“Os homens são diferentes em suas virtudes, se
possuírem alguma, mas são semelhantes em seus vícios.”
(Ayn Rand)
A luta
do homem historicamente sempre foi para produzir e criar com liberdade. A esse
caminho sempre se opôs o coletivo, o comunismo, o parasitismo e o socialismo. Essa
luta se fez sentir em vários países e momentos históricos. Há países que na sua
construção priorizaram o valor individual, outros priorizaram o coletivo. Os
Estados Unidos da América é exemplo de país que sempre defendeu o princípio da
liberdade individual e, pois, a sociedade livre, da qual a economia de mercado
constitui o escudo e a base de suporte. Diferente da União Soviética e Cuba que
são exemplos da valorização do coletivo, ou seja, do comunismo.
Os
países coletivistas justificam sua preferência pela necessidade de coerção
total, por ser o melhor caminho para atingir a liberdade. Segundo esses
libertários as avessas, as pessoas fazem estardalhaço demais a respeito da
liberdade, que segundo eles é uma palavra vaga e superabusada. Os comunistas,
que acham que todas as pessoas são idiotas, afirmam que a felicidade só se
alcança em uma sociedade regulada que tivesse um padrão definido e uma forma
unificada. Ninguém teria que fazer nada, exceto trabalhar para o bem comum. Essa
política e filosofia são as que os comunistas mal intencionados veem impondo ao
Brasil e usam para esse fim o dinheiro gerado da criação de quem produz
individualmente. Essa política está criando parasitas que dependem dos outros, pois
nada produzem. Não se trata de outra coisa senão uma armadilha para pegar os
incautos. O certo não é criar nada, mas é dar. Como alguma coisa pode ser dada
antes de ser criada? A criação, portanto, precede a distribuição, e não o
contrário. Essa estupidez só cabe na cabeça de desajustados. Na realidade toda
essa tolice é para justificar o inchaço do Estado que nada produz. Trata-se de
uma maneira de usar o dinheiro público para outros fins inconfessáveis. O
Estado, para poder manipular o dinheiro e o eleitor sustenta os parasitas com o
trabalho gerado pelo individuo criador. Essa é a mágica.
O Brasil
foi construído com uma preocupação de tirar proveito do governo, de aliviar o
sofrimento dos outros para disfarçar do seu ato imoral, de não criar nada importante,
de não enaltecer o indivíduo, esquecendo que o sofrimento é uma doença, ou
seja, é uma filosofia perversa que precisa que os outros sofram para que
existam virtuosos. É da alma comunista, socialista e coletivista convencer as
pessoas que o altruísmo é o único princípio moral mais importante que a
liberdade, o único caminho para a liberdade, isto porque, eles justificam que a
liberdade é um conceito obsoleto. Para eles o futuro de uma coletividade depende
da coerção e é burrice falar em escolha pessoal. Portanto, não existe uma
pessoa, existe apenas uma entidade coletiva. Os comunistas controlam as massas sabendo
que são volúveis e sem cérebros, por isso fácil ser lideradas. Os comunistas,
os coletivistas se especializaram em conduzir as massas ignaras. Para os
comunistas só o coletivismo se presta para atender as necessidades das pessoas,
as vantagens pessoais devem ser eliminadas para não atrapalhar o processo
escravocrata. A construção da América do Norte é a prova maior que o
individualismo é o melhor caminho, e, por isso se transformou em um país de
maiores conquistas, de maior prosperidade e de maior liberdade, tudo baseado no
direito do homem de buscar a felicidade, a sua própria felicidade, não a de
qualquer outra pessoa.
