O petróleo não é nosso

Estourou, no último final de semana, mais um escândalo de fraudes em licitações envolvendo a Petrobras, o que não condiz com a aura santificada que possui essa empresa junto à população brasileira.
O governo petista tem buscado reforçar a imagem da Petrobras como sendo a grande salvadora da economia brasileira, principalmente com a futura exploração do petróleo na camada pré-sal. A neurose em cima desse assunto chega a tal ponto que centrais sindicaiscriaram uma organização para tentar controlar essa riqueza.
Agora vamos aos fatos verdadeiros. A Petrobras está garantida sobre um verdadeiro monopólio de extração de petróleo no Brasil, promovida pela Agência Nacional do Petróleo. Com isso, não tem a menor preocupação em promover um serviço barato e de qualidade,praticando a venda de seus derivados a preços incompatíveis com o mercado internacional. Um americano gasta, de acordo com reportagem da folha, R$ 1,32 (já convertido aqui da relação dólar por galão de gasolina para real por litro), enquanto nós brasileiros pagamos R$ 3,00. Isso significa que pagamos 227,27% mais caro por um litro de gasolina que um americano.
A Petrobras é uma empresa altamente ineficiente. Mesmo em um ambiente de monopólio na extração, conseguiu ter um prejuízo de R$ 95 milhões no primeiro trimestre deste ano nesta área, o que demonstra um descalabro administrativo em uma empresa que cobra o quanto quiser por seus produtos.
Apesar da extração de petróleo da camada pré-sal ocorrer apenas em caráter experimental, o governo já tem vendido cotas dessa riqueza, utilizando-a, inclusive, para capitalizar a Petrobras, mesmo sem que haja a garantia de que é viável a extração em escala industrial. O que o governo fez na verdade foi endividar o estado brasileiro sem ter a garantia de que poderá honrar essa dívida.
Então fica a pergunta: para quem interessa uma empresa estatal produtora de petróleo? Certamente não é para os consumidores. Para o petróleo ser “nosso”, precisamos pagar R$ 3,00 por litro. Isso só interessa para o governo, que, com um discurso ufanista sem sentido, ganha mais uma fonte de desvio de recursos e cabide de empregos às custas da população brasileira.
A única maneira do petróleo ser nosso é em um ambiente de livre-concorrência, em que empresas privadas lutem para extrair o petróleo de maneira eficiente e barata para toda a população, sem precisar pagar pedágio para político nenhum. Do jeito que está, o petróleo não é nosso, o petróleo é dos burocratas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá! Seja benvindo! Se você deseja comunicar-se, use o formulário de contato, no alto do blog. Não seja mal-educado.