta" identidade sexual é, para eles, uma mera imposição do ambiente em que fomos educados.

Ideologia de Gênero, se já não for, certamente será a principal bandeira revolucionária. Diversos países já estão aprovando leis ou adotando políticas inspiradas nessa corrente ideológica.

(Foto ao lado: Dr. John Money, psicólogo e adepto da "Ideologia de Gênero" que fez uma das experiências médicas mais monstruosas da História do século XX)

Exemplos não faltam. A difusão no mundo inteiro dessa ideologia começou na IV Conferência Mundial da ONU sobre a Mulher em Pequim -1995. Neste ano, na França, o Ministério da Educação introduziu nas aulas de ciências naturais o tema. No Canadá os termos pai e mãe foram substituídos por "fornecedores de energias genéticas" e na Espanha por "progenitor A" e "progenitor B". Uma escola na Suécia proibiu que seus funcionários tratassem as crianças como meninos ou meninas. Na 55ª sessão da Comissão sobre o Status da Mulher, do Conselho Econômico e Social da ONU, acrescentou-se um novo parágrafo preambular no relatório definindo gênero conforme essa ideologia. Enfim, entre muitos outros exemplos, no Brasil, com o PNDH-3, o governo visa "desconstruir a heteronormatividade".

Revolução Semântica

Nas aulas básicas de português, aprendemos que gênero é a classificação de masculino ou feminino a uma classe gramatical. Mas para os defensores da Ideologia de Gênero o termo é esvaziado de seu conteúdo  conhecido e adquire outro de cunho ideológico. Para eles, gênero indica que o ser humano nasce sem sexualidade biológica e psicológica definida.

Essa instrumentalização das palavras, em que seus conceitos são redesenhados para atingir metas ideológicas ou políticas, sem que o leitor incauto seja avisado, trata-se de uma verdadeira "Revolução Semântica".

A engenharia lexical revolucionária tem trabalhado muito nestes últimos tempos, não só modificando o sentido das palavras (ex.: paz, democracia, justiça, elite, povo), como cunhando outras (homofobia, heteronormatividade, gay, homoafetividade) que são usadas como poderosas armas psicológicas para a tentar mudar a mentalidade da opinião pública.

História de uma monstruosa experiência médica

Brian e Bruce no colo de sua mãe
Janet Reimer
Na década de 1960, na Universidade de Johns Hopkins (Baltimore, EUA), o neozelandês Dr. John Money - ardoroso defensor dos casamentos "abertos", da prática do sexo grupal e bissexual, do incesto e da pedofilia – defendia exatamente essa tese de gênero.

Em 1965, na cidade de Winnipeg, EUA, o jovem casal Janet e John Reimer tiveram dois filhos, gêmeos univitelinos, Brian e Bruce. Aos oito meses de idade, os meninos foram submetidos a uma má cirurgia de circuncisão, em que foi usado, por razões não explicadas, não um bisturi, mas uma agulha de eletrocauterização, que ocasionou a perda completa do órgão genital de Brian.

Os pais procuraram, então, o psicólogo Dr. John Money, que haviam visto em uma entrevista afirmando que os bebês nasciam sexualmente neutros e que a identidade masculina ou feminina era definida exclusivamente pelo modo com que fossem educados. Essa estranha tese pareceu aos ouvidos do casal como uma solução para o problema de Brian.

John Money viu no caso de gêmeos univitelinos a oportunidade perfeita para sua sinistra experiência. Brian seria transformado em uma menina, enquanto que Bruce permaneceria homem e serviria como elemento de comparação. Indicou, então, ao jovem casal a cirurgia para a mudança de sexo de Brian, a quem os pais passaram a chamar de “Brenda”.

Depois que voltou a ser menino,
Brian adotou o nome de
Dadiv Reimer. Acima, "Brenda"
Dr. Money também recomendou aos pais que tratassem sempre Brian como uma menina e nunca contassem nada aos dois filhos, enquanto que John Money acompanharia o desenvolvimento das duas crianças.

Segundo diversas publicações de Money, como em seu conhecido livro Man & Woman, Boy & Girl, a experiência tinha sido um sucesso: Bruce “era um menino forte e levado”; "Brenda", sua "irmã", “era uma doce menininha”. Money ganhou fama com esse êxito e a revista TIME publicou uma longa matéria sobre isso.

Mas depois de algum tempo o próprio Money não tocou mais no assunto e isso chamou a atenção de Dr. Milton Diamond, da Universidade do Havaí, que escreveu um artigo, em coautoria comKeith Sigmundson, mostrando uma realidade bem diferente da versão de Money.

Dr. Milton descobriu que “Brenda” se rebelava contra as vestes femininas desde os dois anos de idade, não gostava de brincar com bonecas preferindo os brinquedos do irmão, tinha um comportamento visivelmente masculino no ambiente escolar e dizia constantemente aos pais que não se sentia uma menina. Mas estes tentavam convencer a pobre criança de que se tratava apenas de uma “fase” difícil na vida dela que logo passaria. A mãe certa vez tentara suicidar-se pela situação causada e acabou ficando depressiva.

Ao final, John Money desapareceu da vida dessas pessoas e o pai acabou revelando toda a verdade a Brian, que então contava com 14 anos de idade. Buscaram apoio médico, fizeram inúmeras cirurgias para reverter a situação e então o menino passou a ter uma vida masculina normal, trocou o nome para Dadiv e casou-se com uma bondosa moça.

