quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Brasil, uma nave sem piloto

Por Armando Soares

Quando se completarem os mil anos, Satanás será solto da prisão do Abismo. /Ele vai sair e seduzir as nações e dos quatro cantos da Terra, Gog e Magog, reunindo-os para combate. O número deles é como a areia do mar. Eles espalharão por toda a Terra e cercaram o acampamento dos Santos e a Cidade amada. (Ap 20, 7-9)

A eleição de Donald Trump, presidente americano, pôde avivar o péssimo momento brasileiro representado pelo degradante quadro político disponível para governar o país e pela indigesta e obscurantista mídia brasileira que dado sua força de persuasão vem impedindo estrategicamente o povo brasileiro de conhecer a marcha civilizatória mundial centrada nos Estados Unidos da América, Europa e Ásia, onde se concentra a tentativa de criar um governo mundial sob o domínio de um comunismo renovado, agora ameaçado de se implantar com a subida ao governo americano de Trump.

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                Para entender o ambientalismo, o indigenismo, a tentativa de um governo mundial, a nova ordem mundial, o movimento dos refugiados, e os protestos ao redor do mundo e no próprio Estados Unidos da eleição de Donald Trump, é preciso entender o que está por trás de todas essas questões que de alguma forma interferem na vida dos brasileiros e no desenvolvimento econômico do Brasil.

                Caso aceitemos que a perestroika faz parte de um processo revolucionário de inspiração leninista, e que os meios que ela produziu para atingir os objetivos que persegue precisam ser conhecidos dos brasileiros para tira-los da ignorância necessário a melhor escolher o caminho para conduzir o Brasil. A questão a que me refiro passa pelo aspecto político da ofensiva soviética, a dissolução do Pacto de Varsóvia com o desarmamento paralelo do Ocidente, construção da “Casa Comum” na Europa etc... A política de desarmamento material e psicológico conduzida pelo Ocidente advém de uma análise do desdobramento da perestroika. Em 1984, quando Gorbatchev subiu ao poder, verifica-se a influência de Antonio Gramsci que observando o sistema soviético, o condenou. Segundo Gramsci, a estratégia usada pelos soviéticos não permitiu assegurar um consenso nacional e nem tampouco tomar o poder nos países capitalistas. Esse objetivo, segundo Gramsci só seria atingido se, primeiramente houver um consenso ideológico. Ao contrário de Marx, que desejava primeiramente modificar a infraestrutura econômica, Gramsci prega uma revolução preliminar na superestrutura ideológica da sociedade, uma revolução do ser, não do ter. Essa inversão se encontra na base da perestroika, ou seja, a revolução psicológica prevalece e a guerra se dará no plano psicológico. Gramsci considerava que o arquétipo da revolução vitoriosa é a instauração do cristianismo no Império Romano e a substituição da cultura greco-romana pela cultura cristã. Em resumo, baseado em suas observações e estudos, Gramsci propõe que se proceda primeiramente com a instauração de uma nova civilização, meios que parecem fracos, mas em verdade bastante poderosos, revolução essa que deverá ser veiculada pelos intelectuais e por uma ditadura pedagógica que deve se fazer em nome de imperativos éticos respeitando a dignidade dos direitos do homem (método não-aversivo), considerando que o centralismo deve ser substituído por um centralismo orgânico, descentralização ou desconcentração. Portanto, como se observa, a perestroika, o globalismo, e a nova ordem mundial só podem ser entendidos através do conhecimento das ideias de Gramsci, daí a dificuldade de o povo entender o que se lhe apresenta com uma coisa do bem.

