sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Aborto.

Por Ivan Lima

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Vida. Todo ser humano luta por ela. Nobres e plebeus. Sábios e ignorantes. Diz-se que ela é curta, mas ninguém quer abandoná-la. Aprende-se, constrói-se, e, às vezes, destrói-se. Ama-se e odeia-se. Deixá-la, voluntariamente, ato que pode causar respeito, mas não nunca poderá ser inteiramente compreendido e aceito. Vida equivale a crescimento espiritual e civilização. Sentido de liberdade e beleza. Criação de maravilhas e contemplação da sua recriação e glória. Porque só no homem reside a razão e a capacidade de transcendência. 

Sófocles, na Grécia Antiga, certamente foi um dos filósofos que mais compreendeu a razão da existência humana quando afirmou que “há muitas maravilhas mas nenhuma é tão maravilhosa quanto o homem”.  Há quem, nos dias que correm, graças a filosofias espúrias, gente que conceda o último lugar de direito à vida sobre a terra, ao homem. Selvas, feras, insetos, dizem essas filosofias e seus discípulos, não são felizes por causa do homem. Já se disse mesmo que o homem é o câncer da natureza. É preciso erradicá-lo, completam essas filosofias.

Sabe-se que a origem dessa revolta das trevas contra o homem, contra a determinação divina quando o autorizou a crescer, multiplicar, dominar e levar a vida humana para toda a terra, está presente em várias vertentes dessas filosofias, que o tem apenas como um animal nascido para a escravidão, o abate e a cova rasa. Deve ser rigidamente controlado por iluminados, espécime apenas de aparência humana, mas deuses regentes da vida e da morte sobre a humanidade. 

E com sua visão degradada, muitas vezes edulcorada por vasto saber jurídico, arraigadas convicções materialistas, arrogantes e nauseabundas obediências às suas filosofias anti-homem, todas coletivistas e estatistas, disseminam a cultura da morte, protegidos em suas togas de onde perpetram trevas e dor sob o mundo. A vida na terra sem o ser humano não tem sentido. Mas o nefasto pensamento contrário a esse tenta impor-se para a glória do ateísmo e da ausência do homem na terra. Está disfarçado, muitas vezes, das mais piedosas medidas, algumas como a capa criminosa do aborto.

Conheci gente, de todas as condições financeiras, que criaram com o mais desvelado amor filhos em situações especiais que lhes foram postos sob guarda pela providência divina. E que não teriam, mesmo nascidos assim, tido o encantamento de ver a luz do sol, a lua, as estrelas, o mar, ouvido o trinar dos pássaros, proporcionado e recebido carinho e alegria, e aprendido. Sim, porque o ser humano de alguma maneira sempre aprende algo do bem, sobretudo na infância, e crê no melhor se lhe é passada essa cultura.

Seres humanos, mesmos os nascidos especiais, têm em seus pais, avós, irmãos, tios, sua família, guerreiros um dia nascidos para os desafios e a garantia e proteção da vida, inclusive das suas vidas. 

Mas o que dizer de muitos seres humanos que não tiveram ou não têm a oportunidade de nascer, porque lhes foi alcançada a liberação monstruosa para não viver?  


Ivan Lima é editor de Libertatum

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