Ausência de coerência e
vontade
“A razão é composta pela coerência, a ignorância é
constituída pelo absurdo, pela agressividade e pela injúria.”
(agni shakti)
Por Armando Soares
O saneamento da política e da administração
pública de responsabilidade dos brasileiros, promotores de injustiças está se
dando muito lentamente, e quanto mais demorar maior o tempo de reconstrução. Para
se realizar as mudanças que se fazem necessárias para tirar o Brasil do
idiotismo, da bandalheira é preciso firmeza, coragem, coerência, lucidez e vontade.
O Brasil de hoje está dividido em ilhas de interesses, que é uma maneira de
facilitar o desmantelamento da república federativa. Existem ilhas dos
ambientalistas e indigenistas responsáveis pelas reservas criadas em toda a
Amazônia; Ilhas que sustentam o caricato ‘direitos humanos’, núcleo de difusão
do comunismo, do revanchismo covarde e da distorção dos verdadeiros direitos
humanos; ilhas do sindicalismo mercantilista egoísta retrógrado que serve a
poucos, contra o interesse de milhões; ilhas de responsáveis de movimentos
sociais que agasalham baderneiros e invasores de propriedade privadas; ilhas de
empresários que ignoram o projeto de nação, clientes do governo que só enxergam
seus interesses e não os interesses da nação; ilhas de ideólogos idiotizados, que
apoiam o comunismo, burgueses disfarçados sustentados pelo capital que
combatem; ilhas de professores e educadores profissionais manipuladores de
alunos imberbes, que se utilizam da educação como meio de idealização e
destruição da célula familiar, da ética e da moral; ilhas de burocratas, bons
viventes, funcionários de luxo, sustentados com altos salários resultante do
trabalho de milhões de brasileiros sacrificados por impostos extorsivos sem
retorno social e econômico. Em resumo, o Brasil é um país dividido em ilhas para
facilitar à destruição de valores morais, o desmando, a corrupção, o esfacelamento
do Estado de Direito e o federalismo.
Tenho
usado figurativamente em meus artigos a figura do ‘Cavalo de Tróia’ dos gregos para
mostrar como se conquista uma região sem exército. Cavalo de Tróia, para
aqueles que não conhecem a história, é uma alusão ao imenso cavalo de madeira
que, visando a tomar Tróia, os gregos ardilosamente construíram a conselho de
Ulisses, enchendo-lhe o bojo de soldados armados e mandando-os de presente aos
troianos. Trata-se, portanto, de um inimigo encoberto, que se insinua numa
instituição para ocasionar-lhe a ruína e a conquista do território. Este é o
melhor exemplo que se pode ter para explicar o que está acontecendo na Amazônia
e no Brasil através da política ambiental brasileira cujos soldados são ONGs e
índios manipulados. O mesmo que vem acontecendo nas instituições e estatais
minadas de soldados petistas objetivando destruir o Estado de Direito, os
valores morais e facilitar a corrupção. A ilha ambientalista-indigenista sob o
pretexto de salvar a natureza, mentira aceita por uma sociedade
descompromissada com a verdade, viola o direito de propriedade, sendo o mais
nocivo à famigerada reserva legal, que impede, limita, encarece, a produção
agropecuária, a produção de alimentos, setor que poderia contribuir para salvar
mais de um bilhão de pessoas que morrem de fome no mundo. Apoiar esse modelo
colonialista de preservação ambiental é ser conivente com o genocídio que mata
pela fome, uma aberração de comportamento não da sociedade brasileira como um
todo, de brasileiros idiotizados. Idiotice que admite conscientemente circule
livremente no país a Teologia da Libertação, uma ode criminosa, utopia
socialista, encravada nos alicerces da igreja. Infelizmente os brasileiros
ainda não perceberam que veem sendo avalista de um crime de lesa-pátria, o que
demonstra irresponsabilidade e imaturidade de brasileiros apátridas. O tamanho
da ação de domínio de forças demoníacas pode ser mais bem avaliado através do Conselho
Mundial de Igrejas. O CMI se apresenta como uma confraria mundial de igrejas,
