O maior problema brasileiro: garantir a vida
Por Armando Soares
Um
país em crise pode se consertar para voltar a ter saúde e prosperidade, mas uma
vida ceifada por bandidos e assassinos não tem volta. Por isso, a prioridade
maior do governo brasileiro, de qualquer governo é defender e garantir a vida
das pessoas. Sem essa garantia não existe civilização, o caos social impera.
Como admitir
que o Brasil aceite conviver com mais de 50.000 mortes violentas por ano? Com 500.000 mortes violentas em
10 anos, com 1.000.000 de mortes violentas em 20 aos e com 1.500.000 mortes
violentas em 30 anos. Admitir essa monstruosidade seria como assassinar todos
os habitantes de uma grande cidade brasileira. Diante dessa verdade
pergunta-se: será que o brasileiro está se acostumando a ver inocentes serem
assassinados nas ruas, nas casas, nos mercados, nas lojas sem nenhuma reação. Será
que os brasileiros acham que apenas chorar ou a lamentar a vida ceifada é o
bastante, e que os que perdem seus entes queridos devem continuar a viver como
se nada tivesse acontecido? Os
que foram assassinados no Brasil civil, no governo Sarney, Collor, Itamar, FHC, Lula e
de Dilma chega a milhões de inocentes. Assassinou-se mais que em guerras
sangrentas, mais que no nazismo e que no comunismo. Isso é coisa normal ou
reflete uma doença do povo brasileiro, de um povo que só reclama e é incapaz de
tomar uma atitude contundente contra esse processo de matança pública
consentida por governos irresponsáveis e insensíveis? Do que vale o Brasil ser considerado o país onde vivem mais
cristões no mundo, se esse povo religioso nada faz para conter essa matança? O povo brasileiro, dado sua
covardia, sua insensatez, sua hipocrisia assistiu durante todo o governo democrata
civil, assassinatos bárbaros, o equivalente a uma população de uma grande
cidade sem nenhuma reação. Essa deve ser a atitude de um povo civilizado?
A incivilidade
do povo brasileiro não se restringe a sua insensibilidade a assassinatos
cruéis, se amplia ao assistir jovens imaturos a tomar escolas sob o falso pretexto
de estar defendendo a garantia de recursos para o ensino, quando se sabe que o
motivo é de ordem política para abalar a estabilidade do atual governo. Antes
de se meter em política associados ou comandados por comunistas esses jovens
deveriam enfiar a cabeça nos estudos cabendo protestar, e se quiserem
protestar, que o façam para terem bons professores sem contaminação ideológica;
antes de saírem para protestar como elementos úteis à politicagem deveriam
olhar para dentro de si para saber se estão se preparando, estudando com afinco
para colaborar com conhecimentos na construção de uma grande nação e não emprestando
sua juventude para servir a bandidos que instalaram uma republiqueta que jogou o
Brasil num buraco. O momento político e social brasileiro é muito grave e
talvez na sua pouca experiência esses jovens ainda não perceberam que o que
está em jogo é o futuro do Brasil, e consequentemente o seu futuro. Um povo
civilizado e bem intencionado, em momento grave como o que atravessa o Brasil
não perde seu tempo com greves politiqueiras insanas, com invasões de
propriedades privadas no campo e na cidade, deve reservar suas forças para
erguer o país. A pobreza e favelas, guetos formados pela incompetência e
intenções malignas de maus administradores são produtos da má formação cultural
e responsáveis pela estagnação econômica do Brasil, são frutos de um
desenvolvimento pífio e de políticas criminosas que sustentaram durante anos e
anos falsos líderes filhos da mentira, da enganação. Infelizmente a incivilidade
não atinge somente os jovens, está presente na política, nas instituições, na
justiça, na administração, no Brasil como um todo. O Brasil foi transformado pelos
comunistas, pelos corruptos e incompetentes num grande assaltante que rouba o
povo para alimentar bandidos de todo tipo; matar esse assaltante é a condição
para garantir o futuro.
O envolvimento
dos partidos comunistas expulsos do poder pelo povo brasileiro na invasão das
escolas está confirmado pelos jornais. O ministro Mendonça Filho (Educação)
declara-se convencido de que o movimento de ocupação de escolas por estudantes
tem contornos partidários. “É evidente que setores ligados ao PT, ao PCdoB e ao
PSOL estão instrumentalizando essa mobilização junto com os sindicatos”, disse
Mendonça. “Imaginaram que colocariam em cheque o Enem, algo que vai muito além
de qualquer governo. Politizar o Enem foi desrespeitoso com milhões de jovens.
Desrespeitaram o sonho da juventude de ter acesso à universidade. Isso é um
absurdo.”
O titular da
pasta da Educação disse respeitar a opinião de todos. “PT, PCdoB e PSOL têm
toda a liberdade para atuar politicamente, desde que elevem o debate. O que não
parece razoável é usar entidades sindicais como escudo para instrumentalizar
estudantes e transformar o debate num ringue de quinta categoria. A grande
maioria anseia pelo respeito à autonomia dos jovens, currículo menos exaustivos
e mais espaço para que o estudante defina sua trilha de formação a partir da
sua vocação e da sua vontade pessoal. Esse é o debate.”
