domingo, 6 de novembro de 2016

O maior problema brasileiro: garantir a vida

Por Armando Soares

                Um país em crise pode se consertar para voltar a ter saúde e prosperidade, mas uma vida ceifada por bandidos e assassinos não tem volta. Por isso, a prioridade maior do governo brasileiro, de qualquer governo é defender e garantir a vida das pessoas. Sem essa garantia não existe civilização, o caos social impera.     

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Como admitir que o Brasil aceite conviver com mais de 50.000 mortes violentas por ano? Com 500.000 mortes violentas em 10 anos, com 1.000.000 de mortes violentas em 20 aos e com 1.500.000 mortes violentas em 30 anos. Admitir essa monstruosidade seria como assassinar todos os habitantes de uma grande cidade brasileira. Diante dessa verdade pergunta-se: será que o brasileiro está se acostumando a ver inocentes serem assassinados nas ruas, nas casas, nos mercados, nas lojas sem nenhuma reação. Será que os brasileiros acham que apenas chorar ou a lamentar a vida ceifada é o bastante, e que os que perdem seus entes queridos devem continuar a viver como se nada tivesse acontecido? Os que foram assassinados no Brasil civil, no governo Sarney, Collor, Itamar, FHC, Lula e de Dilma chega a milhões de inocentes. Assassinou-se mais que em guerras sangrentas, mais que no nazismo e que no comunismo. Isso é coisa normal ou reflete uma doença do povo brasileiro, de um povo que só reclama e é incapaz de tomar uma atitude contundente contra esse processo de matança pública consentida por governos irresponsáveis e insensíveis? Do que vale o Brasil ser considerado o país onde vivem mais cristões no mundo, se esse povo religioso nada faz para conter essa matança? O povo brasileiro, dado sua covardia, sua insensatez, sua hipocrisia assistiu durante todo o governo democrata civil, assassinatos bárbaros, o equivalente a uma população de uma grande cidade sem nenhuma reação. Essa deve ser a atitude de um povo civilizado?

A incivilidade do povo brasileiro não se restringe a sua insensibilidade a assassinatos cruéis, se amplia ao assistir jovens imaturos a tomar escolas sob o falso pretexto de estar defendendo a garantia de recursos para o ensino, quando se sabe que o motivo é de ordem política para abalar a estabilidade do atual governo. Antes de se meter em política associados ou comandados por comunistas esses jovens deveriam enfiar a cabeça nos estudos cabendo protestar, e se quiserem protestar, que o façam para terem bons professores sem contaminação ideológica; antes de saírem para protestar como elementos úteis à politicagem deveriam olhar para dentro de si para saber se estão se preparando, estudando com afinco para colaborar com conhecimentos na construção de uma grande nação e não emprestando sua juventude para servir a bandidos que instalaram uma republiqueta que jogou o Brasil num buraco. O momento político e social brasileiro é muito grave e talvez na sua pouca experiência esses jovens ainda não perceberam que o que está em jogo é o futuro do Brasil, e consequentemente o seu futuro. Um povo civilizado e bem intencionado, em momento grave como o que atravessa o Brasil não perde seu tempo com greves politiqueiras insanas, com invasões de propriedades privadas no campo e na cidade, deve reservar suas forças para erguer o país. A pobreza e favelas, guetos formados pela incompetência e intenções malignas de maus administradores são produtos da má formação cultural e responsáveis pela estagnação econômica do Brasil, são frutos de um desenvolvimento pífio e de políticas criminosas que sustentaram durante anos e anos falsos líderes filhos da mentira, da enganação. Infelizmente a incivilidade não atinge somente os jovens, está presente na política, nas instituições, na justiça, na administração, no Brasil como um todo. O Brasil foi transformado pelos comunistas, pelos corruptos e incompetentes num grande assaltante que rouba o povo para alimentar bandidos de todo tipo; matar esse assaltante é a condição para garantir o futuro.


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O envolvimento dos partidos comunistas expulsos do poder pelo povo brasileiro na invasão das escolas está confirmado pelos jornais. O ministro Mendonça Filho (Educação) declara-se convencido de que o movimento de ocupação de escolas por estudantes tem contornos partidários. “É evidente que setores ligados ao PT, ao PCdoB e ao PSOL estão instrumentalizando essa mobilização junto com os sindicatos”, disse Mendonça. “Imaginaram que colocariam em cheque o Enem, algo que vai muito além de qualquer governo. Politizar o Enem foi desrespeitoso com milhões de jovens. Desrespeitaram o sonho da juventude de ter acesso à universidade. Isso é um absurdo.”

O titular da pasta da Educação disse respeitar a opinião de todos. “PT, PCdoB e PSOL têm toda a liberdade para atuar politicamente, desde que elevem o debate. O que não parece razoável é usar entidades sindicais como escudo para instrumentalizar estudantes e transformar o debate num ringue de quinta categoria. A grande maioria anseia pelo respeito à autonomia dos jovens, currículo menos exaustivos e mais espaço para que o estudante defina sua trilha de formação a partir da sua vocação e da sua vontade pessoal. Esse é o debate.”

