terça-feira, 13 de dezembro de 2016


Tirania de código de vestimenta torna invisíveis as mulheres sob domínio do EI
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Rukmini Callimachi*
Campo de Khazer (Iraque)

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  • AFP PHOTO / Odd ANDERSEN
    Com o corpo todo coberto, iraquiana segue para campo de refugiados depois de escapar de Mossul
    Com o corpo todo coberto, iraquiana segue para campo de refugiados depois de escapar de Mossul
Quando os jihadistas terminaram suas imposições, nem mesmo os olhos de uma mulher eram legais. Mostrá-los era desacato passível de punição.
O código de vestimenta imposto às mulheres de Mossul começou logo depois que o Estado Islâmico invadiu a cidade, mais de dois anos atrás. Ele foi sendo imposto gradualmente, até que cada parte do corpo feminino fosse apagada, a começar pelo rosto, e depois o resto do corpo, incluindo as mãos, que tinham de ser cobertas com luvas, bem como os pés, que tinham de ser escondidos por meias. E terminou com um anúncio feito através de alto-falantes, mandando as mulheres usarem uma tela de tecido preto sobre os olhos.
Halima Ali Beder, 39, disse que foi com indignação que fez cada novo acréscimo a seu guarda-roupa, começando com o niqab para cobrir seu rosto e a abaya, também conhecida como jilbab, um vestido largo. No entanto, ela ainda quebrou as regras cada vez mais rígidas do Estado Islâmico quando ela pôs os pés para fora de casa, pensando em passar na casa de sua vizinha.
"Eu vesti tudo: o niqab, a abaya, as luvas e as meias. Só me esqueci de cobrir os olhos", disse Beder, uma das doze mulheres dos bairros recém-libertados da cidade que contaram suas experiências em entrevistas no campo de refugiados de Khazer, a cerca de 72 km de Mossul, no norte do Iraque.
Beder havia dado somente alguns passos quando a polícia da moralidade a viu, e policiais começaram a gritar com ela e a repreendê-la. "Eles disseram: 'Onde está seu marido? Ele aceita que praticamente qualquer um possa ver seu rosto?' Eu disse: 'Mas eu não estava mostrando meu rosto. Só os olhos!'"
Mais de 2 milhões de pessoas viviam em Mossul quando a cidade foi tomada pelo Estado Islâmico no dia 10 de junho de 2014. Essa era uma cidade conservadora, onde a maioria das mulheres já cobriam os cabelos com um lenço e os braços com mangas compridas. Mas assim como em outros lugares onde os militantes impuseram seu credo, as novas regras levaram o recato obrigatório a tal extremo que irritou as famílias em Mossul, que descrevem como logo começaram a se sentir sufocadas.
Três dias depois de tomarem a cidade, os militantes começaram a passar de casa em casa para distribuir a "Lei da Cidade", explicando como eles planejavam governar, de acordo com um estudo feito pela pesquisadora Rasha al-Aqeedi, nativa de Mossul e hoje membro do Centro de Estudos e Pesquisas de Al Mesbar, em Dubai.

2 comentários:

  1. Vamos pensar um pouco. Esses dementes islâmicos são robôs montados pelos líderes religiosos para impor suas crenças idiotas. Devem, como seus malucos armados, ser pura e simplesmente liquidados.

    Mas, há que se observar algo bem mais grave. A população muçulmana é que sempre alimentou esses psicopatas. Sua crença num deus que manda matar todos que se opõem ao que dizem os imãs, mulás e outras lideranças religiosas ajudou e muito a compor a atual situação em que vivem, oprimidos pelos psicopatas.

    Assim sendo, eles que se rebelem e, a pau e pedra, acabem com esses malucos que nada mais fazem do que disseminar o terror por todo o planeta Terra. Que sejam pura e simplesmente extintos para que as novas gerações de muçulmanos se livrem desse manto de ódio e vejam a humanidade como uma irmandade da paz e do amor ao próximo!!!

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    1. No Brasil é mais ou menos isso o que os comunistas fazem com as cabeças das massas imbecilizadas. Batem com o martelo no cérebro dos idiotas-úteis e "provam" que o esquerdismo é o melhor regime do mundo. Isto é, você viverá nele, mas esses canalhas circulam pelas ruas de Paris ou pela Disneylandia, torrando o dinheiro dos outros... o meu, o seu, o nosso!

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