segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Guarda Noturno.


Por Vanderli Camorim

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O repúdio a Lula só cresce e a condenação referendada em Porto Alegre ajuda a aumentar essa rejeição, mas é uma pena que as pessoas dêem as costas para as causas que fabricam os muitos Lulas que estão por aí a espreita da oportunidade de aparecer na cena política. 

As causas são de origem econômica, as que recomendam a intervenção do governo na economia e é a expressão máxima do programa do socialismo que, parece, dorme profundo na alma do brasileiro que se recusa sequer a considerá-la. As condições para a geração de outros Lulas continuam ativas e intocadas. É como se quisessem acabar com a febre amarela só com vacina deixando a poça d água onde se prolifera o mosquito. 

Pessoas como o Lula são expressões da doutrina do socialismo, são suas consequências. Podemos citar algumas mundo afora e no país inspirando os vivos: Lênin, Stalin, Trotsky, Mao Tse Tung, Pol Pot, Ho Chi Min, Woodroe Wilson, Franklin Delano Rooselvet, Getúlio Vargas, João Goulart, Adolf Hitler, Papa Doc, Mussoline, Causescu, Amin, Saddam, Gaddhafi, Fidel... Para o próximo pleito presidencial o que não falta é gente que é de alguma forma inspirada neles ou na doutrina socialista: Ciro Gomes, Marina Silva, Hulk, e por aí vai... Os filósofos, intelectuais e inspiradores da doutrina socialista, surgiram ou se tornaram assim, e muitos se tornaram sanguinários, e genocidas, como produto da teoria do socialismo, que se apossam do cargo máximo de qualquer nação a querer o poder no intuito de fazer o bem que a população espera que o grande lider faça. Mesmo sofrendo a população também imbuída deste dogma que sequer desconfia tenha, não aprende e na próxima eleição corre às urnas para votar no seu escolhido lembrando a fábula do messias libertador. 

Quando a doutrina do socialismo foi conquistando espaço nas três últimas décadas do século 19 mudou como consequência todo o escopo da sociedade que vinha trilhando as balizas liberais. A Inglaterra era o seu berço. Por essa época ainda se poderia notar que os chefes de estado estavam preocupados com a segurança e a paz de sua população e quase nada interferia nos assuntos econômicos. Continuava firme a tendência de excluir os governos desses assuntos considerados privativos dos indivíduos. As guerras vinham diminuindo de intensidade e eram mais localizadas. Os partidos tinham o compromisso de defender os interesses de todo o povo e lutavam para eliminar os restos dos privilégios de classes que eram seculares. O povo não encarava o voto como um remédio para curar todos os males da representação, pois os políticos tinham posições e tarefas bem definidas que era manter a paz, a segurança, e a igualdade de todos perante a lei. A população que se interessava por política, logo se tornava liberal e confiava em seus representantes que ela escolhia por mérito e por conhecimento. Mas a maré mudou e o liberalismo foi perdendo espaço e o voto que não tinha ainda o significado que tem hoje, a expressão do democratismo, se tornou universal e compulsório, tido como remédio para a cura dos problemas da representatividade popular. Foram os socialistas que trouxeram esse conceito. As massas não se deixam enganar facilmente nas relações de mercado, mas nas relações políticas sim, se deixam enganar facilmente. Enganados no preço e na qualidade do que compram no mercado reagem prontamente e exigem o cumprimento do acordo ou a sua revogação.

 Os socialistas sabiam disso. Ganhar as massas e dar poder a elas através do voto abrir-se-ia o caminho da conquista do poder. Esta era a indicação dos fabianos, uma outra ala dos socialistas ingleses. A população sabia que se os políticos no parlamento se limitassem às suas tarefas de manter a paz, a justiça, e não interferisse na economia, não tinha porque se preocupar. Hoje a população vai ás urnas como o gado vai para  o matadouro. 

Em todo esse processo histórico com a representatividade e pelo conceito liberal para o estado é bom lembrar que foi Fernando Lassale quem mais se bateu contra esse conceito. Os liberais afirmam que a função do estado é propiciar a paz e a ordem para que as pessoas colham em paz e segurança os frutos do seu trabalho e deve se abster de interferir na economia. Mas Lassale discordava do que chamava de estado guarda noturno afirmando que para ele o estado era Deus. Está morto, mas não a sua idéia. A começar mostrando de como o seu nome ainda faz parte de nosso mundo jurídico, a sua presença é tão ostensiva que tenho a impressão que o próprio Lassale, em pessoa, está vivo, vivinho da Silva... 


Vanderli Camorim

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