buscando a unidade, um testemunho comum e o serviço cristão. Segundo a
Solidariedade Ibero-americana, o problema de tal imagem está nos detalhes sobre
as motivações dos criadores do CMI, altos oligarcas do Establishment
anglo-americano, que, no pós-guerra imediato, viam a promoção do “ecumenismo”
como um eficiente instrumento de intervenção política e cultural em favor de
sua agenda de hegemonia global. Embora tenha sido oficialmente fundado em 1948,
em Amsterdã, Holanda, a criação do CMI remonta a iniciativas colocadas em
marcha na década de 1930, que culminaram na Conferência sobre Igreja,
Comunidade e Estado, realizada na Universidade de Oxford, em julho de 1937. Em
sua intervenção, o estadunidense John Foster Dulles, futuro secretário de
Estado no governo Eisenhower (1953-1959), admitiu que o mundo ainda não estava
preparado para um “governo mundial”, mas sintetizou os objetivos últimos da sua
casta oligárquica e a orientação geral para atingi-los: “Podemos ter,
igualmente, a satisfação de saber que se estará trabalhando para uma ordem
mundial mais estreitamente organizada de acordo os preceitos cristãos. As
benesses naturais que Deus proporcionou para o benefício da humanidade não são
distribuídas de acordo com as linhas das fronteiras nacionais traçadas pelo
homem. Se aqueles mais afortunadamente situados estiverem realmente dispostos a
compartilhar com os outros; se quisermos proporcionar aos seres humanos de todo
o mundo uma razoável igualdade de oportunidades, então devemos abrir o mundo,
de tal maneira que as fronteiras nacionais não funcionem para criar para alguns
o monopólio de vantagens, em grande medida, fortuitas. ” Em outras palavras, o
que Dulles e seus parceiros chamavam “preceitos cristãos” é o domínio das
reservas de recursos naturais do planeta, que consideravam fundamentais para a
sua agenda hegemônica, independentemente de fronteiras nacionais dentro das
quais se situassem. Nas palavras de Dulles, “uma solução grandiosa de todo o
conceito está na abolição de soberania nacional e na unificação do mundo em uma
única nação. Todas as barreiras fronteiriças são, assim, automaticamente derrubadas.”
Não me
conformo com a indiferença da sociedade brasileira diante do cenário assustador
televisionado diariamente. São Paulo registra 36 roubos por hora, alguns com
mortes cruéis, um dado que não deixa dúvida de que o Brasil virou um pandemônio
por culpa de administradores e políticos insensíveis à vida das pessoas, que não
respeitam a vida. A quantidade de bandidos extraordinariamente armados por todo
o país requer uma ação de emergência, pois acima de qualquer outra questão se
trata de vidas humanas. O noticiário da imprensa mostra que já se atingiu o
caos em se tratando de segurança, mesmo assim nada está sendo feito para evitar
que o sangue derramado de inocentes continue a enlutar diariamente famílias. Bastariam
os números exaustivos e diariamente expostos pela mídia para provar a insensibilidade
de administradores e políticos. Não se pode admitir que a morte de inocentes,
na proporção a que chegou ao Brasil, não sensibilize o povo, a sociedade
brasileira, até agora insensível. Não estamos em guerra, mas matamos mais e de
modo consentido e violento sob a vista da justiça, do governo, de juízes
ineficientes e egocêntricos. Em todo o país roubos, assassinatos, guerra declarada
da polícia contra traficantes, choro de famílias enlutadas, juízes e tribunais
desprovidos de éticas e moral, comércio de armas escancarado para facilitar o
crime, um cenário que se cresce diariamente e nada acontece. Ou a sociedade
muda rapidamente esse cenário ou o Brasil será entregue aos bandidos e aos
corruptos, se já não está entregue. Se não houver reação imediata e corajosa, o
melhor é o brasileiro procurar outro país para garantir a sua vida.
Armando Soares – economista
e-mail: teixeira.soares@uol.com.br
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