O Brasil,
em razão de um passado político vergonhoso, herdou coisas muito ruins. Uma
delas foi ter se tornado o reinado do coletivismo e o reinado do parasita que
vive à custa dos outros. Esse comportamento levou os homens a um nível de
indecência intelectual nunca igualado em nenhum outro momento histórico do
país, e está causando horror e espanto numa escala social sem precedentes. Essa
herança política envenenou e está envenenando grande parte das mentes e engoliu
a maior parte do Brasil. O indivíduo liberto do coletivismo não reconhece
nenhuma obrigação para com os outros homens, com uma única exceção: respeitar a
sua liberdade e não participar de nenhuma maneira em uma sociedade
escravocrata. Criador e parasita se enfrentam desde os primórdios da história.
Na invenção da roda pelo criador, pelo inventor, o parasita reagiu e inventou o
altruísmo. A reação do criador foi perseverar e seguir adiante com a sua
energia carregando toda a humanidade com ele. A tarefa do parasita foi
contribuir com obstáculos. O ‘bem comum’ do coletivo, da classe, do Estado foi
justificado para substituir todas as tiranias estabelecidas sobre os homens.
Entretanto, os maiores horrores da história foram cometidos em nome de motivos
altruísticos, do ‘bem comum’. Onde está a culpa: na hipocrisia dos altruístas
ou na natureza do seu princípio? Os piores carrascos foram os mais sinceros
porque acreditavam na sociedade perfeita era alcançada através da guilhotina e
do pelotão de fuzilamento. Ninguém questionou o seu direito de matar porque
matavam por motivações altruístas. A ideia de que o homem deve ser sacrificado
para benefício de outros estava estabelecida. Os atores mudaram, mas o curso da
tragédia permanece o mesmo. Humanitários que começam declarando seu amor pela
humanidade acabam produzindo banhos de sangue. Assim foi e assim será enquanto
se acreditar que uma ação é boa se for altruísta. Essa crença dá ao altruísta
permissão para agir e forçar suas vítimas a sofrerem caladas. Os líderes dos
movimentos coletivistas não pedem nada para si mesmos, mas a realidade mostra
os resultados dessa enganação.
Parasitas
e coletivismo lembra um desastre histórico paraense recente, o do esforço de
jovens empresários paraenses, que no início de 1968 tiveram a iniciativa e
coragem para criar um polo industrial em Belém, esforço destruído por parasitas
burocratas de órgão de desenvolvimento governamental, ou seja, o Estado
coletivista destruindo a criação de indivíduos. A maior perda não foi do
empresário, mas da sua criação, do Pará que ficou privado de desenvolvimento,
e, por causa, sofre até hoje de doenças sociais, com destaque para a pobreza.
Nasceu nesse momento o Centro das Indústrias do Pará – CIP, em 1966, com
objetivo de defender os legítimos interesses dos industriais, uma vez que eles
não podiam contar com o apoio da Federação das Indústrias do Pará – FIEPA, em
razão de exigências legais, como da existência de sindicatos. O CIP, portanto,
não dependia de sindicatos e muito menos de recursos públicos, fator limitativo
da FIEPA para lutar em favor das indústrias. O CIP lutou contra a tentativa de
extinção dos incentivos fiscais; contra um sistema de crédito ineficiente e
imperfeito; contra a pobreza. Produziu corajosamente Memoriais contendo
reivindicações dos novos industriais entregues pessoalmente aos Presidentes
Castelo Branco e Costa e Silva. Idealizou e realizou com o apoio do Governador
Alacid Nunes, duas Missões Econômicas ao Sul e Sudeste, para arrecadar recursos
dos inventivos fiscais ao BASA e SUDAN. Em razão da excelência de seu trabalho,
o CIP teve o reconhecimento do governo brasileiro através do Coronel Jarbas
Passarinho, então Ministro do Trabalho, premiando com a Medalha de Honra do
Mérito do Trabalho, o CIP, através de seu presidente Armando Soares. Mais uma
vez, se prova, que o Pará teve o seu desenvolvimento prejudicado pela ação
estúpida do coletivismo e de mentes doentes e tacanhas.
Armando Soares – economista
e-mail: teixeira.soares@uol.com.br
Soares é articulista de LIBERTATUM
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