terça-feira, 5 de abril de 2016

Hurley, lixo, e doenças.


Por Ivan Lima

Li na minha adolescência obra do historiador Jorge Hurley que dizia que Belém do Pará bem que poderia se tornar a Veneza dos Trópicos. A observação seria pelo fato de Belém ser entrecortada de canais. Em cinco décadas o que tenho presenciado na cidade em termos de saneamento básico a deixa mais próxima de pesadelo que de sonho, com ou sem gôndolas.

Hoje, em pleno século XXI a cidade ainda possui 650 pontos de alagamento na época das chuvas, lixões no leito de muitas ruas, muita lama, bueiros abertos, e enormes poças de água criadoras de carapanãs que vitimizam com doenças a população.

Para onde vão tantos recursos roubados dos cidadãos via impostos estaduais, federais, e municipais, em tudo que produz, e troca na sociedade? Porque não se tem o básico resolvido pela chamada “administração pública”, para que se tenha uma cidade definitivamente livre da vergonha que atualmente é?

 Em décadas presenciei poucos gestores municipais com a visão ousada e honrada de transformar pântanos como o Igarapé das Armas em obra para uma cidade civilizada. O que vi muito foram invasões e nomes de comunistas inaugurando-as com miséria e desalento, o que é bem próprio da demagogia do socialismo.  O que vi bem em décadas foram Amazônias em recursos serem torradas na propaganda enganosa; o que vi bem nesse tempo todo foi a mídia imbecil ser bem paga para tornar culpado o cidadão que é vitima do não recolhimento do lixo, ou por “não saber votar”.

Há tempos se descobriu que Veneza afunda vários centímetros por anos. Belém também afunda, só que nos atos criminosos da omissão da sem-sem-sem-vergonhice de gestores incompetentes,  ladrões, ou tudo isso mais uma enorme vocação para a criancice circense ladinamente maquiada assim por calhordas transvertidos de prefeitos...

As eleições municipais se aproximam. Será hora de rebobinar o filme para repeti-lo.

Que triste... 

Ivan Lima é editor de LIBERTATUM

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