De resto, o
ministro disse respeitar também “o direito democrático dos estudantes de
protestar, desde que o exercício do protesto não fira o direito que a maioria
dos estudantes tem de estudar. Isso sem mencionar o direito constitucional mais
elementar de ir e vir.” Mendonça Filho concluiu: “De minha parte, continuarei
me valendo da arma de que disponho: o convencimento. Vejo que as críticas à PEC
241 [que institui o teto dos gastos públicos federais] e à reforma do ensino
médio são inconsistentes. Todos estão convidados a participar do debate.”
Opinião do
Estadão - O Enem e as escolas ocupadas (O Estado de S.Paulo, 03 Novembro 2016):
Apesar de o número de escolas ocupadas ter caído significativamente em todo o
País, uma vez que os governadores foram autorizados pela Justiça a usar a
Polícia Militar para desalojar os invasores, mais de 191 mil estudantes – num
total de 8,6 milhões de inscritos – não poderão fazer o Exame Nacional do
Ensino Médio na data prevista. Por causa das ocupações que ainda restam, principalmente
nos Estados do Paraná, de Minas Gerais e da Bahia, o Ministério da Educação
teve de remarcar as provas desses estudantes, o que acarretará um custo
adicional de R$ 12 milhões para os cofres públicos. A União Brasileira de
Estudantes Secundaristas (Ubes), que é apoiada pelo PT e por facções de
esquerda, acusa o governo de aproveitar a realização do Enem para pressionar os
alunos das escolas públicas a suspender essa forma de protesto contra a MP do
Ensino Médio e contra a PEC dos gastos públicos, tentando com isso enfraquecer
a chamada “Primavera Secundarista”. A entidade alega que o número de estudantes
prejudicados pelas ocupações é muito pequeno, correspondendo a 2,2% do total de
inscritos, e vem estimulando os secundaristas a reagir às determinações
judiciais. Para os líderes estudantis, bem como para o partido e para as
facções radicais que os manipulam, as invasões de escolas são uma forma de
exercício da liberdade de manifestação do pensamento assegurada pela
Constituição. Também afirmam que têm o “direito” de invadir, uma vez que as
escolas públicas “pertenceriam” aos alunos. E a porta-voz que elegeram, uma
adolescente de 16 anos, afirmou em discursos na Assembleia Legislativa do
Paraná e na Comissão de Direitos Humanos do Senado que os secundaristas
recorrerão a “novos métodos de desobediência civil” para resistir às medidas do
governo nos campos da educação e da economia. Esses argumentos – endossados
publicamente pelo ex-presidente Lula, a ponto de ter telefonado para essa
adolescente a cumprimentando por suas opiniões – mostram o desconhecimento das
regras mais elementares do Estado de Direito por parte desse grupelho de
estudantes. Por falta de instrução cívica ou má-fé, não percebem que, ao manter
escolas públicas ocupadas nos dias das provas do Enem, prejudicarão o direito
de um número significativo de colegas de fazer um exame cujas notas são usadas
no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que substituiu o vestibular nas
universidades federais. Por despreparo, não compreendem que são apenas
beneficiários – e não “proprietários” – das escolas da rede pública de ensino.
Não entendem, e não querem entender, que invadir é crime e não um direito. Por
cegueira ideológica, esquecem-se de que a desobediência civil é,
historicamente, uma forma pacífica de protesto político, enquanto qualquer
invasão ou ocupação é, por definição, um ato de violência. Como nas escolas
invadidas são os “coletivos” que determinam quem pode ou não entrar e o que os
invasores podem ou não fazer, as ocupações nada têm de democráticas – são
manifestações autoritárias por excelência. Repetimos: a interdição de espaços
públicos para impor a vontade política de minorias é sempre um ato de
violência. Mais grave ainda, quando invocam a democracia para justificar
invasões, descumprimento acintoso de ordens judiciais e práticas de
“desobediência civil” e “atos de resistência”, essa minoria de secundaristas
não se limita a afrontar o primado da lei e o princípio da ordem estabelecida.
No discurso, eles entoam o mantra do diálogo e da democracia, o que lhes
permite ocultar sob uma cortina de fumaça o verdadeiro objetivo daqueles que os
usam como marionetes: a substituição da democracia – que só se sustenta no
respeito à lei – pela irracionalidade do assembleísmo. Na realidade, a
causa dessa minoria de invasores de escolas públicas, defendida sob o olhar
complacente de muitos pais, advogados ativistas e conselheiros tutelares, não
tem nada de nobreza, romantismo e heroísmo. Quando impedem colegas de fazer o
Enem, eles escancaram uma intolerância e um radicalismo incompatíveis com a
democracia.
É
lamentável o comportamento desses partidos comunistas que usam jovens
estudantes para fazer política suja. Uma realidade que prova a necessidade de
se expurgar do Brasil esses débeis mentais e canalhas que querem tocar fogo no
país, como bem classifica o Lobão em recente entrevista. A luta contra a
corrupção e o comunismo ainda não terminou.
Armando Soares – economista
e-mail: armandoteixeirasoares@gmail.com
Armando Soares é articulista de Libertatum
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