O que os economistas neoclássicos têm em comum com o marxismo e com os socialistas utópicos
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Uma nova e sofisticada versão da imagem da sociedade perfeita surgiu recentemente a partir de uma interpretação crassa do funcionamento da economia de mercado.
Para lidar com os efeitos gerados por mudanças contínuas no "equilíbrio de mercado" — os esforços para ajustar a produção a estas mudanças, e as alterações nos lucros e nos prejuízos —, o economista tradicional cria um modelo econômico teórico em que há um estado de coisas hipotético, totalmente inalcançável e impraticável, no qual a produção está sempre ajustada aos desejos realizáveis dos consumidores e nenhuma outra mudança ocorre.
Neste modelo, as informações do mercado são objetivas e conhecidas por todos (em termos probabilísticos ou exatos). Não há a figura do empreendedor. Não há um investimento bom e um investimento ruim de capital; é tudo apenas capital e tudo é homogêneo. O amanhã não é diferente do hoje, nenhum desajuste pode surgir, e não há a necessidade de qualquer ação empresarial. A conduta dos negócios não exige qualquer iniciativa; ela é um processo automático executado inconscientemente por autômatos impelidos por instintos misteriosos.
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