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                Admitido a influência de Gramsci e a perestroika como um processo revolucionário é possível entender porque se está usando o meio ambiente para estabelecer uma política de consenso internacional. O meio ambiente e a ditadura pedagógica adiantaram em muito a implantação da nova revolução comunista com apoio grupos econômicos e políticos poderosos ocidentais. O andar dessa revolução foi virótico, ou seja, espalhou-se com rapidez por instituições internacionais, como a ONU que facilitaram o consenso, como se observa nos propósitos da Agenda 21 adotada durante a Conferência do Rio por 77 organizações internacionais e mais de 155 países. Na Agenda 21 já se observa o envolvimento da ONU, cooptada pelos globalistas, com a missão de impor ao mundo uma nova civilização proposta pelos comunistas contidas na perestroika e ideias de Gramsci, assimilada pelo establishment anglo-americano, uma associação diabólica que reúne a ganância e totalitarismo.

                Os problemas globais foram criados para servirem a ganância e o totalitarismo, e só podem ser resolvidos com soluções globais e através de instituições internacionais, modelo que está tendo a aceitação de grande parte dos povos já contaminados através da ditadura pedagógica que envolve professores, colégios e universidades. Um preparo a médio e longo prazo para a consolidação revolucionária com nova cara. É necessário observar que após os revolucionários terem usados a classe operária para seus objetivos ditatoriais, usam agora os interesses globais, fazendo com isso desaparecer o “inimigo”, criando um consenso universal através de valores universais. Portanto, fazendo desaparecer a antiga ordem social e política, destruindo a filosofia judaico-cristã substituída pela pagã, dos adoradores da natureza, a civilização global, a nova civilização tem o seu nascimento garantido. A ditadura do proletariado não está fora do comunismo, mas se encaixa a nível de uma globalização.   

O mundo todo se preocupa com o novo presidente americano não se sabe quais as principais razões. Se é por que o consideram despreparado para assumir o governo, se é porque internamente contraria interesses políticos e econômicos ou porque é um obstáculo aos objetivos na Nova Ordem Mundial, ao Governo Mundial resultante da nova revolução comunista em curso. Nada se pode afirmar nesse momento. Não há tempo para um julgamento racional. Entretanto, podemos registrar que avaliando o que Donald Trump fala ao povo americano em discurso de que seu objetivo é substituir o establishment corrupto por um novo governo que se volte para os interesses americanos aos invés de se voltar aos interesses globais, entendemos que se refere ao establishment anglo-americano conduzidos por outros presidentes americanos comprometidos com um governo global e com o ambientalismo-indigenismo nocivo que deve ser combatido e afastado dos interesses americanos; quando pergunta ao povo se o povo americano quer tomar a rédea do governo entregue a outros interesses, presume-se que se refere ainda ao projeto do governo mundial; quando diz ao povo que seu objetivo é impedir que o establishment político continue a estabelecer acordos desastrosos para os americanos, entendemos que não admite que os Estados Unidos continue a fortalecer o projeto da revolução comunista gramsciana; quando denuncia que qualquer um que denuncie esse controle é rotulado de “sexista”, “racista”, “xenófobo” e de ter uma deformação moral e deve ser atacado, difamado, ter carreiras destruídas assim como a família e a reputação supõem-se está se referindo aos criadores do governo mundial que querem enfraquecer o poder americano. Todas essas dúvidas só poderão ser confirmadas ou não com o tempo e não por suposição ou “eu acho”. Se o novo presidente americano realmente está convencido da nocividade do projeto do governo global que representa a nova revolução comunista e vai combate-lo, então o Brasil terá a oportunidade de ter um grande parceiro para ajudá-lo a se livrar da causa principal de seus problemas. Caso isso não aconteça, os brasileiros ficarão dependendo de suas próprias forças que são insuficientes para enfrentar as forças que se juntaram para dominar o mundo.

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O Brasil político de hoje contaminado por vícios difíceis de superação, sem auxílio de uma força do tamanho da americana, jamais conseguirá vencer as dificuldades internas e externas que estão impedindo o país de crescer e se tornar uma nação rica e próspera.

Vamos torcer para que Donald Trump seja a reação que se faz necessária para mudar o mundo e ajudar o Brasil a se livrar da escravidão em que se encontra.

Armando Soares – economista


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Soares é articulista de Libertatum



                

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