Mas, apesar disso, era difícil normalizar a vida. Brian tentou suicidar-se, a primeira vez aos 20 anos, o pai dele virou alcoólatra e o irmão começou a usar drogas. Sua esposa o abandonou depois de 14 anos por não suportar mais o estado depressivo constante de Brian. Seu irmão, em 2001, se suicidou com medicamentos.

Brian, ruído por um sentimento de culpa que ele não teria que ter, atribuiu a morte do irmão como consequência do que se passou em sua vida.

Em 2003, aos 38 anos, Brian matou-se com um tiro poucos dias depois do abandono da esposa.

Até então, Dr. John Money continuava na Universidade Johns Hopkin e, pelo "sucesso" de sua experiência divulgada na grande mídia, procedimentos cirúrgicos análogos foram feitos em outros bebês.

Esse é o resultado da Ideologia de Gênero.
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Referência:

TELLES, Sérgio, “O caso de David Reimer e a questão da identidade de gênero”, IN International Journal of Phychiatry, Julho de 2004. Disponível em:  http://www.polbr.med.br/ano04/psi0604.php - acessado em 21/10/2011.

LODI, Pe. Luiz Carlos, "Gênero: que é isso?",Disponível em: http://www.providaanapolis.org.br/genero.htm - Acessado em 21/10/2011.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Falácias marxistas: o exército industrial de reserva

Por que existe desemprego?
Por que existe desemprego?
Imagine um mercado de limões. O preço do limão é determinado de acordo com a oferta e a demanda. Se a oferta aumenta, o preço cai. Se a oferta diminui, o preço sobe. Digamos que o preço de equilíbrio seja quatro reais o quilo. Para esse preço, não existe excesso nem de oferta, nem de demanda. Suponhamos agora que o governo, para favorecer os consumidores, estipule um preço de três reais o quilo. Qual será o resultado? Haverá escassez de limões no mercado. Imagine agora o contrário. O governo, para favorecer os produtores, tabele o preço do limão em cinco reais. O que vai acontecer? Haverá excesso de oferta, irão sobrar limões no mercado. Qual lição podemos tirar desse exemplo tão simples? Fácil, que os preços, salvo algumas exceções, devem se formar no mercado.
Esse exemplo, tão singelo, serve também para o mercado de trabalho? Sim, o mercado de trabalho não é muito diferente do mercado de limões. Oferta e demanda se ajustam em um preço de equilíbrio. O desemprego somente vai ocorrer se houver intervenção nesse mercado – seja do governo, seja dos sindicatos. Resumindo, o desemprego persistente tem sempre uma natureza institucional.

Vamos em frente. Avanço tecnológico gera desemprego? Se você respondeu sim, sugiro que volte e comece a ler o texto desde o início. A tecnologia gera transformações no mercado de trabalho, mas não desemprego. Por exemplo, até meados dos anos 1950, a maior parte da população brasileira vivia no campo. Com a mecanização da lavoura, essa mão-de-obra se deslocou para a indústria. E, posteriormente, com o avanço da automação e da robótica, os trabalhadores começaram a migrar da indústria para o setor de serviços.

Eu poderia dar vários exemplos aqui, mas vamos ficar com somente um. Como o avanço da informática impactou o mercado de trabalho? Ele criou mais postos de trabalho ou diminuiu? O avanço da tecnologia funciona sempre da mesma forma. Ele aumenta a demanda por mão-de-obra mais qualificada e diminui a demanda por mão-de-obra pouco qualificada. Com o desenvolvimento da informática, surgiu uma demanda por novos profissionais: programadores, técnicos e analistas. Por outro lado, diminuiu sensivelmente a demanda por datilógrafos e auxiliares de escritórios.
No século XIX, Karl Marx disse que o avanço da maquinaria, ou a substituição do homem pela máquina, gerava um excedente de desempregados, que ele chamou de exército industrial de reserva. Ou seja, o capitalismo, pela sua própria natureza, cria um contingente de trabalhadores inativos. Esse exército de desempregados faz com que os salários permaneçam baixos e inibe os trabalhadores empregados de reivindicarem aumentos.

Essa compreensão acerca do funcionamento de uma economia de mercado é muito tosca, mesmo levando-se em consideração a época em que Marx viveu. Não sabemos nem nunca saberemos se Marx de fato acreditava nessa tolice ou se queria ardilosamente, por meio dela, insuflar trabalhadores numa luta contra o capitalismo.

O avanço da tecnologia – ou, a substituição do homem pela máquina – não gera desemprego. Todo desemprego é gerado por normas intervencionistas elaboradas pelo governo ou pelos sindicatos.
Por incrível que pareça, a teoria de um exército industrial de reserva, de tão fácil refutação, atravessou séculos e continua viva até hoje, em pleno século XXI. Socialistas ainda costumam dizer que os trabalhadores ganham pouco porque o capitalismo gera um contingente de trabalhadores desempregados. É incrível a capacidade que o ser humano tem de criar suas próprias fantasias e acreditar nelas. Que realidade mais azeda essa! Tão azeda quanto um limão.




Sobre o autor

Ivan Dauchas
Ivan Dauchas é economista formado pela Universidade de São Paulo e professor de Economia Política e História Econômica.
Matéria extraída do website do Instituto Liberal