quinta-feira, 17 de março de 2016

Formas do mal

Por Armando Soares

                Vivemos num mundo de contrastes onde riquezas e poder crescem sem parar em países libertos de travas ambientais, enquanto a economia diminui cada vez mais na Amazônia aprisionada por políticas públicas equivocadas que obstaculizam o desenvolvimento. Os políticos, graças à democracia e à educação de massas, têm oportunidades ilimitadas de manipular a opinião pública, embora eles próprios dependam diretamente das mudanças de atitude da sociedade de massa e possam ser por elas destruídos. Este é um mundo em que há muito deixou de controlar a si mesmo (embora busque obsessivamente controlar os indivíduos), que não pode responder a seus próprios dilemas nem reduzir as tensões que ele mesmo semeou.
                Na República dos mentirosos, Dilma diz a toda hora que a sua moral é intocável contrariando o que a realidade demonstra ao contrário. A verdade nunca conviveu com ela deste o tempo em que fazia parte da guerrilha que matava brasileiros. A corrupção política é o uso das competências legisladas por funcionários do governo para fins privados ilegítimos. Desvio de poder do governo para outros fins, como a repressão de opositores políticos. Um ato ilegal por um funcionário público constitui corrupção política. Ensina Calil Simão que a corrupção política corresponde: “ao uso do poder público para proveito, promoção ou prestígio particular, ou em benefício de um grupo ou classe, de forma que constitua violação da lei ou de padrões de elevada conduta moral”. As formas de corrupção variam, mas incluem o suborno, extorsão, fisiologismo, nepotismo, clientelismo, corrupção e peculato. Embora a corrupção possa facilitar negócios criminosos como o tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e tráfico de seres humanos, ela não se restringe a essas atividades.

                Há uma frase famosa em teoria política cuja análise pode ajudar a aclarar este conceito. Lord Acton afirmou que "o poder tende a corromper - e o poder absoluto corrompe absolutamente". Com essa afirmação sobre o poder político, Lord Acton disse que a autoridade política, nas sociedades humanas, em função apenas e tão somente de sua existência, tende a danificar as relações entre seres inicialmente dotados de igualdade. Inicialmente, "o poder tende a corromper" porque o poder político faz de seu detentor uma pessoa diferente das demais a cercando de símbolos, distinções, privilégios e imunidades que sinalizam sua hierarquia superior. Com o passar do tempo, ocorre uma transformação do indivíduo privado em uma autoridade pública que usa o poder em benefício privado. É dentro desta metamorfose que ocorre a corrupção do poder político de que fala Lord Acton.

                A segunda parte da afirmação de Lord Acton diz que o poder absoluto corrompe absolutamente quem o exerce. A demonstração de que o poder político absoluto é intrinsecamente e totalmente corruptor foi cabalmente feita pelo exercício do poder totalitário pelo nazismo alemão e pelo stalinismo comunista russo. Estas formas de poder político eurasiano do século XX levaram ao limite o conceito do poder político absoluto. Mesmo reis e imperadores que governaram a Europa entre os séculos XV e XIX não atingiram os limites de brutalidade, arbitrariedade e destruição do tecido social que estes sistemas totalitários.

                Também é possível dizer que a afirmação de Lord Acton é uma racionalização moderna da frase que o escravo encarregado de segurar a coroa de louros sobre a cabeça do general romano vitorioso deveria pronunciar, repetidamente, ao seu ouvido, durante a cerimônia do "triunfo" (homenagem que os cidadãos romanos a ele prestavam quando entrava em Roma desfilando á frente a seu exército): "Não te esqueças que és humano".

                Corrupção é o ato final e criminalmente punível, iniciado sempre por outro crime menor, nomeadamente falsidade, abuso de poder, abandono de funções, denegação de justiça (...), e cujo objetivo é, gestualmente, verbalmente ou sem respostas, intimidar, consentir, aguardar, aceitar, solicitar ou prometer uma vantagem patrimonial ou não patrimonial indevida, para si ou para terceiro. O ato se for habitual e continuado, se traduz em prejuízo grave para a economia e, em sequência, cria uma crise ao desestruturar a função utilidade ou a economia do investimento, que assegurariam a igualdade.

                Diante do exposto, não há dúvida que Dilma se enquadra na corrupção por falsidade e abuso do poder. Será que continuaremos com cegueira moral a ponto de se permitir que instituições se prestem para realizar acomodações políticas de um governo que está marcado pela mentira e pela incompetência que quer transferir para o povo a responsabilidade de pagar por várias gerações o preço da incompetência transformando cada brasileiro num servo para atender as sujeiras politicas e de comportamento de governantes que transformaram o Estado num negócio particular. A corrupção brasileira é endêmica e permanentemente alimentada por governantes.

                 Lula e Dilma estão comprometendo o futuro do Brasil, sendo esse o principal crime. Uma presidente que ganhou o primeiro lugar em rejeição merecidamente por todo o mal que causou e vem causando aos brasileiros continua mentindo para se manter no poder com ajuda de instituições que perderam a razão de existir transformadas em escoras de imundícies políticas. Dilma e Lula através da mentira mergulharam o país numa lama pútrida fechando os olhos para a corrupção, para o roubo do dinheiro público. Dilma reeleita pela mentira veio para piorar o que já era ruim na política brasileira. No Brasil há um vácuo moral criado por uma política infernal despojada de princípios que envenenou consciências por toda a nação. O mal (a propósito, secretamente adorado) viceja onde há clima para sua prática.                                     
                Quem quer a saída da Dilma não são os partidos e muito menos os políticos, quem quer a saída é o povo cansado de tanta imundície, de tanta mentira, de tanto cinismo, de tanta jogada envolvendo a justiça que está se prestando para o jogo político sujo. O movimento autêntico nas ruas do povo brasileiro de ontem, 13 de março de 2016, mostra que a saída da presidenta é um desejo da maioria da população. A voz da maioria dos brasileiros que se ouviu nesse último domingo é de um povo sem canga no pescoço que não é comprado, que não é cego e que não vende a sua alma para bandidos que usaram o Brasil para seus interesses podres, simplesmente o povo brasileiro não quer mais a Dilma no poder.

Nesse momento patriótico cabe o nosso grito de guerra, o HINO À BANDEIRA

Salve lindo pendão da esperança! Salve símbolo augusto da paz! Tua nobre presença à lembrança A grandeza da Pátria nos traz. Recebe o afeto que se encerra em nosso peito juvenil, Querido símbolo da terra, Da amada terra do Brasil!  Em teu seio formoso retratas Este céu de puríssimo azul, A verdura sem par destas matas, E o esplendor do Cruzeiro do Sul. Recebe o afeto que se encerra Em nosso peito juvenil, Querido símbolo da terra, Da amada terra do Brasil!  Contemplando o teu vulto sagrado, Compreendemos o nosso dever, E o Brasil por seus filhos amados, poderoso e feliz há de ser! Recebe o afeto que se encerra Em nosso peito juvenil, Querido símbolo da terra, Da amada terra do Brasil!  Sobre a imensa Nação Brasileira, Nos momentos de festa ou de dor, Paira sempre sagrada bandeira Pavilhão da justiça e do amor! Recebe o afeto que se encerra Em nosso peito juvenil, Querido símbolo da terra, Da amada terra do Brasil!

Armando Soares – economista


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