Cristãos não têm chance de sobrevivência nas mãos do grupo muçulmano Estado Islâmico, revela ex-militante
"Os militantes nem sequer falavam com os cristãos, eles eram simplesmente mortos", relatou Zurab, que decidiu se tornar um fugitivo do Estado Islâmico.
Depois de ver inúmeras atrocidades e execuções, Zurab decidiu fugir. (Foto: Reprodução)
Um ex-militante do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) revelou a uma repórter do site RT a barbárie cometida pelos terroristas na época em que defendeu a jihad na Síria.
Zurab (nome fictício, por razões de segurança) deixou sua família, na Rússia, decidido a servir o EI na Síria com todo o seu empenho.
Dois meses depois de entrar para o grupo terrorista, Zurab foi enviado para as linhas de frente. Ali, ele pôde testemunhar no que as regra do EI na Síria implicam, e começou a se preocupar.
"Depois de um mês eu compreendi a realidade do que estava acontecendo. Era pior do que a tirania das forças do governo", disse ele. "Eles eram extremamente brutais, matavam mulheres e idosos que não os obedeciam. Eles abusaram e mutilaram seus corpos mortos”.
Na Síria e no Iraque, os jihadistas exterminam não apenas as minorias religiosas, mas também muçulmanos que violam a lei islâmica lei ou confrontam a autoridade do grupo. "Eles mutilam seus cadáveres, amarram os corpos na parte traseira dos carros e os arrastam pelas ruas", detalha o ex-terrorista.
Zurab também acrescenta que cristãos não têm chance de sobrevivência sob o domínio do EI. "Eles nem sequer falavam com os cristãos, eles eram simplesmente mortos no local. Assim que eles os encontrassem, eles eram mortos publicamente. Eu testemunhei muitas execuções".
Depois de ver inúmeras atrocidades e execuções, Zurab conta que ele e outros militantes decidiram fugir. No entanto, diante da morte de outros militantes que tentaram fugir, Zurab concluiu que a maneira mais fácil de escapar era ganhando a confiança dos líderes.
Meses depois de construir um relacionamento com o grupo militante, Zurab foi designado para ser o guarda-costas de uma das áreas. "Escapei dizendo que eu tinha que ver minha mãe. Eu menti para ela o tempo todo, dizendo que eu estava na Turquia, e eu queria deixar ela despreocupada. Eu levei algum dinheiro deles. Eu disse que poderia trazer coisas de volta comigo", disse Zurab.
Ao invés de retornar para a Síria, Zurab voltou para casa, na República russa da Inguchétia. "Hoje eles me consideram um renegado", afirma.
Chegando em seu país, Zurab se entregou às autoridades e foi considerado culpado por aderir a uma organização criminosa. De acordo com o RT, ele está cumprindo uma pena de cinco anos.
Oficiais da inteligência russa estimam que mais de 7 mil pessoas aderiram ao movimento extremista na Rússia, principalmente a partir de áreas predominantemente muçulmanas, região sul do país.
Fonte: Amigos da Direita
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