De resto, o ministro disse respeitar também “o direito democrático dos estudantes de protestar, desde que o exercício do protesto não fira o direito que a maioria dos estudantes tem de estudar. Isso sem mencionar o direito constitucional mais elementar de ir e vir.” Mendonça Filho concluiu: “De minha parte, continuarei me valendo da arma de que disponho: o convencimento. Vejo que as críticas à PEC 241 [que institui o teto dos gastos públicos federais] e à reforma do ensino médio são inconsistentes. Todos estão convidados a participar do debate.”

Opinião do Estadão - O Enem e as escolas ocupadas (O Estado de S.Paulo, 03 Novembro 2016): Apesar de o número de escolas ocupadas ter caído significativamente em todo o País, uma vez que os governadores foram autorizados pela Justiça a usar a Polícia Militar para desalojar os invasores, mais de 191 mil estudantes – num total de 8,6 milhões de inscritos – não poderão fazer o Exame Nacional do Ensino Médio na data prevista. Por causa das ocupações que ainda restam, principalmente nos Estados do Paraná, de Minas Gerais e da Bahia, o Ministério da Educação teve de remarcar as provas desses estudantes, o que acarretará um custo adicional de R$ 12 milhões para os cofres públicos.  A União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes), que é apoiada pelo PT e por facções de esquerda, acusa o governo de aproveitar a realização do Enem para pressionar os alunos das escolas públicas a suspender essa forma de protesto contra a MP do Ensino Médio e contra a PEC dos gastos públicos, tentando com isso enfraquecer a chamada “Primavera Secundarista”. A entidade alega que o número de estudantes prejudicados pelas ocupações é muito pequeno, correspondendo a 2,2% do total de inscritos, e vem estimulando os secundaristas a reagir às determinações judiciais.  Para os líderes estudantis, bem como para o partido e para as facções radicais que os manipulam, as invasões de escolas são uma forma de exercício da liberdade de manifestação do pensamento assegurada pela Constituição. Também afirmam que têm o “direito” de invadir, uma vez que as escolas públicas “pertenceriam” aos alunos. E a porta-voz que elegeram, uma adolescente de 16 anos, afirmou em discursos na Assembleia Legislativa do Paraná e na Comissão de Direitos Humanos do Senado que os secundaristas recorrerão a “novos métodos de desobediência civil” para resistir às medidas do governo nos campos da educação e da economia. Esses argumentos – endossados publicamente pelo ex-presidente Lula, a ponto de ter telefonado para essa adolescente a cumprimentando por suas opiniões – mostram o desconhecimento das regras mais elementares do Estado de Direito por parte desse grupelho de estudantes. Por falta de instrução cívica ou má-fé, não percebem que, ao manter escolas públicas ocupadas nos dias das provas do Enem, prejudicarão o direito de um número significativo de colegas de fazer um exame cujas notas são usadas no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que substituiu o vestibular nas universidades federais.  Por despreparo, não compreendem que são apenas beneficiários – e não “proprietários” – das escolas da rede pública de ensino. Não entendem, e não querem entender, que invadir é crime e não um direito. Por cegueira ideológica, esquecem-se de que a desobediência civil é, historicamente, uma forma pacífica de protesto político, enquanto qualquer invasão ou ocupação é, por definição, um ato de violência. Como nas escolas invadidas são os “coletivos” que determinam quem pode ou não entrar e o que os invasores podem ou não fazer, as ocupações nada têm de democráticas – são manifestações autoritárias por excelência. Repetimos: a interdição de espaços públicos para impor a vontade política de minorias é sempre um ato de violência. Mais grave ainda, quando invocam a democracia para justificar invasões, descumprimento acintoso de ordens judiciais e práticas de “desobediência civil” e “atos de resistência”, essa minoria de secundaristas não se limita a afrontar o primado da lei e o princípio da ordem estabelecida. No discurso, eles entoam o mantra do diálogo e da democracia, o que lhes permite ocultar sob uma cortina de fumaça o verdadeiro objetivo daqueles que os usam como marionetes: a substituição da democracia – que só se sustenta no respeito à lei – pela irracionalidade do assembleísmo.  Na realidade, a causa dessa minoria de invasores de escolas públicas, defendida sob o olhar complacente de muitos pais, advogados ativistas e conselheiros tutelares, não tem nada de nobreza, romantismo e heroísmo. Quando impedem colegas de fazer o Enem, eles escancaram uma intolerância e um radicalismo incompatíveis com a democracia. 

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                É lamentável o comportamento desses partidos comunistas que usam jovens estudantes para fazer política suja. Uma realidade que prova a necessidade de se expurgar do Brasil esses débeis mentais e canalhas que querem tocar fogo no país, como bem classifica o Lobão em recente entrevista. A luta contra a corrupção e o comunismo ainda não terminou.  

Armando Soares – economista




Armando Soares é articulista de Libertatum

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